🔥
Faça como milhares de Otakus, ouça nosso podcast sobre animes e mangás.
Toque aqui para acessar o canal do YouTube!
Análise

Ore dake Haireru Kakushi Dungeon | Primeiras impressões

Ore dake Haireru Kakushi Dungeon: dentre os mistérios de um ecchi genérico e uma fantasia feijão com arroz

Em nossas RegrasDe3, os autores assistem os 3 primeiros episódios de um anime novo lançado na respectiva temporada. Após isso, eles escrevem uma análise sobre esse começo da obra, sendo uma espécie de primeiras impressões. Fique atento: a RegraDe3 é uma visão baseada APENAS nesses 3 primeiros episódios, NÃO sobre o anime inteiro.

8 minutos para leitura

Ore dake Haireru Kakushi Dungeon (The Hidden Dungeon Only I Can Enter), mais um anime ecchi para a alegria dos otakus adolescentes excitados de plantão. E também para alguns adultos acima da casa dos vinte que mentem descaradamente sobre a sua decadência sexual.

Convenhamos, esse anime não deveria se aparecer como RegraDe3, mas sim pela regra de 4, sabe como é.

Antes de adentrar pelo calabouço doce das curvas femininas, apresento a contextualização técnica dessa potente obra:

  • Gênero: Ação, Aventura, Ecchi, Fantasia
  • Estúdio: Okuruto Noboru
  • Material fonte: Light Novel
  • Episódios: 12 de 24 (Dois temporadas, não sei se seguidas ou separadas)
  • Novos episódios: Quintas- feiras no Japão. No Brasil, as Sextas-feira
  • Página do anime na Cúpula e no MAL

Qual é a história de Ore dake Haireru Kakushi Dungeon?

Acompanhamos o nosso gentil e humilde protagonista Noir, um nobre Baronete que habita um mundo de fantasia, magia e belas amigas de infância.

Noir, um rapaz de bom coração, ambiciona a carreira de cavaleiro, um combatente protetor de seu reino. Será?

Inicialmente o anime nos apresenta a amplitude do cenário, nos é revelando que Noir, ao nascer, foi agraciado com um dom particular. Essa é uma habilidade mágica única que lhe garante uma função adequadamente apelona para protagonizar sua jornada.

Entretanto, sua habilidade, chamada de “Grande Sábio“, tem um efeito colateral inconveniente. Acometido por fortes dores de cabeça a cada vez que a utiliza, Noir resolve não depender demais de seu dom.

Devido a circunstâncias políticas, e ao fato de ser um rico pobre, Noir perde seu emprego inicial, pois uma aventura de fantasia regada a contatos íntimos não se desenvolveria adequadamente dentro de uma biblioteca. Embora, vai saber, japoneses, sempre existem divergências.

Ore dake Haireru Kakushi Dungeon Amiga de infância

Para montar o harém do bom rapaz, temos a coadjuvante, loira de grandes seios, Emma, que por acaso é apaixonada por seu “carisma” genuinamente genérico.

Alice, sua irmã mais nova que deletasse em agonia e desejo por seu corpo e sua atenção. E, ao que tudo indica, mais uma penca de garotas diversas que desejam ter sua superfície explorada pelo rapaz.

Destaco, dentre elas, Lola, a moça da guilda que aposta sua libido com o rapaz, sua mestra, Olívia, que apesar de ser uma maga lendária, acabou lascivamente aprisionada em uma Dungeon. Também tem a sua professora de combate, à qual nem sei o nome, que com ímpeto sem igual, senta habilmente sobre o corpo másculo e esguio de seu aluno.

O protagonista de Ore Dake!

Noir é um rapaz em plena puberdade que não apenas possui uma habilidade muito versátil, como um magnetismo inerente a um roteiro adequadamente sexualizado para o delírio do público-alvo.

Com sua habilidade de sabedoria plena, ele consegue descobrir segredos ocultos, e dentre esses segredos, está a sua mestra, Olívia, que por ser encontrada pelo herói, o agracia com a transferência de sua própria habilidade a ele.

Quem sabe em um futuro não muito distante, ele se torne poderoso e digno de libertá-la de sua chaga.

