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Análise

RegraDe3 | Arte: mediano até então, mas possui potencial

Arte: mediano até então, mas possui potencial

Em nossas RegrasDe3, os autores assistem os 3 primeiros episódios de um anime novo lançado na respectiva temporada. Após isso, eles escrevem uma análise sobre esse começo da obra, sendo uma espécie de primeiras impressões. Fique atento: a RegraDe3 é uma visão baseada APENAS nesses 3 primeiros episódios, NÃO sobre o anime inteiro.

8 minutos para leitura

Arte é uma série de mangá japonesa de Kei Ohkubo. É serializado na revista de mangá seinen da Tokuma Shoten Monthly Comic Zenon desde 2013.

Uma adaptação para anime da série de televisão Seven Arcs estreou em 4 de abril de 2020, e o mangá continua em lançamento.

  • Gênero: Romance, Histórico, Slice of Life, Drama
  • Episódios: 12
  • Studio: Seven Arc (Mahou Shoujo Lyrical Nanoha, Dog Days)
  • Diretor: Takayuki Hamana (Jin-Roh: The Wolf Brigade)
  • Material Original: Mangá
  • Novos episódios: Sábados

A história se passa na Itália do século 16, e acompanha a trajetória de uma garota que sonha em se tornar uma pintora, mas precisa passar pelas adversidades de ter nascido em uma família nobre, ao mesmo tempo que sofre preconceito por escolher uma profissão dominada por homens.

A história nos apresenta Arte Spallettis. Uma garota Italiana que acaba de fazer 16 anos e que ama arte. Desde muito jovem, ela mostrou aptidão para desenho e seu pai a apoiou pagando aulas particulares com um artista. Tornando-a muito habilidosa desde cedo.

Antes, um rápido resumo do primeiro episódio de Arte

A história nos apresenta Arte (a protagonista) desenhando um pássaro no alto da janela de seu quarto quando vê sua mãe preparando uma fogueira com seus desenhos.

Descobrimos então que desde muito pequena, o pai de Arte a incentiva a continuar seus estudos no mundo artístico. Chegando até a pagar por um professor particular para que a filha possa ter um futuro brilhante.

Paizão da porra

Ao contrário do pai, a mãe de Arte é radicalmente contra a filha seguir os próprios sonhos. Pois isso não a levaria em nada e não a deixaria mais atraente para os homens quando fosse se casar.

Arte então decide pedir para vários artistas que deixassem ela ser aprendiz. Porém, como o esperado, todos a recusam por ser mulher e duvidar de sua capacidade. Frustrada, a garota corta o grande rabo de cavalo que tinha, no meio da multidão.

Foi assim que ela conheceu Leo. Embora ele houvesse aceitado ela como aprendiz, ele a aceitou como aprendiz no calor do momento. Já que outros mestres haviam feito pressão para ele arranjar um logo.

Assim que Arte chega a oficina de Leo, ele lhe dá uma tarefa muito difícil, convicto que qualquer um sem interesse em ser seu aprendiz não cumpriria. Mesmo tendo que virar a noite, Arte consegue e torna-se sua aprendiz.

E assim, a história começa.

Um pouco sobre o background de Arte

Se você lembra bem das aulas de história do ensino médio, sabe que uma grande revolução na arte estava ocorrendo no século XVI (16).

Era o período do Renascentismo e artistas como Leonardo da Vinci estavam no seu auge na Europa. Então, era bastante comum haver oficinas de artistas das mais diversas áreas por toda Europa. Não só de pintura, mas também de esculpir em mármore e arquitetura de edifícios.

Fora isso, o fascínio pela anatomia humana estava levando a uma revolução nos desenhos mais realistas de suas formas. Mas ao mesmo tempo que isso era visto com admiração, também era visto como abominação.

Pois os estudos às vezes levavam a dissecação de corpos. Coisa que não era permitido pela igreja.

Minhas impressões sobre o anime

Na verdade, no geral, quase nada me surpreendeu nela. Mais do que isso, tenho bastantes pontos negativos a ressaltar. Afinal de contas, o estúdio e ao diretor não tem grandes obras em suas bagagens. Mesmo assim, o anime não chega a ser desleixado como eu imaginei que seria.

A trilha sonora não tem nada de especial também. Já que musicas instrumentais retratando a época e coisas artísticas já eram esperados.

Alguns background das cenas apesar de serem bastante detalhados tem alguns detalhes meio distorcidos. Aqui eu estou sendo meio chato. Contudo, teve um momento que o mesmo cenário foi usado mais de duas vezes. E lá estava aquela porta. Toda estranha…

As vezes, o diretor utiliza recursos como flash-back de maneira a preencher o tempo. Como por exemplo, algo que aconteceu apenas dois minutos atrás ser reprisado completamente.

A obra também tem problemas em retratar passagem de tempo. Arte fica às vezes horas desenhando algo e o tempo passa apenas trocando o enquadramento das costas dela para o seu rosto. Mostrando que o primeiro rabisco se tornou um desenho completo.

Para que você possa entender como isso poderia ser facilmente resolvido, basta trocar a cor do ambiente de claridade para um tom mais alaranjado.

Mostrando que estava de manhã e ficou mais a tarde. Ou então feito uma trilha sonora de transição de tempo. Que também é um recurso bastante utilizado (se teve trilha sonora para isso, eu não percebi).

No entanto, maior ponto positivo é a própria protagonista. Ela é bastante animada e expressiva. Arte faz diversas caras e bocas. Sendo assim, é muito fácil gostar dela. Até mesmo Leo diz isso a ela.

A garota realmente não esconde seus sentimentos. Apesar de tentar reprimir alguns.

Falando em Leo, a relação entre os dois é bastante legal. Só assistindo para entender.

Tratando o machismo

No momento em que eu li a sinopse, admito que fiquei preocupado a respeito de como esse tema seria abordado. Comumente, ele é exagerado e até forçado para fazer parecer que os homens são escrotos e que merecem a morte. Mas, nessa obra, o uso foi surpreendentemente natural.

Coisas como “Você não precisa fazer isso, pois é mulher”, “Deixe eu te ajudar, mulheres não deveriam fazer isso sozinhas” ou até “Serei legal com você, pois é assim que se deve tratar uma mulher” são o foco desse tema em Arte.

É bom quando alguém é legal com você ou te ajuda? Sim. Porém, não quando acham que você é incapaz e inferior. E é com isso que Arte mais sofre o tempo todo.

Porém, com Leo, é diferente. Não porque ele acha que ela é especial. E sim, por que ele a trata como trataria qualquer aprendiz. Sem pegar leve com ela.

Fiquem com essa sequência de imagens para explicar melhor o que ela sente.

Finalizando…

Arte tem uma temática um pouco diferente. Todo ano vemos um ou outro anime assim. Estou gostando bastante do fator histórico sendo abordado e espero que isso continue evoluindo junto com a obra.

O engraçado é que o anime é bastante “maduro”. Trata de algumas questões da forma que eles deveriam ser tratadas. Com um toque de bom humor e uma narrativa consistente.

O romance da a protagonista com Leo é bastante sólido. Ela não se apaixona por ele por ele ser alto, moreno ou bonito. Ela gosta dele pelo jeito que ele é.

Provavelmente, verei mais dessa obra para ver sua conclusão.

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Escrito por

João Bernardes

Escritor

Gamer | Mestre dos guias

Campo Grande - MS

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