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Até poderia dizer que eu nunca esperaria algo do tipo, mas estamos falando do Japão aqui. Então, vai, se você pensasse um pouquinho saberia que era só questão de tempo até isekais ainda mais esquisitões começassem a ganhar anime. Inacreditável, porém, acreditável. Só isso que consegui pensar ao ver o anúncio de Reborn as a Vending Machine, I Now Wander the Dungeon, o famoso “isekai da máquina de vendas”. E cara, que prazer poder estar vivo e acompanhar essa parada!
Desde o começo já adianto: não medirei esforços para DEFENDER esse isekai nesse texto.
Venha de coração aberto porque, por mais hilário, improvável e inadmissível que pareça, esse anime é bacana. Vem comigo!
- Gêneros: Isekai, Comédia, Fantasia
- Estúdio: Studio Gokumi, AXsiZ
- Diretor: Akitaya Noriaki (mesmo de Bakuman!!!)
- Material fonte: Mangá
- Onde assistir: Crunchyroll
- Novos Episódios: Quartas
O caminhão do isekai ataca novamente, mas com uma “máquinada” na cara!
Começamos a história de Reborn as a Vending Machine de um jeito nada comum: estamos assistindo uma máquina de vendas, daquelas de refrigerante mesmo.
Bem tradicional, branquinha, simpática.
Mas com olhos!
Sem muita enrolação, já descobrimos que se trata de um isekai. O caminhão atacou novamente, mas dessa vez, a morte foi um pouco… diferente.
O querido protagonista dirigia sua scooter numa rodovia, numa região montanhosa. À sua frente, temos um caminhão que, em sua caçamba, transporta uma máquina de vendas.
Tudo parecia bem, até que… perigo! Uma curva fechada faz com que a máquina tombe e caia do caminhão. Nosso herói se atrapalha, e ao cair do precipício, tenta SALVAR a máquina do acidente.
É, não contei ainda, mas o protagonista é um “otaku de máquinas de vendas”.
O cara é apaixonado por essas caixas magníficas de metal que, por uma pequena quantia de dinheiro, realizam seus sonhos!
Não sei se foi seu amor pelas caixas de metal, ou se foi a dor de ser esmagado por uma, mas alguma coisa foi forte o suficiente para fazer ele renascer em um mundo de fantasia de um jeito não convencional.
Agora, ele é uma máquina de vendas.
Seria esse o céu?
Uma premissa original que, se seguida, tem potencial
É um mundo de fantasia, e, por consequência, temos magia, monstros, guildas, aventureiros… Todo aquele kit clássico. O protagonista, apelidado genialmente de Caixeta por seja lá quem faz as legendas da Crunchy mas amei, também é uma espécie de artefato mágico.
Ele tem uma série de habilidades, e um esquema de “pontos” que precisa coletar para poder melhorar os produtos que vende. Mas não só para isso, os pontos são sua energia, e sem energia, ele supostamente pode morrer.
Temos um primeiro episódio que mostra o Caixeta precisando sobreviver à um ataque frenéticos de monstros sapo. Depois de muita paulada e perder muitos pontos, ele de alguma forma consegue se salvar com uma nova habilidade, porém, a situação está complicada.
Ele gasta os pontos para melhorar habilidades, e só com o passar do tempo, também. Porém, apanhar acelera o processo de perda de pontos.
Ele estava perdido!
Até que, do nada (do nada mesmo) aparece Lammis, a menina bonita da capa. Atrapalhada, meio cabeça de vento e bem intencionada, Lammis com sua super-força começa a carregar o Caixeta para lá e para cá.
E vualá, temos um começo interessante? Ainda não
O que deixa realmente interessante, para mim, é que nesses primeiros 3 episódios o anime não larga essa premissa e não se torna genérico.
Eu tinha certeza que já no episódio dois o Caixeta teria alguma habilidade de, sei lá, virar um ser humano ou uma arma de verdade na primeira dificuldade encontrada, e voltaríamos ao clássico isekai.
Porém, a princípio, não parece que será o caso. Ao invés disso, soluções engenhosas e engraçadas são encontradas para a resolução dos problemas. No segundo episódio, inclusive, os caras usam mentos e Coca-Cola para resolver um problemão. E ah, o Caixeta só se comunica com frases PRONTAS de uma máquina de vendas.
“Seja bem-vindo!”
“Volte sempre!”
“Você não ganhou o prêmio. Que pena!”
Sensacional.
Finalizando as primeiras impressões de Reborn as a Vending Machine
Não prolongarei, porque realmente não há muito mais a ser dito. Se você procura uma história incrível e marcante, não encontrará. Se procura personagens com backgrounds interessantes, também não. Animação, trilha sonora, afins? Nada.
O que você encontrará é um isekai descomprometido que conta o dia a dia de um cara que virou uma máquina de vendas e uma mina carregando ele para lá e para cá. Teremos situações engraçadas e que provavelmente surpreenderão você (no episódio 3 ele precisa começar a vender CAMISINHAS para resolver um problema, e eu juro, não fica zoado!).
Ah, as vezes vai acontecer coisas assim também:
Muié puxando charrete no lugar de gado, sapo gigante pegando fogo, máquina de VENDAS no suporte…
CAOS!
Esse é o tipo de coisa que você encontrará no isekai da máquina de vendas. Não encontrará nada mais, nada menos. Como a premissa é bastante engraçada e minhas primeiras impressões acabaram por ser bem positivas, continuarei assistindo.
Reforçando…
Passa longe de ser um anime ambicioso, mas a audácia de inovar à esse ponto chamou minha atenção. Não muito tempo atrás, eu e Dudi estivemos no CúpulaCast para conversar sobre o que nos atrai num isekai hoje em dia, e posso dizer que Reborn as a Vending Machine se encaixa. Por isso, convido você a dar uma chance. Apesar de contrariar expectativas, a parada é realmente engraçada e vai te entreter, caso esteja, claro, de coração aberto. Suspenda a descrença e divirta-se!
Afinal, se for querer comprar uma refeição de um restaurante 5 estrelas numa máquina de vendas, não vai rolar. No máximo, um lámen quentinho, gostosinho, que vai segurar sua fome, apesar de ter coisa melhor por aí.
