MAO, que deveria ser mais um grande sucesso de Rumiko Takahashi, acabou não atraindo muita atenção para si. Pelo menos não aqui no Brasil. O mangá, desde seu início, teve pouca visibilidade. E após sua publicação, muito pouco foi difundido na mídia.
Mas o que será que aconteceu? Caso nunca tenha ouvido falar em MAO, não te culpo. Mas a obra é de responsabilidade de Rumiko, mesma autora de Ranma ½ e InuYasha.
Recentemente, a mangaká participou da produção do anime Hanyou no Yashahime: Sengoku Otogizoushi. Não no desenvolvimento do roteiro, mas nos designs das três protagonistas da série.
Por mais que MAO carregue o título de “nova história”, de novo não há nada. Não em sua totalidade. Claro que alguns elementos são característicos do novo mangá, mas a essência é basicamente a mesma de InuYasha.
Mas, afinal, do que se trata este novo mangá de Takahashi?
- Autor: Rumiko Takahashi
- Ano de publicação: 2019 – em publicação
- Capítulos: 27
- Gêneros: Shounen, Supernatural
A história de MAO
Algo deveras marcante, e até nostálgico, enquanto se lê MAO, são os traços da autora. É simplesmente inequívoco o conhecimento de quem é o dono daqueles traços. Assim como quando sê lê uma história de Akira Toriyama, Naoki Urasawa, Hirohiko Araki, entre outros.
O enredo se desenvolve com base na protagonista Nanoka Kiba. A jovem enfrenta, logo no início do mangá, uma experiência de quase morte. Ela sofre um terrível acidente de carro com sua família. A parte sobrenatural, elemento que Rumiko ama, surge neste ponto.
O acidente acontece próximo a uma espécie de portal que liga o mundo comum ao mundo sobrenatural. O impacto gerado pelo incidente acabou desencadeando uma série de eventos anormais nos quais Nanoka agora estava ligada.
Então, Nanoka passa a viajar entre eras ao passar pelo portal. Será que já não vimos isto anteriormente?! Eu, particularmente, nem acho tão ruim. Partindo do pressuposto de que a autora parece gostar desse tipo de narrativa, seria normal pensar que ela iria desenvolver uma jornada partindo dessa premissa.
Não bastando já a visão InuYasha 2.0, Nanoka, em uma de suas viagens, encontra-se com um jovem misterioso chamado Mao. O garoto está em uma jornada em busca do “Gato Demônio”, ou qualquer coisa desse gênero. O destino precisa realizar a união de ambos.
O fato é que Nanoka, após aquele episódio imprevisto com a família, acabou ganhando habilidades sobre-humanas. Coincidentemente, esses poderes foram concedidos à garota pelo mesmo ser que Mao está à procura. Inicia-se, então, uma trajetória mágica e repleta de grandes aventuras.
É um bom mangá, mas muito mais do mesmo
MAO é a terceira obra que acompanho da autora. Contudo, por já conhecer o trabalho de Rumiko e estar calejado com o teor de suas narrativas, MAO não durou muito comigo.
A história não é ruim, mas sim comum demais. Porém, claro que ela pode ganhar reviravoltas mais para frente e se tornar interessante.
Assim como ocorreu em InuYasha e também em Kyoukai no Rinne, MAO segue a lógica de histórias episódicas. Várias pequenas missões ao logo dos capítulos consolidando a presença e os relacionamentos dos personagens.
Todavia, como nunca li InuYasha ou Kyoukai no Rinne, somente acompanhei os animes, senti que MAO enveredou-se por um caminho mais denso e sangrento.
Não sei de Rumiko também trabalhou assim nos mangás supracitados. Entretanto, não foi por isto que o título não me cativou. Simplesmente não funcionou.
Meu problema com MAO foi além do mangá em si. Nos primeiros capítulos, quase não encontrava este mangá na internet. Quando encontrei, enfim, as traduções eram horríveis. Cheias de erros de português.
E assim se seguiu por vários capítulos. Se tornou muito maçante acompanhar dessa forma. Esse foi mais um motivo para eu ter abandonado o mangá.
Mas independente, ele é interessante e possui potencial, mesmo não inovando muito no já apresentado por seus predecessores.
Finalizando as primeiras impressões do mangá MAO
Há um tempo noticiou-se que o mangá iria receber uma adaptação em anime. Isto nos primeiros meses de 2020. Desde então não cheguei a ver mais nada relacionado. Denota que a obra fez sucesso. Pelo menos fora daqui.
Quem sabe com o possível surgimento da animação eu faça uma segunda tentativa para comprar a história de vez. Sinto-me um tanto desapontado em não curtir uma história da Rumiko. Afinal, InuYasha é meu terceiro anime favorito da vida.
Assim sendo, esperava ter as mesmas sensações (ou parecidas) que tive outrora com InuYasha. Infelizmente não foi o que aconteceu.
Por fim, fica aqui a indicação deste mangá. Sobretudo, ele é interessante e pode agradar você que não teve nenhum contado com histórias anteriores da Rumiko-sensei.