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Análise

Sakugan | Primeiras impressões

Sakugan parece uma versão pirateada de Deca-Dence

Em nossas RegrasDe3, os autores assistem os 3 primeiros episódios de um anime novo lançado na respectiva temporada. Após isso, eles escrevem uma análise sobre esse começo da obra, sendo uma espécie de primeiras impressões. Fique atento: a RegraDe3 é uma visão baseada APENAS nesses 3 primeiros episódios, NÃO sobre o anime inteiro.

10 minutos para leitura

Sakugan me chama muito mais atenção pelo seu título do que por qualquer outra característica. Pessoalmente, sou fãs de pequenos e sucintos títulos, e acho que eles normalmente conseguem entregar bem mais do que essas bíblias que escrevem para os isekais. Contudo, não sei – ainda – o que o título significa.

E, de certa forma, muita gente nem deu uma olhadinha em Sakugan. Acho que se fosse um anime da temporada passada ou retrasada, talvez entrasse como uma de nossas escolhas trovejantes. Mas com grandes nomes como Ousama Ranking e Komi-san para a competição, Sakugan virou só mais um na fila do pão (até rimou).

Mas, por mais incrível que pareça, o time do Animes Overdrive, que está sempre junto com a Cúpula em podcasts e demais colaborações, votou em Sakugan como uma das apostas para melhores da temporada, que chamamos de escolhas trovejantes.

De minha parte, não acredito que estejam errados, porque Sakugan poderia ser muito mais – mas não sei se vai alcançar o nível que a gente espera dele.

pai e filha em sakugan
  • Gênero: Aventura, Sci-Fi, Mecha
  • Estúdio: Satelight (Log Horizon, Somali)
  • Material: Novel
  • Onde assistir: Crunchyroll
  • Novos episódios: Quinta-feira

Humanos no subsolo!

Basicamente, nossa história gira em torno de dois personagens: Gagumber e sua filha Memempu, uma menina de 9 anos extremamente inteligente.

Os dois moram em uma Colônia no subsolo; aliás, uma das Colônias existentes no subsolo, protegida por várias rochas e mecanismos. Mas para que uma proteção? Fora das muralhas, há um local chamado por todos de “Labirinto”, que é o local no qual pessoas se aventuram para chegar em outras colônias e lutam contra enormes monstros.

Mais especificamente, estamos aqui falando de Kaijuus.

Monstros gigantes e assustadores cuja destruição atinge cidades inteiras; muito famosos em filmes e animes japoneses no geral. E, claro, para derrotar esses monstros, nada mais necessário do que robôs gigantes também.

Então, se você não curte Kaijuus ou mecha em geral, pode não ser uma boa apostar nesse anime em específico. Para mim, não faz muita diferença, porque eu assisto tudo. E, embora não seja esse o motivo, não estou exatamente animada com Sakugan.

Sakugan parece diferente, mas não é

Acho que agora já é hora de explanar o meu título, e explicar o porquê de achar que é uma cópia meio malfeita de Deca-Dence.

Primeiramente, a ambientação é bem parecida.

  • Restrição de seres humanos no subsolo;
  • Protagonista feminina com personalidade forte;
  • Adulto misterioso com passado desconhecido;
  • Exploração;
  • Monstros gigantes;
  • Ar meio cyberpunk.

E isso, por si só, não descaracterizaria o potencial de Sakugan enquanto uma obra completamente distinta e com identidade única. Mesmo com essa Rd3, e com as comparações e colocações, ainda há esperança. Mas o primeiro ponto que pretendo colocar aqui é: aventura é worldbuilding.

Tenho certeza de que outros membros da Cúpula saberiam expor isso muito melhor do que eu, mas vou me arriscar a conversar sobre isso. O worldbuilding, ou seja, a construção de mundo, é fator CRUCIAL para o desenvolvimento de certas histórias nas quais a EXPLORAÇÃO é o foco.

