Mais um listão da Cúpula! Sentiram falta porque em janeiro não tivemos? É… Estávamos bem ocupados fazendo o Cúpula Awards 2021 e o Para-raio Awards 2021 (aliás, se não olhou ainda, vai lá ver!). Mas, cá estamos, mais uma vez, para mais um listão de recomendações mensal do nosso time editorial! Dessa vez um pouco diferente: recomendaremos apenas mangás!
“Ah, mas eu não leio mangá :(” – dizem os discípulos do Patrick. Bom, neste caso, você pode usar esse listão como incentivo para começar a ler! Vocês não sabem o que estão perdendo.
Mangás possuem uma narrativa própria, e mesmo que não tenham movimento, cores ou trilha sonora, as páginas criam vida de maneira sem igual, e o uso bem feito do enquadramento de cada mangaká é único.
Existem muito mangás que, inclusive, são melhores que suas versões em anime (pelo menos é algo que pode acontecer com alguém que assistiu uma série, mas também leu o mangá).
Mas sem mais delongas, vamos começar o terceiro listão de recomendações da Cúpula…
Recomendação do André: Magi
Eu não sei o que o resto do pessoal vai recomendar aqui, mas eu não curto muito pegar mangás para ler que estão ainda em andamento. A não ser que seja um One Piece da vida, porque esses aí parecem que nunca vão acabar… Aí ficaria difícil esperar para ler, né!
Mas esse não é o caso de Magi, um dos meus mangás favoritos da vida. Não sou nenhum santo, eu li essa série em site clandestino (mesmo porque acho que Magi foi publicado no Brasil, mas nem senti o cheiro de um volume para poder comprar… se pudesse, o faria).
Minha primeira impressão foi “curiosidade“, porque essa série sempre estava nos top mais lidos enquanto esteve em publicação no Japão.
Essa curiosidade me levou a ler o primeiro capítulo num dia qualquer, e cara, eu fiquei maravilhado.
A arte de Shinobu Ohtaka por si só já me chamou bastante a atenção, porém a construção de mundo foi o que realmente me prendeu, somados a um grande mistério que envolve o protagonista; afinal, quem é ele?
Demorará MUITO para você descobrir tudo, mas nesse meio tempo, vários outros personagens serão introduzidos e trabalhados.
Magi é sobre a história de Aladdin, que encontra o Alibaba, um garoto ambicioso mas que nunca tinha atingido nada.
Juntos, sem querer, acabam numa dungeon (estruturas espalhadas pelo mundo). Quem conquista essas dungeons conquista o poder do djinn dessa respectiva dungeon. Então, sim, é um mundo bem fantasioso (mas não é isekai, calma).
Com o tempo a relação deles vai evoluindo, uma relação de amizade sincera, divertida e de admiração. Aladdin se apresenta como um “magi”, que são seres que “escolhem um rei”, ou seja, os “líderes da humanidade”. Porém, Aladdin estaria sendo o 4º Magi, quando sempre houveram apenas 3…
Então… quem é o Aladdin?
De onde veio? Porque temos mais um magi? O que as nações farão com relação a isso (afinal, com os magi não se brinca!)?
Ademais, Shinobu Ohtaka brinca com religião, com política e com discussões cotidianas, como a desigualdade social, ao mesmo tempo que entrega personagens carismáticos, um mundo interessante e uma mitologia mais incrível ainda. Fora, a arte, que como já dito: é linda.
Vale demais a leitura. E o mangá já está completo. Divirta-se!
Recomendação da Helena: Toumei Ningen no Hone (The Bones of an Invisible Person)
Escrevo essa recomendação enquanto termino de ler, talvez, uma das histórias que mais tocaram o meu coração. Eu não deixei para escrever a recomendação depois que o listão saísse, porque tenho certeza de que o sentimento não seria o mesmo.
