O ano é algo por volta de 230 d.c. Você é um estrategista de guerra chinês, um de muito renome inclusive. Porém, você está em seu leito de morte, doente. Você… morre. Entretanto, você logo se vê acordado novamente… só que em Shibuya, no Japão, nos tempos atuais, no meio de um festival enorme de fantasias. Será este o INFERNO? E esses são os primeiros minutos de Paripi Koumei!
O objetivo de Kongming, o tal estrategista (sim, não foi você que morreu mesmo), é fazer com que uma garota aleatória vire uma estrela da música. Isso porque ele teve o prazer de ouvir a música dela num show que ele por acaso ouviu enquanto estava perdido bebasso em Shibuya.
Sério, nem precisaria da minha RD3 aqui para você querer dar uma chance pro anime, certo? Mas eu só aceito sair daqui com você com vontade de dar play no episódio 1.
Confia, vem comigo!
- Gênero: Comédia
- Diretor: Honma Osamu
- Estúdio: P.A. Works (Angel Beats!, Another)
- Material: Mangá
- Onde assistir: Ainda não disponível oficialmente.
- Novos episódios: Terças feiras.
Uma premissa original DEMAIS!
Eu preciso reforçar o quão original é a premissa de Paripi Koumei, porque sem dúvidas é ela que faz com que as primeiras impressões do anime sejam tão positivas.
Olha só:
Um estrategista chinês super inteligente é isekaizado para o Japão atual, no meio de um festival de fantasias (boa sacada do autor para ninguém suspeitar ele estar usando uma roupa dos anos 200).
O estrategista, que inclusive achava estar no inferno, é abordado por alguns jovens, e mesmo que ele tente se apresentar, eles não o levam a sério, claro.
Não suficiente em trocar uma ideia com Kongming, os jovens o embebedam.
Sem querer, Kongming se depara com a música de Eiko, uma jovem cantora que trabalha no bar e canta quando tem a oportunidade. Ele se encanta com o maravilhoso som que sai da boca daquela garota e da junção dos instrumentos musicais modernos.
Algumas coisas acontecem, e o destino dos dois se cruzam. Após algumas outras coisas, o chinês decide que será o empresário/estrategista de Eiko, e que botará todo seu conhecimento em prol de um só objetivo: ajudar ela em rumo ao estrelato.
Lembrando: é comédia!
Pegue uma premissa criativa assim e some com um único gênero: comédia. Prontinho, temos um prato cheio para que o anime seja gostoso de assistir.
E de fato é. Ver a maneira como os personagens interagem entre si é muito bacana. A relação deles se constrói em cima dessa premissa maluca, mas não é forçada. São diálogos divertidos e construtivos, e logo você se vê compartilhando dos mesmos objetivos deles.
O mais legal é assistir Kongming aplicar táticas de guerra para de alguma forma surpreendente ajudar Eiko nessa caminhada é impressionantemente divertido. Não comentei, mas Kongming, também conhecido como Zhuge Liang, foi uma pessoa de verdade.
Por exemplo, temos um episódio onde Eiko foi meio que enganada, e sua presença num show faria na verdade com que outra cantora mais famosa tivesse mais atenção. Seriam shows simultâneos, e já que Eiko não era famosa, a cantora safada teria o público inteiro para ela, quase como se não fosse haver concorrência.
Porém, Kongming prepara o ambiente de uma forma que o público, ao chegar perto do palco de Eiko, se veja numa situação onde é difícil sair.
Ele atraiu os primeiros da multidão com bebidinhas. Mas logo, havia muito gelo seco, escuro, decoração que distrai… e claro, uma música incrível sendo tocada no palco por Eiko. Isso faz com que as pessoas se vejam “presas” ali, não se distraindo com outros palcos do ambiente. O nome da tática que ele replicou foi “O Labirinto da Sentinela de Pedra”. Não sei se foi real, pesquisei e não achei nada, mas o nome é foda!
É confuso de explicar aqui via texto, mas confia, é muito legal ver como ele aplica essas táticas de sua vida passada. É engenhoso, divertido e convincente.
Finalizando minhas primeiras impressões de Paripi Koumei
Gêneros, narrativa e premissa bastante alinhados. Os personagens são interessantes e entregam relações e conversas divertidas de acompanhar. A qualidade técnica que não fica para trás.
As cores são bem chamativas, o que ajuda com o tom divertido, e a animação em si também não destoa, mesmo em partes onde temos Eiko tocando um violão, por exemplo. Curte essa cena;
É normal os estúdios cagar no pau e usar um CGI horroroso, mas aqui ficou muito natural, como esperado do P.A. Works, que raramente entrega algo abaixo da média.
Sei que foi uma primeira impressão curta, mas não a confunda com rasa. Realmente, não há muito para se falar de Paripi Koumei com apenas 3 episódios.
Não tenho como saber se haverá uma mensagem complexa e maior ao final do anime, ou se a história irá mudar de rumo após algum acontecimento específico.
Porém, uma coisa eu garanto: parece que Paripi Koumei seguirá usando essa fórmula. Não sinto que irá mudar. Por hora, minhas primeiras impressões são extremamente positivas e você deveria com certeza dar uma chance para esse isekai diferentão (que de “isekai” não tem nada, então relaxa).
Se nada te convenceu, assiste a opening. Se isso não convencer, você está morto por dentro.