Assistir Tokyo Revengers e fazer as primeiras impressões!? Bem, conheci esse anime por meio de um sorteio. Sim, aqui na Cúpula, como devem saber, ao rolar uma temporada nova todos os membros da Cúpula são reunidos e é realizado um sorteio pra ver quem fará quais RegrasDe3 das obras. Meu nome veio com Tokyo Revengers.
Claro, já tinha ouvido dele justamente por ter sido um nome levantado pra ser uma das escolhas trovejantes da temporada, mas só.
Então me acompanhe por essa jornada que foi acompanhar a obra de Ken Wakui, animada pelo estúdio LIDENFILMS (Hataraku Saibou Black) por esses 3 primeiros episódios.
- Gênero: Ação, Sobrenatural, Drama, Escolar
- Demografia: Shounen
- Estúdio: LIDENFILMS
- Material: Mangá
- Episódios: 24
- Novos episódios: Sábados, na Crunchyroll
- Página do anime (na Cúpula e no MAL)
Os primeiros minutos
No nosso primeiro encontro com os personagens o que mais chama atenção é, com toda certeza, o fantasma do isekai. Somos introduzidos a um personagem com uma vida “ruim”, onde tudo que faz é se desculpar, não querendo causar problemas pra ninguém enquanto sobrevive da maneira que dá.
Temos um pequeno background, vemos uma personalidade que não tem autoestima, medroso e mestre de ser quem vai fugir ao ver o primeiro problema.
Foge do confronto da cobrança, foge dos problemas, foge das broncas.
E então, eu pensei: “já vi isso em algum anime… não, já vi isso em muitos lugares. Merda, o Dudi me enganou dizendo que era bom. Mas já que estamos aqui… vamos até o 3º episódio”.
Os obstáculos da obra
Antes que comente. Sim, sim, não é um Isekai, mas tem volta no tempo.
Encontramos o protagonista, Takemichi Hanagaki, em sua época de escola mais uma vez, a qual ele mesmo chama de “auge da sua vida”. Ele volta 12 anos no tempo.
A interação com seus amigos de escola é bem legal, ainda mais por estarmos descobrindo junto com o Takemichi, que está redescobrindo as amizades.
Então nos vemos no momento que tive medo, Takemichi passa a usar suas memórias passadas. Aqui ele poderia muito bem começar a usar suas memórias como uma espécie de “gabarito da vida” o que poderia fazer da história bem chata.
Já sabemos, né? Afinal, aposto que já viu coisa assim por ai, por mais que era “inovador” há uns 2 anos, um protagonista que tem a conveniência ao seu lado na sua “nova vida “, como o Jin-woo, de Solo Leveling, é meio complicado. Fórmula batida.
O grande e glorioso caminho
E então, todos levam uma surra!
Que auge, hein.
Somos introduzidos às gangues de Tokyo e suas memórias, assim como ao ponto da vida onde Takemichi usa para fugir e começar seu loop de desculpas incessantes. Neste auge, ele e seus amigos serviram de escravos para a gangue de Tokyo, fazendo o que quer que eles pedissem.
Bom, ele volta no tempo só pra reviver a droga de vida que ele tinha, tá ai um bom jeito de se destacar de outras obras de “volta no tempo”.
Porém me enganei mais uma vez. Revemos a Tachibana Hinata, uma antiga namorada, que se torna o grande motivador da trama. Bom, ai nós pensamos “ele vai viver pra tentar ter uma vida melhor e ficar com ela…”.
É, errado novamente. Depois de salvar o irmão da sua namorada, que aparentemente ele não lembrava da aparência, de alguns valentões, o plot vem com tudo.
Ele conta que voltou no tempo!
Dei pause no episódio, levantei da cadeira e exclamei:
Aee caralho, finalmente alguém volta no tempo ou vai pro outro mundo e conta tudo pra alguém sem perder tempo!!!!
Patrick, o autor – 2021
E então voltamos para o presente, pera… ele ia resolver tudo no passado, mas agora ele está no presente!?
Vemos o irmãozinho (doze anos mais velho) da Hinata indo ver o Takemichi no hospital, e constatamos, Takemichi mudou a história com sua ações.
E é ai que a obra te fisga. Meus caros leitores, isso tudo até agora foi apenas o primeiro episódio. Tokyo Revengers e suas primeiras impressões nem precisam de uma regra de 3, porque apenas primeiro episódio sozinho tem força avassaladora que te convence no tom “ah, beleza, vou ver essa temporada inteira.”