Deixo também uma lágrima ou duas, porque gosto de histórias que me façam chorar e/ou refletir. Toumei Ningen no Hone, ou, em tradução livre, “Os Ossos de uma Pessoa Invisível” não é grande o suficiente para que recebesse uma animação, mas é gigante em sua aparente estática.
Você já quis sumir? Já quis fugir de todas as coisas? Provavelmente. Todos temos momentos em que parece ser mais fácil sumir do que encarar todas as pessoas e obrigações. Aya Kinomiya também: ainda que sua família possa, aparentemente, ser a clássica e feliz família tradicional, há muito debaixo dos panos.
Com frequentes abusos domésticos, discussões intermináveis e emergente falta de amor, Aya deseja, com todo o seu coração, desaparecer. E, adivinhe: ela consegue.
Mas não é exatamente um mangá sobrenatural…
Aya se torna invisível para tudo e todos, e descobre que sua invisibilidade recém-adquirida poderia resolver grandes problemas em sua vida. Ela toma uma decisão muito importante, que irá carregar consigo durante a história. “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”, certo? É mais ou menos isso aí.
Essa decisão importante é o que ronda a história e permite que a gente compreenda que a temática não é, exatamente, sobrenatural. O que é positivo para mim, porque gosto de desenvolvimento de personagens.
Sem contar, também, com a arte contrastante e que abusa da estética, focando no que é realmente importante. Cada detalhe é observado e retratado para favorecer à história e à personagem.
O que Toumei Ningen no Hone traz é uma grande metáfora, unindo o sobrenatural ao real, e tornando dinâmico o que é estático, em um dramão que faz muito sentido e tem razões muito fortes. Aya precisa, desesperadamente, se agarrar a algo que a forneça vida.
E, enquanto muitos dizem que é necessário se curar primeiro para então ter relacionamentos (seja qual for, não estou falando somente de relacionamentos românticos!), a história diz exatamente o contrário.
Duas amigas fornecem a Aya a força necessária para enfrentar sua escuridão, sua invisibilidade e sua culpa. E ela irá lutar desesperadamente para que, enfim, seja visível. Aya conseguirá se desfazer da grande culpa do ato que cometeu? Só lendo para saber. 22 capítulos que irão, eventualmente, retirar um peso dos nossos ombros enquanto o colocam no coração.
Observação totalmente imparcial e pessoal: sugiro que a leitura seja feita com o álbum “If You Leave”, de Daughter. Tenho minhas manias de playlist enquanto leio (hehe).
Recomendação do Hugo: Slam Dunk
Foi um pouco difícil escolher qual mangá eu iria recomendar aqui no listão porque eu sou um colecionador destas obras que não lê scan, o motivo disso é que eu não gosto de ler no computador, não sei porque, mas não consigo.
E seguindo um pouco da premissa do André, quis escolher um mangá já finalizado que eu tenha terminado de ler. Então brilhou aos olhos minha coleção de Slam Dunk, com seus 24 volumes!
O mangá consegue demonstrar de forma clara toda paixão que Takehiko Inoue sente pelo basquete, com uma premissa simples, porém muito bem executada.
A história base é bem clichê para os anos 90. Acompanhamos de perto a vida de Sakuragi Hanamichi, um jovem que está entrando no colegial. Ele é um ruivo alto problemático o e mulherengo que leva “toco” (não no basquete) de todas as meninas possíveis.
Num belo dia ele conhece a jovem Haruko Akagi, que em uma conversa diz gostar muito de basquete. Então para conquistar a menina, Sakuragi resolve entrar na equipe de basquete da escola para chamar sua atenção.
O algo mais…
Porém, a forma como o esporte muda a vida do nosso protagonista, os momentos emocionantes que demonstram a evolução dos personagens envolvidos em determinas páginas do mangá é desigual.
Outro ponto na obra que me deixa abismado é que os jogos de basquete que duram muitas páginas, são emocionantes tão igual quanto uma luta principal em um shounen! Aliás a arte dessa obra consegue ser mais emocionante do que muitos shounens de porrada por ai. Além de possuir diálogos maravilhosos em meio as disputas.