Veja bem: em Made In Abyss, somos relembrados constantemente de como as camadas funcionam, onde os protagonistas estão e onde eles pretendem chegar. Toda a funcionalidade do mundo, os monstros e criaturas que nele existem e o objetivo são muito importantes para a trama como um todo, quando o objetivo central é explorar.

Da mesma forma, em Deca-Dence, quando há uma virada de chave no terceiro episódio, e todo o mundo é mostrado de maneira macro, o espectador consegue se integrar à história como um todo. O mundo é importante porque é nele que nossos protagonistas querem chegar.

Em Sakugan, isso falta.

O objetivo

A nossa protagonista pretende ir a um determinado lugar que vê em seus sonhos, mas não sabe como chegar. Recebe um mapa aleatório e fica obcecada por algo que sequer entendemos o porquê. Não sabemos se existe um passado ou se ela já teve uma mãe presente (ignoraram completamente essa informação até agora).

Além disso, como já explanado acima, toda a situação MACRO é um pouco… ignorada, digamos.

Quantas colônias existem?

Por que foram parar dentro das colônias?

Por que ela quer se tornar uma Marker (exploradora)?

Como surgiu esse sistema?

E NÃO estou dizendo que essas perguntas precisem necessariamente ser respondidas, mas que precisam ser LEVANTADAS.

Ou seja, é necessário plantar essas perguntas e direcioná-las para que a história seja passível de desenvolvimento e evolução. É, de fato, virar a câmera e a direção ao que importa. E, até então, parece bem sem foco. Sem objetivo, mesmo.

Na minha opinião, não é como se eles fossem colocá-las, porque optaram por dar muito mais vazão à ação do que ao mistério como um todo (como acontece em Made in Abyss ou nos primeiros de Deca-Dence).

Para dar um exemplo, dois figurantes morrem no primeiro episódio, e não é nível Fumetsu no Anata E, porque não dá tempo de processar a existência dos dois, quanto mais sua morte. Tudo se passa apenas para fazer a ação rolar. O Kaijuu corre atrás, destrói tudo, eles tentam sobreviver, e até então é isso.

Não fizeram diferença nenhuma ao roteiro, mas meus pêsames

A ÚNICA informação que eles tornam relevante em termos de direção é esse local em que ela quer chegar, que ela recebe uma foto de uma tal de Urorop (aparentemente, uma exploradora também). E, para não ser injusta, valorizam a relação pai-filha, tornando a história também sobre laços e elos familiares.

Finalizando as primeiras impressões de Sakugan

O que pretendo dizer, com isso tudo, é que Sakugan tem muito a ser explorado (haha, trocadilhos), todavia, permaneceu na mediocridade durante os três primeiros episódios. E não vejo como, nos 12 episódios esperados, eles consigam dar solução a todas as possíveis perguntas que eu inventei na minha cabeça, que sequer foram suscitadas.

Enfim, Sakugan é AÇÃO DESENFREADA. E também parece ser família. Eles provavelmente vão passar por umas poucas e boas, crescer juntos, e encontrar esse lugar desconhecido que ela tanto almeja, sem muitos mistérios ou construção de mundo.

Pessoalmente, estou torcendo para estar errada, e para que mais e mais questões surjam e se respondam ao longo dos episódios. Podemos estar a passos de tartaruga, mas algo deve haver de diferente, eu espero. Eu gostaria que não fosse só mais um, e que fosse único, porque tem potencial para ser.

Deixo aqui essas conclusões com a esperança de que Sakugan não seja somente mais uma cópia pirateada das aventuras com construções de mundo incríveis já mencionadas, e que seja, de alguma forma, original na sua proposta. Ah, e a opening é muito legal, super colorida e divertida! Adorei! Pode ser bom um dia, e, por isso, vou continuar assistindo. Quem sabe?

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Escrito por

Helena Nunes

Advogada | Professora | Concurseira triste

Máquina de spoiler | Jojofag

Campos - RJ

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