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Análise

Sachi-iro no One Room é bom? Vale a pena ler o mangá? | Primeiras Impressões

Sachi-iro no One Room, apesar de abordar um sequestro, é uma obra… leve?
8 minutos para leitura

Sachi-iro no One Room é um caso curioso. Quando uma obra resolve abordar um tema mais sério, como o mangá Happiness, imagina-se que a narrativa vai ser um tanto quanto densa e às vezes até desconfortável.

Quanto eu li a sinopse da obra, imediatamente imaginei que seria um mangá muito pesado e perturbador. Da mesma forma que você provavelmente pensará quando falarmos sobre ela.

Mas logo que comecei a ler o mangá, percebi que as coisas não eram bem assim. Apesar de sua proposta ousada, a obra consegue entregar uma leitura bem agradável, leve e em alguns momentos até mesmo…. fofa.

Vamos falar um pouco sobre a sinopse de Sachi-iro no One Room

Sachi-iro no One Room conta a história de uma garota de 14 anos, a qual tinha um stalker que a perseguia e tirava fotos dela.

Um dia ele finalmente a sequestrou, e fotos da garota preenchiam as paredes de seu quarto. Fotos essas que ela não fazia ideia de que existiam.

Todavia, a garota sofria bullying na escola e abuso de seus pais. Para ela, a vida atual é a verdadeira felicidade; e seu sequestrador, um herói que a salvou do inferno, por isso ela o ama muito.

Nossa heroína então propõe um jogo: Se eles conseguirem fugir dos pais dela e da polícia, eles vão se casar e serão felizes para sempre. Mas se forem pegos, cometerão um suicídio duplo.

Protagonista de Sachi-iro no One Romm e seu Oni-san deitados em várias fotos de mãos dadas.
  • Autor: Hakuri
  • Ano de publicação: 2016
  • Capítulos: 11 volumes (Finalizada)
  • Gêneros: Drama, slice of life, Síndrome de Estocolmo

Essa obra vai te fazer cogitar apoiar um sequestro

A obra começa com uma notícia de sequestro passando em uma televisão e 2 pessoas assistindo e comentando sobre o assunto. Essas pessoas são a garota sequestrada e seu sequestrador.

Sachi é uma menina toda machucada que sofreu maus tratos a vida inteira. Tanto por parte de seus pais que a usavam para aliviar a raiva, quanto na escola, onde sofria bullying corriqueiramente.

Ela não tem muito senso comum e não se importa com a própria saúde. Em suas conversas com seu sequestrador, ela até comenta que ele não precisaria alimentá-la todos os dias. Ela diz que precisaria ser alimentada apenas a cada 3 dias para não morrer.

Em contrapartida, seu sequestrador a fornece atenção, um diálogo divertido, refeições saudáveis e balanceadas. Além disso, até uma “expectativa de futuro” (algo que nossa garota não tinha antes da situação chegar nesse ponto).

Apesar de ele ser um criminoso, por conseguinte de seu feito, ele não faz nada de nojento com a garota. Ele não a maltrata e ela tem tanta liberdade que mal dá para chamar de sequestro. Em alguns capítulos, eles chegam a caminhar pelas ruas naturalmente. Fora que ela fica sozinha em casa com a possibilidade de fugir a qualquer momento.

Por conta de suas experiências anteriores traumáticas e a vida confortável que ela está vivendo no momento, a garota adquire síndrome de Estocolmo e passa a realmente amar seu sequestrador e vive lembrando de o agradecê-lo e ressaltando o quanto ela é feliz com sua vida atual.

Mas o que exatamente é Síndrome de Estocolmo?

Em resumo, é quando uma vítima de uma situação indiscutivelmente moralmente questionável, passa a olhar para seu malfeitor com empatia e cria um laço emocional com o referido.

É muito comum em casos que a pessoa que vem a ter síndrome de Estocolmo passe a ter sintomas como confusão mental, ansiedade, impulsividade, irritabilidade, depressão, agressão, culpa, dependência emocional do malfeitor e até distúrbio de estresse pós-traumático.

