Para essa RegraDe3, decidi pegar algo bem fora da minha zona de conforto; diferente do meu comum (mentira, foi sorteio, mas me senti assim). Então, I’m Standing on a Million Lives (100-man no Inochi no Ue ni Ore) caiu no meu colo.
Não estou acostumado a assistir animes semi-isekais genéricos.
Talvez esse seja um leve adiantamento, mas muitas pessoas consomem esses animes/light novels/mangás que tem premissas muito genéricas e com personagens parecidos com o Kirito de Sword Art Online, o famoso Kiritoverso.
E também, talvez você seja uma dessas pessoas, então eu encarecidamente peço para que você deixe um comentário me explicando o porquê de verem essas obras com tanto afinco. Deixando claro que não estou querendo lhe ofender nem nada do tipo, só gostaria de saber, de verdade.
Inclusive, eu às vezes assisto algo meio sem pretensão alguma, só para o tempo passar e ter algum entretenimento, o que pode ser o seu caso.
Agora, vamos à RegraDe3…
- Gêneros: Ação, Drama, Fantasia
- Estúdio: Maho Film (???)
- Material fonte: Mangá
- Episódios: 12
- Novos episódios: Sexta-feira
- Página do anime (na Cúpula) (no MAL)
O primeiro episódio quase me fez desistir de cara
Logo de cara, a história começa jogando vários clichês de garoto excluído, enquadramentos super padrões, a garota popular, a garota doente e envergonhada, transportados para um jogo aleatoriamente…
Contudo, acredito que a maioria dos problemas não sejam da adaptação, e sim da própria fonte, que deve ser fraquíssima considerando a premissa e o enredo (especulação minha).
Cheguei a pensar que esse foi o pior anime que já assisti, não por fazer algo errado, mas por não fazer nada de bom.
Nada era interessante, parecia que eu estava esperando pelo fim entrópico do universo enquanto olhava para o vazio (embora o vazio gere mais reflexões que esse anime).
Mas pelo menos melhora (levemente) nos outros dois episódios.
Não é uma obra de Shakespeare
Quando falamos de aleatoriedade, usamos o exemplo de um macaco preso dentro de uma sala com uma máquina de escrever por um tempo infinito. Com essa quantidade infinita de tempo, em algum momento o macaco escreverá Otelo, letra por letra.
Posso afirmar que existe uma boa probabilidade de que o macaco escreva algo mais interessante do que a história desse anime, mesmo que seja em apenas 2 horas dentro da sala.
Tá, estou apenas brincando, é claro. Na verdade, a história não é ruim, ela é simplesmente extremamente desinteressante.
A história de I’m Standing on a Million Lives
Basicamente, Yuusuke, um garoto excluído está na escola e é transportado para um mundo de videogame junto com mais duas garotas da sua classe, Shindou e Kusue, que já tinham sido transportadas antes.
Lá, o Gamemaster encontra com eles, e o que deveria ser algo engraçado ou diferente por causa de sua aparência bizarra e forma de falar, acaba sendo apenas triste e vergonhoso (c r i n g e).
Eles recebem umas missões para fazer, se todos morrerem ao mesmo tempo eles morrem na vida real, as estatísticas de personagem sequer fazem sentido, uma situação nada a ver para salvar o protagonista…
Aliás, ele tem sua classe inicial definida como fazendeiro, que é basicamente inútil. Todo mundo é inútil e isso era para ser engraçado, mas já vi esse clichê algumas vezes antes.
A Divina Comédia
Não tem nada a ver com os horrores de Dante, mas também é uma grande tragédia. Estou falando do humor, é claro. As piadas não são lá muito engraçadas e ainda são dispostas estranhamente pelo episódio.
Digo que um dos grandes objetivos desse anime é ser engraçado, mas parece que já vi essas piadas antes. Alguma vez ou outra ele acerta algo, mas no geral não são muito assertivas.
Também não posso julgar comédia, já que só escrevo em sarcasmo, ironia e informação.
Personagens complexos como os de Berserk…
…não são os que você vai encontrar aqui.
Aliás, acredito que ter um personagem tão genérico como protagonista é o ponto mais negativo de I’m Standing on a Million Lives. Simplesmente uma batata gritante que anda no formato do Kirito.
Não consigo sentir a mínima empatia pelo garoto que tinha muitos amigos na sua cidade e agora se sente solitário na cidade grande. Um personagem completamente 2D (bem, literalmente).
As outras personagens também não ajudam tanto, em sua maioria um poço de clichês. O próprio Yuusuke assume que uma das personagens é um clichê de drama.
E vou lhe surpreender dizendo que as personagens secundárias são a melhor coisa da obra.
Assim, tem alguma coisa nas suas histórias secundárias que é minimamente interessante. E é isso.
Também não são Girassóis de Van Gogh
Abaixo da média.
Slide Show, fundos completamente genéricos e pouca animação. Inegavelmente, a única coisa bem animada são alguns movimentos das poucas lutas e os inimigos. Eu fico triste por quem recebeu um salário bem baixo para animar isso.
Inclusive, trilha sonora esquecível.
Anteriormente, eu estava assistindo Shingeki no Kyojin e ir para isso foi um grande choque de qualidade, tanto em design de personagem como a animação em si.
Simplesmente isso.
Aliás, a abertura é o clássico Pop Rock genérico, mas tenho que admitir que eu gosto.
Já o encerramento, música japonesa calminha de sempre, e tenho que admitir que não gosto.
Concluindo as (tristes) primeiras impressões de I’m Standing on a Million Lives
Desnecessário. E essa é minha única palavra para expressar a adaptação para anime de I’m Standing on a Million Lives. Tanta coisa melhor para adaptar e decidem por algo assim.
Nada que eu possa acrescentar.
Contudo tenho que dar parabéns por até agora (basicamente) não usarem ecchi. Fora algumas cenas bem leves, eles não fizeram nada nesse sentido, e deixo aqui a minha tristeza de isso ser um diferencial.
Simplesmente, vá ver outra coisa. Não perca esses 71 minutos da sua vida, eu sacrifiquei essas horas da minha vida vendo e escrevendo para que você não tenha que fazer o mesmo.
Vá, sei lá, praticar um esporte, jogar um jogo ou assistir outro anime.
Abraçar quem você ama?