Vale lembrar que o título já ultrapassou a marca de 120 milhões de cópias vendidas e Takehiko Inoue ganhou prêmios da associação de basquete do Japão!
Desenho, diagramação, cenas de ação e narrativa são aspectos únicos dessa obra! Enfim essa história de um colegial rebelde que conhece o basquete é um clássico que precisa de sua atenção!
Recomendação do Pedrão: Bleach
Sim, você não leu errado e não é nenhum tipo de pegadinha, eu, Pedro Bernardes, estou recomendando Bleach (mangá) em pleno 2021.
Para esse ano tivemos o anuncio que o anime do Bleach iria ganhar uma nova e última temporada. Isso fez com que uma fagulha de empolgação dentro de mim se reacendesse, então resolvi dar uma nova chance a obra.
Bleach fez parte da minha infância, nunca cheguei a finaliza-lo, mas é fato que tenho memorias incríveis ao lembrar desse anime, mesmo eu tendo “dropado” por conta de fillers.
Porém quando eu tinha meus 13/14 anos (ou menos) minha visão era limitada e pouco exigente. Agora, com quase 30 anos na cara, uma enorme bagagem de animes e mangás nas costas e um leve conhecimento teórico, tanto de produção quanto de narrativa, eu ainda ache Bleach tão incrível?
Muitos irão torcer o nariz ao ver Bleach como recomendação, mas aposto que boa parte desse pessoal é “embalão” e nem sabe o porque que não gosta do anime.
Pontos importantes
Primeiramente, com uma nova temporada lançando esse ano, você não vai querer ficar de fora das rodinhas de conversa, né?!
Segundo, nessa minha nova empreitada com Bleach, eu optei pelo mangá, pelo fato da animação não ter envelhecido muito bem e ter um ritmo péssimo.
Porém, a culpa do ritmo não é exclusiva do anime, o mangá também sofre do mesmo problema, então, pelo menos no mangá você consegue vencer os 70 primeiros capítulos mais rápido que assistir 26 episódios.
Sim, eu sei, é aquela velha história: “Tem que ler 70 capítulos para o negocio ficar bom!”. E infelizmente são capítulos que mesmo muita coisa sendo dispensável, é importante para o entendimento da história.
Mas, não desanime, depois disso vai valer cada página virada!
E por que ler Bleach? Pela famigerada Soul Society
Algo é fato e não pode ser negado nem pelo maior hater de Bleach, o arco da Soul Society é um ABSURDO de bom.
Sinceramente, para você que nunca viu Bleach e está deixando de ve-lô por que fulano ou ciclano falou que é ruim…
Você está perdendo uma história incrível, sorry!
Mesmo existindo alguns defeitos, algumas facilitações narrativas, falta de coesão e coerência, mesmo com tudo isso, o saldo do final desse arco é mais do que positivo.
Tite Kubo pode ter inúmeros defeitos como mangaká, mas é impossível negar que ele é um dos mais criativos de todos os tempos.
O character desgin é incrível, os poderes são de longe os mais inventivos e estilosos dos últimos tempos, 90% dos personagens são carismáticos ( e são muitos) e o melhor de tudo:
BAAANKAI!
CA-RA-LHO, tem nada mais foda que uma Bankai. Você pode falar que tem lá as paradinhas do Naruto, que tem o Nen do Hunter x Hunter, que tem não sei o que de outro anime, mas garanto para você, nada supera as Bankais.
De pelo menos esse arco de chance para Bleach, se depois disso você não quiser continuar a história, o que vai ser difícil, ai você larga o mangá e guarde com carinho a Soul Society em sua memoria.
Se depois disso é bom ou não, fica para um possível futuro artigo.