Esse artigo da BBC detalha um caso de 1973 na Suécia no qual o criminalista e psiquiatra Nils Bejerot analisou um grupo de reféns em um assalto.

Após feita a análise, verificou-se que eles desenvolveram uma resposta afetiva por seus sequestradores. Nesse mesmo caso criou o termo, e consequentemente, foi a primeira pessoa a utilizá-lo.

Por que o nome da obra é, traduzindo literalmente, um “quarto da felicidade”?

A garota abandonou completamente sua vida passada, incluindo seu próprio nome. Ela atualmente está totalmente focada em sua nova vida com seu sequestrador, que ela passa a chamar de “Oni-san”.

Ela pede a seu Oni-san que a de um novo nome para ela, e é aí que entra Sachi na história. O significado do nome vem do kanji de felicidade. Oni-san deseja que a garota seja feliz, então ele dá para ela um nome que têm exatamente esse significado.

Protagonista de Sachi-iro no One-Romm conversando com seu oni-san sobre seu novo nome
Protagonista de Sachi-iro no One-Romm abraçando seu oni-san sorrindo.
Protagonista de Sachi-iro no One-Romm sorrindo junto com seu oni-san que está sorrindo também.

Falando um pouco sobre o Oni-san em si

O sequestrador é definitivamente o maior mistério da obra. Não sabemos seu nome, não conhecemos seus parentes, não conhecemos seu passado, nem mesmo seu rosto sem a máscara a obra se dá ao trabalho de mostrar.

Para manter as contas, ele faz trabalhos de meio período, porém, ele sempre está utilizando identidades falsas (o que ele tem de monte, tipo, muitas mesmo). Ele tem um nível de precaução tão absurdo que faz você ficar se remoendo de ansiedade para tentar entender porque ele é assim, o que o levou a chegar naquele nível.

Até onde eu li da obra, foi revelado muito pouco sobre ele, mas se por algum motivo eu não estivesse gostando da obra (o que não é verdade) eu facilmente continuaria lendo para saciar minha curiosidade sobre ele.

Apesar de Sachi-iro no One Room ser um drama com um tema pesado (sequestro) a obra é… leve?

Quando você lê a sinopse, você imagina que seja uma obra totalmente pesada e cheia de melancolia e que não vai te trazer nada menos do que depressão e ansiedade.

Porém, conforme você vai lendo, pelo menos no começo, você percebe que não poderia estar mais enganado.

O foco da obra acaba puxando mais para o slice of life a fim de mostrar o cotidiano dos 2 e consegue até ser…. fofo, além de proporcional cenas hilárias e divertidas.

Protagonista de Sachi-iro no One-Romm recebendo um cafuné de seu oni-san
Fofo né?

Finalizando as primeiras impressões de Sachi-iro no One Room

Protagonista de Sachi-iro no One-Romm abraçando seu oni-san com um mural de suas fotos no fundo.

Em caso de investigação policial informo que não tenho nenhum tipo de envolvimento com esse blog, fui adicionado por terceiros e estou disposto a colaborar… Não tem como dizer isso sendo que o texto é meu né….

Bom, eu sou apaixonado por obras que tratam temas psicológicos, principalmente os mais pesados, então Sachi-iro no One Room foi um prato cheio de felicidade para minha biblioteca de mangás.

Se você gosta de obras que abordam temas mais complexos, um maravilhoso slice of life, um drama que avança aos poucos com twists constantes que te fazem ficar morrendo de ansiedade pelo próximo capítulo, provavelmente você vai gostar de Sachi-iro no One Room.

Eu ainda estou no começo da obra e não sei dizer se ela vai manter essa abordagem “leve” daqui para frente. Mas tendo em vista a temática da obra, eu não a aconselharia para pessoas mais sensíveis.

É possível que aconteçam cenas desconfortáveis para alguns, então eu recomendaria pensar duas vezes antes de começar esse mangá.

Mas levando em consideração o que eu li até agora da obra, caso você nunca tenha lido nada do gênero e tenha pelo menos uma curiosidade, pode ser pelo menos uma boa experiência que vale a pena dar uma chance.

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Escrito por

Jonatas Fernandes

Estudante

Maratonador de temporada

Criciúma - SC

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