A temporada de julho 2020 chegou, e junto dela, tivemos a estreia de um anime que resgata completamente a alma “shounen de porrada”, seu nome, The God of High School.
Falo que resgata a alma shounen de porrada porque o que esse anime trás é justamente a essência do shounenzão: personagens carismáticos, animações interessantes e porrada (muita)!
Eu tô acompanhando o anime de The God of High School, mesmo não tendo lido o material original, a webtoon de mesmo nome que já vem sendo lançada desde 2011, de autoria sul-coreano Yongje Park.
Aproveitando o hype da gurizada, e ainda seguindo a mesma lógica de quando saiu Dr. Stone no ano passado, a Crunchyroll fez outro documentário “making of” de como funciona a produção de um anime.
Ou pelo menos, parte dela. Porque se você já leu meu artigo inteiro sobre a produção de animes, vai ver que o buraco é mais embaixo.
Eu assisti o documentário, e fiz umas considerações abaixo. Adoraria fazer isso em vídeo, mas a Cúpula (nem eu) não tem canal no Youtube (ainda).
Comentários do André sobre o documentário de The God of High School
Achei bacana que esse comentário nos mostra realmente como é a relação produtor/diretor, pois, o destaque do vídeo acima certamente foi o diretor da obra, Sunghoo Park.
No vídeo, é nos mostrado como ele é um cara competente e workaholic, tendo em vista que ele, além de dirigir a obra, também faz trabalhos dentro dela de direção de fotografia, de animação, faz storyboards super detalhados e ainda faz serviços de animador mesmo, braçal!
O cara é uma máquina. Não é a toa que todo mundo envolvido na produção segue a vontade dele, mesmo quando no vídeo é mostrado que ele faz uns pedidos bem complicados para o produtor da série (que precisa ficar cuidando do orçamento e ainda atender o que o diretor pede).
Esse documentário também comprova que o diretor é quem tem a maior voz dentro da obra. Então, se ele querer de uma maneira, será dessa tal maneira.
Mas claro que se ele pede algo muito fora da casinha o pessoal vai explicar que não dá, e ele vai aceitar. Afinal, ele não é um mimado, igual o direto de Shirobako lá que acho que ninguém gosta. Eu fiquei com muita raiva daquele cara, de verdade.
Mais reflexões…
Além disso, a Crunchyroll mostra que o processo de criar anime envolve muita gente, e muitos setores, bem como diversas tecnologias diferentes, como a parte que mostram que estão usando movimentos reais para animar alguns episódios do climáx de The God of High School.
É um processo burocrático, custoso, e, acima de tudo, que envolve muito amor e esforço por parte de um grupo enorme de pessoas, que trabalham sob a visão de um diretor (nesse caso, Sunghoo Park) que foca em manter seu anime o mais fiel possível ao material original do autor (nesse caso, de Yongje Park).
Além disso, mostra como os envolvidos, estúdio MAPPA, Sola Studios, Crunchyroll, Webtoon e tal, estão preocupados em entregar algo divertido, que atinja e marque um grande volume de pessoas.
Enfim, onde eu quero chegar: esse tipo de documentário foi o que fomentou ainda mais meu amor por animes, por isso, resolvi começar a estudar mais à fundo e formular artigos sobre a indústria.
Ainda, vídeos como esse me lembram que anime, apesar de arte, é um produto. E as pessoas que estão ali precisam ser pagas de alguma maneira.
Por isso, minha bússola moral se sente muito mais satisfeita quando eu colaboro com a indústria. Seja comprando um mangá, ou seja assinando, por exemplo, serviços como o da Crunchyroll.
Não estou dizendo aqui que você, leitor, deve assinar ou comprar nada.
Estou só expondo que eu me sinto bem fazendo isso, porque eu posso e quero arcar com esses custos. Me sinto bem com isso, pois sinto que “minha parte estou fazendo”.
Fica a reflexão!
Depois, comenta aí o que você achou desse documentário!
Fonte: Youtube