Recomendação do Luiz: Deadman Wonderland
Não sei como funciona para vocês, mas geralmente quando uma obra me impacta eu me apaixono por ela instantaneamente, e bem, Deadman Wonderland fez exatamente isso.
O mangá não é necessariamente longo, tem apenas 58 capítulos, totalizando 13 encadernações. Aqui no Brasil a editora Panini fez a publicação.
Na época que conheci a obra ela ainda estava em publicação, já tinha a adaptação que, convenhamos, é bonita, porém incompleta e, por essa mesma razão, com vários furos no plot.
Deadman Wonderland foi escrito e ilustrado por ambos Jinsei Kataoka e Kazuma Kondou e publicado lá no Japão entre 2007 e 2013 pela Shounen Ace.
Aliás, devo informar que, apesar de ser um shounen, a ambientação pesada do mangá, fez com que eu não o recomende para pessoas sensíveis a sangue e gore.
Algumas considerações minhas
Acredito que foi uma das primeiras obras que li que me fez sentir dor pela perda de personagens, a ponto de dizer “não, isso não pode ter acontecido”, sentir um “bolo” na garganta e chorar em posição fetal.
Além do mais, a história possui diversos plot twists, contudo são todos muito bem inseridos na narrativa de forma que a leitura não se torna cansativa.
Os personagens são muito bem construídos, por vezes você se pega preocupado com o destino deles na trama. Pois, violenta como é, ela deixa muito claro que qualquer coisa pode acontecer e, se pode, provavelmente vai.
Os autores trabalham muito bem com temas relacionados aos sentimentos e a psique humana. Mostra como a mente e o comportamento humano podem ser complicados e conturbados. E também o quanto a visão de mundo de um vilão pode ser distorcida.
Devo constatar que a arte é bastante bonita: a ação, as habilidades, as expressões, tudo muito bem desenhado e escrito.
E não estou dizendo que não há defeitos também, acontece (infelizmente) a sexualização de uma personagem ou outra, mas a qualidade da obra continua positiva quando você olha o contexto geral dela.
Quanto a história…
A história se passa no Japão, 10 anos após um catastrófico terremoto destruir completamente a cidade de Tokyo. Em suas ruínas levantaram uma enorme prisão privada, de segurança máxima, chamada Deadman Wonderland.
Esta prisão funciona como um enorme parque temático, eles recebem infames prisioneiros condenados a morte, de todo o Japão, e os colocam para trabalhar nas “atrações turísticas”.
Logo no inicio o garoto Igarashi Ganta, de apenas 14 anos, aparece com seus amigos na sala de aula, enquanto conversam sobre sua futura excursão para conhecer ao parque temático da Deadman.
Porém um estranho “homem vermelho” surge flutuando e, com estranhas habilidades, assassina brutalmente todas as pessoas da sala, exceto pelo pobre Ganta que acaba desmaiando com um golpe no peito, com a certeza de que estava para morto também.
Após acordar em choque, receber a notícia absurda sobre o ocorrido, e com um advogado suspeitosamente complacente, a justiça acaba por declarar Ganta como culpado pelo brutal massacre de seus colegas.
Incrédulo, ele é enviado para Deadman Wonderland, sem sequer uma chance de provar sua inocência, ou sentir luto pelos seus colegas. Agora ele havia se tornado apenas um “monstro” para a sociedade.
Quando na prisão, furioso, em choque, e desejando morrer, a jovem e misteriosa Shiro invade sua cela, dizendo coisas estranhas. E por culpa dela acaba decidindo assim, com a visível mentalidade de uma criança, que quer provar sua inocência.
Enquanto decide firmemente que quer viver, uma estranha habilidade desperta em Ganta, evitando sua morte (programada para parecer um acidente na prisão) salvando também a vida de Shiro.
Assim, finalmente. o mangá revela o lado negro da Deadman Wonderland
Só posso afirmar que essa obra compensa o investimento do seu tempo.
E, por fim, já deixo adiantado que possui um desfecho muito bom!