O harém de Noir tende a expandir, assim como o roteiro batido de uma escola de magia, moças de boa aparência, nobreza e submissão ao homem herdeiro do paraíso.

Ore dake Haireru Kakushi Dungeon Irmã

O que podemos esperar de The Hidden Dungeon Only I Can Enter?

O mesmo de sempre, toques inadequados, roupas intimas e uma aventura dentre beijos ardentes que recuperam o HP do rapaz.

A habilidade que herda de sua mestra é realmente interessante, assim como a dinâmica e utilização que ele faz da mesma. O entreve, para alguns, talvez seja o desperdício de uma boa ideia ao revesti-la com uma premissa sexual simplista.

Os personagens de Ore dake Haireru Kakushi Dungeon não trazem nada de novo, seu cenário ou a estrutura de conflitos entre personagens, menos ainda.

A força do anime não está na animação, na trilha sonora, na fantasia, na mensagem, mas apenas, e é uma pena, na proposta de entretenimento raso de excitação masculina.

Sem esquecer do fator nobreza, utilizado de qualquer jeito para demonstrar a hierarquia social local, à qual o anime destaca bastante para forçar empatia.

Ore dake Haireru Kakushi Dungeon Mestra de novo

Mas o ecchi em Ore dake é pesado?

Na verdade, não.

Podemos pensar em uma escala de perversão do ecchi, sendo que o essencial é a objetificação do corpo feminino ou masculino, utilizando-o como base para os eventos, e como destaque para as cenas de interação dos personagens, o ecchi grada no grau de intensidade, segundo o grau de exposição e lascividade. Ore dake tem pouca exposição e lascividade mediana.

Nem todo anime que tem exposição é ecchi, assim como nem todo anime que tem lascividade o é, por exemplo, Ghost in the Shell tem cenas de nudes, mas elas são parte do roteiro.

O mesmo para animes como Kite, que por mais que seja um “hentai”, as cenas de sexo explicito desenvolvem papel central dentro do desenvolvimento do cenário. Ou seja, não é um anime ecchi, mesmo sendo um “hentai”. Bizarro, né.

Ghost in the Shell

Outros animes, como por exemplo Kuzu no Houkai, são animes lascivos, mas não ecchi, pois possuem uma perspectiva madura de elaboração das cenas e uma premissa que coaduna com a proposta de aproveitamento do corpo dos personagens.

E sim, existem animes ecchis que aproveitam o corpo masculino como base de excitação, como Free. Em outros, utilizam o corpo como humor e complementação da estrutura e da coerência própria da obra, como por exemplo, em Hajime no Ippo.

Recentemente terminei Hanebado, outro anime que podemos entender como possuindo uma utilização respeitosa do corpo feminino.

Mesmo que tenha o apelo estético padrão requerido pelo público otaku, ou seja, ele pode, enganosamente, ser lido como “ecchi”, mas em momento algum o é.

Hanebado!

Finalizando as primeiras impressões de Ore dake Haireru Kakushi Dungeon

Saí completamente da RegraDe3 nessa divação acima, mas acredito que ela engrandece a compreensão de como uma premissa predeterminada em uma obra.

Da maneira que acontece em Ore dake, pode esvaziar o seu potencial de desenvolvimento, empobrecendo, assim, a mídia dos animes.

Continuarei a acompanhar o anime?

Não. Nada contra quem deseja matar o tempo com ele, mas tenho que escolher entre ele e Ex-Arm. Surreal não é, mas se quiserem saber o que penso sobre Ex-Arm terão que ler minhas primeiras impressões no blog do Anime21.

Compartilhe
Facebook
Twitter
Telegram
WhatsApp

Escrito por

Jeferson (Youkai)

Professor e Escritor

São Paulo - SP

Entre na conversa, deixe seu comentário!

Comente abaixo sua opinião sobre o assunto e convide o autor da postagem para conversar!
Ei! Antes de você ir.
Se gosta de animes tanto quanto nós

Conheça nosso podcast sobre animes e mangás no Youtube!

Não se preocupe, ao clicar irá abrir uma nova aba. E você vai poder continuar sua leitura.

Esse site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Ao navegar nele você está aceitando nossa política de privacidade.