Estamos falando de Tokyo “Revengers“
A ambientação é de gangues de Tokyo, a vida punk, gangues de motoqueiros e a polícia. Tudo isso se juntando à vontade do nosso protagonista de mudar o destino de sua namorada, cria um universo que consegue empolgar.
Acredito que convence ainda mais por ser um plot onde o objetivo não é salvar ou destruir o mundo, tal como vemos bastante nos dias de hoje.
Essa ambientação é incrível quando se junta os aspectos mais técnicos da obra. Contudo, a animação não tem nada de mais, tá mediana, porém o roteiro e a trilha sonora que remete ao “mobster” encaixa muito bem na trama.
Me arrisco em dizer que se a animação fosse incrível poderia fazer o anime perder essa característica “grunge” sabe, meio rústica, e ser apenas mais uma beleza aos olhos.
Acredito que mais uma coisa que nos faz se identificar com a história é que a vida é cruel, fria e difícil. Apesar de podermos facilmente acreditar que ele vai facilmente bater em todo mundo e salvar a namorada dele, esquecemos que ele é só um adolescente, quase que impotente nessa história.
Então é a empatia de que em um momento estarmos empolgados “agora vai, ele vai acabar com todo mundo e fazer o que precisa”, com os momentos de realidade “nossa ele não vai conseguir, nem a pau”. Assim como nós somos em muitos aspectos da vida.
O peso da experiência
Sim, Takemichi é um adoslescente, e só. Porém, como já teve uma experiência de vida mais longa ele começa a colocar sua prioridade no lugar e mudar com o tempo.
Em suma, Tokyo Revengers é uma batalha da personalidade fraca do Takemichi com a necessidade de ele ter que se impor pra proteger o que é mais importante pra ele.
E essa dualidade de intenções que é o grande holofote pra mim nessa obra. As poucas vezes que vemos a Tachibana com ele são suficientes pra, em 3 episódios, gostarmos muito desse casal e simpatizar com suas fraquesas e desejos.
Sério, olha pra eles.
Os pequenos detalhes, “gostava tanto da forma que ela dizia o tchau” e outras coisas nesse nível “pequeno” são o que fazem a obra ter peso e ser orgânica.
Me peguei empolgado duas vezes. Assisti os 3 episódios uma vez por assistir, e outra pra escrever essas impressões, e vai dizer que depois de ver o Takemichi se negar a fugir pela primeira vez no anime pelos seus objetivos e por seus amigos você não se empolgou? Só se não assistiu ainda mesmo.
Me empatizei com ele.
Isso quer dizer que Tokyo Revengers é incrível por completo?
Não, nem de longe. Você precisa ter uma certa suspensão de descrença, e não é só pelo fato da volta no tempo, mas sim por alguns detalhes.
Primeiro que a Tachibana Hinata tem o irmão mais influenciável que existe em Tokyo. Veja bem, o Takemichi salva ele de 3 valentões, da dicas sobre como lidar com essa situação, fala que veio do futuro e ama a irmã dele junto com a bomba de que ele morre com a irmã dele em 12 anos.
Ele simplesmente aceita o fato, e estuda pra virar policial.
Ou o fato de que ele em uma interação, descobriu como todo o poder dele funcionava, inclusive como ativar “apertando as mãos”, é algo que não faz muito sentido da forma que a obra se construiu.
Sabe, se mostrasse ao menos o Takemichi sumindo logo depois de apertar a mão do Naoto… ai tudo bem.
Então, se em 3 episódios já teve coisas assim, por favor, não entre nessa obra achando que ela vai ser perfeita. Mas ela é realmente muito boa!
Finalizando as primeiras impressões de Tokyo Revengers
Essa obra foi uma supresa pra mim, assim como com toda certeza será uma surpresa pra muitos. O peso que ela carrega, o clímax que ela consegue construir em todo episódio. Sim! Em 3 episódios fiquei muito mais empolgado do que vendo o anime inteiro de Fire Force (haha desculpa tacar fogo na obra, mas é um fato).
Espero que tenha conseguido passar algum sentimento, e espero que também fique desejando ter amigos tão fodas quanto o Takemichi que pelo menos considerem assistir essa obra.
Vou continuar assistindo essa jornada do Takemichi.
Obrigado por ler até aqui. Até uma próxima.