Recomendação do Diego: Kingdom
Eu não poderia deixar de falar sobre essa obra prima mais uma vez (esse foi meu primeiro artigo aqui na Cúpula), que simplesmente se tornou meu segundo mangá favorito.
Foi uma obra que me fez rir, me emocionar e me apegar tanto com um exército, a ponto de ficar registrado na minha memória momentos chaves que pude ler naquelas paginas.
É uma pena que uma historia tão rica e baseada em fatos reais, não fez tanto sucesso aqui no Ocidente quanto deveria.
Apesar disso, Kingdom faz boas vendas e consegue chegar próximo de medalhões consagrados.
Tá, eu entendi que você gosta, mas do que se trata essa bagaça?
Kingdom adapta o periodo histórico dos Estados Combatentes da China (475 – 221 A.C.), um tempo sangrento de grandes guerras. Conta a história de um jovem órfão chamado Shin e sua trajetória como combatente até virar um general.
Naqueles tempos, a única forma que você poderia mudar seu status social era com proezas de guerra, então muitos tentavam mudar sua historia.
Para o nosso protagonista não havia outra opção pois ele era quase um escravo e junto com seu melhor amigo Hyou treinou seu corpo e espirito para isso. Enfim sua sorte muda ao conhecer o futuro rei de sua província, Ei Sei.
Considerações pessoais
Kingdom é uma joia, isso eu deixo bem claro no meu artigo. Mas a forma como o mangaká Yasuhisa Hara trabalha as paginas é maravilhosa.
Ambientes bem detalhados, muitas texturas de objetos e a excelente representação de batalhas gigantes enchem os olhos. A representação das táticas é muito perfeita, sem mencionar a carga emocional que o trabalho de general tem, ao enviar vidas para a morte.
Kingdom também é sobre legado, a gente consegue ver ao longo de seus 600 e tantos capítulos como toda a influencia que Shin recebe de seus comandantes é gravada em sua alma e acaba fazendo parte de sua vida e de seu estilo como general.
Devo enfatizar a violência presente nessas paginas, cruel porém sem ser grotesca, mostrando o lado que ninguém gosta de uma obra sobre guerra.
Deixo aqui registrado o quanto eu sou louco por essa obra e e devo evangelizar você que está lendo para que conheça essa maravilha também.
LEIAM KINGDOM!! LEIAM KINGDOM!!!!!!!
Recomendação do Jeferson (Youkai): Hunter x Hunter
Passando aqui bem rápido para recomendar esse mangá lendário de um autor mítico. Togashi é, segundo minha opinião, o autor que melhor representa o espírito e a definição de shonen com poderes.
Sei que existem infinitos animes de lutinhas para os mais diversos gostos, mas quando penso em primor e complexidade em relação a expressão clássica dos protagonistas e suas habilidades, é em Hunter x Hunter que encontro.
O Nen pode ser facilmente subestimado para aqueles aficionados em destruição ou show de luzes, no entanto, a gama de versatilidade que pode ser apresentado através desse singelo esquema desenvolvido por Togashi é de uma beleza suprema.
Não vou entrar em detalhes sobre a maravilhosa elaboração e diversidade, com inúmeras sutilezas e primor de aplicação, que o autor apresenta, cabe aqui apenas relatar, é sublime.
Não bastasse isso, Hunter x Hunter tem um dos arcos mais icônicos dos shonens de todos os tempos, se não o mais, o arco das Formigas Quimera, que apresenta algumas das mais incríveis batalhas de todos os tempos, sem falar de um dos vilões mais intensos já criados, e não falo apenas do Meruem, mas mesmo do Kuroro.
Fora esse mar de elogios duvidosos, qual é a trama de Hunter x Hunter?
O mangá nos conta a história de Gon Freecss, um jovem amoral e extremamente teimoso, egoísta e gentil que tem ambição encontrar o seu pai, o qual o abandonou.
