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Autor de Love Hina fala com governo japonês sobre internacionalização

2 minutos para leitura

Ken Akamatsu, o autor do muito conhecido título Love Hina e de UQ HOLDER (que eu nunca nem ouvi falar), foi convocado pelo governo japonês para discutir sobre mangás e o futuro dessa mídia (pelos próximos 10 anos). Após a conversa, o mangaká fez um tweet comentando o acontecido.

A Crunchyroll traduziu para gente o tweet:

“Nesse mês eu fui convidado para participar de uma sessão de perguntas na Câmara dos Vereados, porém ao invés disso um membro da Dieta [o governo japonês] veio me perguntar ‘Quais medidas são necessárias para que o mangá japonês sobreviva no mundo?’ Eu respondi: ‘Antes de tudo e o mais importante: liberdade de expressão. Comparado com outros países, o forte do Japão é sua liberdade criativa. Todavia, com as plataformas estrangeiras se tornando cada vez mais dominantes, eu gostaria de evitar uma situação em que as obras japonesas sejam regulamentadas por padrões estrangeiros.”

É importante ressaltar que Ken Akamatsu é consultor informal do governo japonês já faz tempo, já tendo sido chamado umas vezes para tratar sobre assuntos do nicho, visto do ponto de vista de um mangaká.

Dessa fez, como já mencionado, foi conversado sobre como o Akamatsu-sensei gostaria de ver o cenário do mangá japonês se mantendo igual como é hoje, pois ele acredita que o maior problema que poderia vir a acontecer é a globalização da mídia acabar por torná-la muito regulamentada com base em censura internacional.

Akamatsu também defende manuscritos originais de séries de mangás deveriam ser preservados, como relíquias, exibidos e monetizados em uma espécie de “Centro Nacional do Mangá”, ou um “Museu Nacional do Mangá”.

Um breve comentário pessoal…

Basicamente, o medo do mangaká é que o “politicamente correto” assombre as obras japonesas, mas mal sabe ele que isso já vem acontecendo já tem um tempo. Pelo menos foi a minha visão sobre PARTE da fala dele.

Sendo sincero, eu realmente acredito que o mercado já mudou. Basta ver os títulos que mais fazem sucesso hoje em dia, e você perceberá que o famoso “clássico japonês”, bem machista e ofensivo, já se perdeu faz alguns anos aí na história dos mangás.

O medo da mudança é normal, meu caro Ken Akamatsu.

Mas é mudar ou morrer. Mercadologicamente falando, não faz mais sentido produzir para agradar somente o japonês.

Eu considero isso uma evolução. Se adaptar ao mercado é evoluir.

E hoje, graças ao streaming e ao licenciamento online, o mercado não é só o povo japonês.

O mercado sou eu. O mercado é você.

Não tenho nada contra o autor. E também não tenho nada contra a produção de mangás mantendo da mesma forma. As temáticas e a narrativa, bem como os elementos usados para contar, certamente serão os mesmos de sempre por muito tempo ainda.

O que quero dizer é que ser contra mudança (pelo menos em alguns títulos) é ser contra evolução.

E você, o que acha sobre o assunto?

Fonte: Crunchyroll

Escrito por

André Uggioni

Co-Fundador

Host do CúpulaCast

Criciúma - SC

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