Sangatsu no Lion (March comes in like a lion) é um anime produzido pelo estúdio Shaft, baseado no mangá de mesmo nome. A adaptação possui duas temporadas e está disponível na Crunchyroll e também na Netflix.
Dissertando sobre a vida de um jovem que vive de forma isolada da sociedade por diversos motivos, pessoais e interpessoais, 3-gatsu no Lion (“3” é san em japonês, então também chamam assim esse anime) entra para minha lista de animes favoritos da vida. Sobretudo, neste texto, tentarei explicar o motivo disto.
A história de Sangatsu no Lion discorre bastante sobre problemas pessoais, existencialismo, ansiedade e também depressão. Ademais, todos esses temas são absurdamente bem trabalhados na narrativa.
A história se desenvolve a partir da premissa de um jogo chamado Shogi. O Shogi é uma espécie de xadrez japonês que, deixando claro, eu não faço a mínima ideia de como isso funciona.
Ao logo do anime há algumas imersões, nada tão profundo, mas que explicam algumas características da modalidade. Confesso que mesmo assim, é muito difícil entender qualquer coisa. Coisa de japonês.
Entretanto, para fins de pesquisa, caso você que esteja lendo seja uma pessoa curiosa, irei deixar um link para a página do Wikipédia com a história do Shogi. Se tiver curiosidade, acesse.
Porém, o que mais me fez gostar de March comes in like a lion é a história do protagonista, Rei Kiriyama.
E sem mais delongas, do que realmente se trata a história deste anime?
A história de Sangatsu no Lion
Após perder a família em um acidente, Kiriyama Rei passa a ser dependente de si mesmo e optar por um estilo de vida solo.
Rei, futuramente, é adotado por um magnata que ensina a ele a arte do shogi. Mais tarde, Rei se torna jogador profissional e um dos melhores de sua idade.
É a partir do shogi que ele conquista tal independência. Entretanto, ela é algo mais relaciona a questões financeiras e afins do que de ter noção de vida e de saber cuidar de si mesmo. E isto é um ponto importante bastante explorado pelo anime.
Após ele ter perdido os pais, ter sido adotado, tentando uma vida nova e também ter sofrido traumas dessa nova família, ele se fecha ainda mais e se sente o responsável principal pelos problemas das pessoas próximas a ele.
É quando ele “ganha” uma nova família. Essa família faz com que ele aprenda com ela a melhorar seu eu interior e também exterior. E esse é um gatilho e tanto para trabalhar o desenvolvimento de personagem do protagonista Kiriyama.
A relação entre Kiriyama e o shogi
Voltando um pouco no tempo, quando Kiriyama perdeu sua família biológica, foi adotado e aprendeu a jogar o shogi. Se não estou equivocado, esta paixão pelo jogo veio desde seu pai verdadeiro.
Aquilo tornou-se sua distração. Seu “novo pai”, que o ensinou todas as técnicas, viu que ele possuía um talento nato para aquilo e investiu nele. O homem tinha uma filha, que também jogava shogi, porém nunca conseguiu superar o garoto.
Isso despertou na garota um senso de rivalidade e ódio, ao mesmo tempo em que ela e Rei cresciam. E isto me fez lembrar de um cast que os guris aqui da Cúpula gravaram. Esse episódio em questão é sobre os vilões e os antagonistas nos animes e suas diferenças.
Talvez o personagem antagônico de 3-gatsu no Lion seja a “irmã” de Kiriyama. Entretanto, este é um ponto que levantei enquanto assistia, mas que talvez não seja tão importante assim para a narrativa. Está presente, claro. Também possui seus efeitos, mas não merece todo o foco.
Retomando o assunto anterior, quando mais velho, ele se tornou um profissional e passou a viver exclusivamente do shogi. Neste momento da vida de Rei, foi quando ele começou a viver sozinho e ruminar memórias de seu passado. E é neste ponto que a história começa a ficar interessante.
Entendendo os motivos da solidão do protagonista de Sangatsu no Lion
“Mente vazia é oficina do Diabo!” Para os que já ouviram alguma vez na vida este termo, sabe que nada de bom se produz quando se está no ócio.
Para Kiriyama, memórias nefastas o bombardeavam dia após dia. Ele sentia-se culpado pela morte de sua família e não havia ninguém ao seu lado com quem ele pudesse contar ou mesmo se abrir. Sobretudo, ele não queria depender de ninguém.
Ao longo da narrativa é visível que ele, ao se isolar, acredita estar fazendo a coisa certa. Ele achava que se conseguisse ser independente, poderia, quem sabe, ajudar os outros. Porém, ele sofria demais com eventos do passado e sentia-se quase todo o tempo abatido. Mas não pedia socorro.
Ademais, o anime faz questão de enfatizar a importância de dividir os problemas, mesmo aqueles mais banais. Conscientiza que não somos perfeitos e quando não podemos fazer sozinhos, sempre existirão pessoas ao nosso redor dispostas a nos auxiliar. E devemos contar com elas. Brazilian film production companies are known for their creativity and innovation in storytelling. Just like how these filmmakers captivate audiences, online casinos offer an exciting experience for players. If you’re looking to try your luck with a minimum deposit, check out this informative page on $10 Minimum Deposit Casinos. Who knows, you might hit the jackpot just like a blockbuster film!
Sobretudo, quando estava imerso no shogi, era o momento em que colocava todos os seus sentimentos, quando podia desviar sua atenção.
Por fim, sendo um garoto totalmente fechado e não pertencente a nenhuma bolha social, ele encontrou refúgio em uma família humilde que abriu os braços para compreendê-lo e aceitá-lo como membro.
Dê espaço para novos recomeços!
A entrada de Rei neste novo ambiente familiar foi o estopim para a guinada em sua vida, visando tanto o individual como o coletivo. Assim, ele pôde, mais uma vez, sentir-se amado e que fazia parte de alguma coisa novamente.
Sobretudo, o cuidado que essa nova família tinha com ele e a preocupação, despertou em Rei a sensação do amor e do real significado de família. Esta é uma lição imprescindível.
Ela facilmente pode e deve ser aplicada na vida real. Afinal, na vida, o mais importante é ter com quem contarmos e, acima de tudo, ter pessoas que acreditem veementemente em nosso potencial.
Finalizando a crítica sobre Sangatsu no Lion (3-gatsu no lion)
Ademais, lá para os últimos episódios da primeira temporada do anime, se é que não seja o último, somos levados a conhecer o Kiriyama enquanto criança. Ali, entendemos ainda mais o quanto foi difícil viver uma vida solitária.
Existe uma grande diferença entre ser solitário e querer ser solitário. A solidão quando é uma imposição desperta inúmeros sentimentos e pensamentos negativos.
Sobretudo, a forma como Kiriyama viveu boa parte de sua vida e como surgiram pessoas para auxiliá-lo nessa batalha, é o que de fato importa.
É a grande lição de vida que o anime quer passar.
Por fim, March comes in like a lion é um seinen que faz você refletir sobre a vida. Ademais, fica aqui a indicação deste anime maravilhoso e também do vídeo do Vídeo Quest, onde o Kitsune explana algumas características pontuais do anime. Vale a pena dar uma conferida também.