Nessa jornada Gon se depara com um universo complexo e faz amizades com outros candidatos a Hunter, profissão que possibilita a pessoa a não apenas desenvolver habilidades únicas, como ter acesso a todo tipo de segredo em relação ao mundo. Nada melhor do que ser um caçador para encontrar a sua presa, não é?
Acompanhado por Killua, Leorio e Kurapika, Gon adentra em diversas conspirações e missões que expandem e representam a jornada do garoto, por vezes descobrindo mistérios, em outros momentos, enfrentando desafios insanos.
Gon segue resoluto, ora resgatando seu melhor amigo, ora enfrentando oponentes invencíveis; auxiliando em planos de vingança e até mesmo abraçando o ódio e o desespero em um determinado momento.
Para finalizar, peço perdão pelo texto, estou bem exausto e fazendo o que é possível para dar conta das minhas responsabilidades, poderia ser uma review melhor, mas estou realmente sem condições. De todo modo, recomendo fortemente esse mangá, é uma obra fundamental para a alma dessa indústria vital dos quadrinhos japoneses.
Recomendação do Welerson: Dead Dead Demon’s De De De De Destruction
Tudo mudou para os japoneses no dia fatídico de 31/08. De forma intempestiva, uma nave alienígena pousou sobre o país. A partir deste evento, os japoneses passaram a viver suas vidas de forma apreensiva.
Contudo, após se passar três anos sem nenhum ataque ou mesmo comunicação entre esses extraterrestres e os habitantes da terra, a sociedade simplesmente adotou o método de coexistência.
Dead Dead Demon’s De De De De Destruction não é uma obra sobre invasão alienígena. Não somente. É um mangá sobre a vida de duas garotas que estão prestes a se formar no colegial. E ao mesmo tempo, vivendo com a iminente preocupação do que será do Japão.
O autor deste mangá fantástico se chama Inio Asano. O mesmo de Boa Noite Punpun. Aliás, recomendei Punpun no primeiro Listão da Cúpula. Caso tenha interesse em saber do que se trata, por alto, dê uma conferida. E, assim como Punpun, Dead Dead Demon’s De De De De Destruction é uma obra de arte. Desde seus traços à sua história.
O mangá discorre desde a vida trivial de estudantes, até assuntos complexos envolvendo o universo político.
Não se restringindo somente a isto, aborda sobre midiatização e também manipulação de massa. Ou seja, este trabalho de Asano supostamente se apresenta como uma grande crítica para o mundo.
Ademais, por mais que possa parecer um tanto chato os assuntos debatidos na história, não é nada monótono ou irrelevante. Vale muito a pena.
Aliás, se tratando de Inio Asano, a narrativa se desenvolve muito bem e com aqueles toques “nada a ver” do mangaká, contribuindo para deixar tudo em um aspecto mais cômico. E, por fim, fica aqui a recomendação de Dead Dead Demon’s De De De De Destruction nesta edição do Listão da Cúpula.
Dead Dead Demon’s De De De De Destruction em breve em território nacional
E para os colecionadores de mangás, a editora JBC anunciou que irá publicar a série aqui no Brasil ainda neste ano de 2021. Então, caso ainda não tinha conhecimento sobre esta obra, esta é uma ótima oportunidade para conhecer e também uma grande aquisição, caso desejar.
Concluindo o terceiro listão de recomendações da Cúpula…
QUASE deixamos acabar fevereiro sem postar. Porém, conseguimos! Nos esforçamos e conseguimos juntar bons mangás para recomendar para vocês, nossos leitores e ouvintes.
Reiteramos aqui que, caso você não goste de mangás, pegue um dessa lista e dê uma chance! Teve de diversos gêneros diferentes. Com certeza algum irá se adequar ao seu gosto.
E caso não saiba como ler mangás, você pode dar um pulo nesse outro artigo nosso que ensina.
Obrigado para quem leu, e deixem seus feedbacks! Queremos saber o que estão achando dos nossos listões!