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Rougo ni Sonaete (vamos chamar só assim, combinado?) começa com nossa heroína caindo de um abismo para morte certa. Quando tudo parecia perdido, não haviam mais esperanças, ela é misticamente teleportada para outro mundo.
Okay! Mais um isekai, próximo da lista. Ou a menos, seria isso que eu faria se a obra não fosse escrita pelo FUNA, que é um cara que eu sei que tem um baita timing cômico e já me fez rir muito.
Vocês provavelmente vão reparar nisso eventualmente conforme eu for escrevendo pra cúpula. Mas o criador da obra é um ponto muito decisivo para eu iniciar a obra ou não.
Em alguns momentos eu crio tantas expectativas só com o autor que eu quebro a cara. Como foi com o anime mais decepcionante de 2018 pra mim vulgo Kamisama ni Natta hi escrito por ninguém menos que o JUN MAEDA (Não sei como que o cara que escreveu Angel Beats! conseguiu fazer algo tão ruim).
Mas voltando ao foco, usando uma técnica milenar de ignorar que é um isekai e seguir adiante, a obra consegue entregar seus diferenciais e ser bastante divertida, e eu vou te falar mais sobre isso a seguir.
- Gêneros: Isekai, Comédia, Fantasia
- Estúdio: Felix Film (Aharen-san wa Hakarenai)
- Diretor: Hiroshi Tamada (Diretor novo, nunca dirigiu um anime sozinho)
- Material fonte: Light novel
- Onde assistir: Tem na internet…
- Novos episódios: Sábado
Rougo ni Sonaete começa parecendo que vai ser um drama melancólico…
Mitsuha é uma garota de 18 anos (não parece) que acabou de perder sua família em um acidente de carro. Seu irmão mais velho estava entre as vítimas, com quem ela se dava muito bem, assim como seu pai e sua mãe. Nossa jovem que acabou de chegar na vida adulta e está agora sozinha nesse mundo.
Devido ao choque ocasionado pela tragédia, ela também falhou em entrar na universidade. Há também pessoas que estão interessadas no dinheiro do seguro que seus pais a deixaram então sua vida está uma confusão.
Como aconteceu tudo de repente, ela nem sabe o que fazer da vida. Se ela arranja um trabalho para bancar as despesas da vida adulta (que, confiem em mim, não são baratas), ou se estuda visando entrar em uma universidade.
Um belo dia, Mitsuha estava sendo paparicada por alguns caras à beira de um penhasco (Death flag). Quando rejeita um deles e se desequilibra caindo para trás para a morte certa… ou não.
Enquanto caía, nossa garota fechou o punho com firmeza enquanto gritava mentalmente “Não quero morrer”. Por ironia do destino, ela acidentalmente agarra um ser místico que vaga se teleportando entre universos (coincidentemente, estava exatamente nesse ponto) e acaba de alguma forma adquirindo seu poder extra dimensional.
Inicialmente, ela não entende nada do que aconteceu. Ela acorda em um lugar desconhecido, mais especificamente um abastado campo com nada além de árvores no horizonte e sem nem sinal de vida inteligente por perto.
A garota então começa a pensar o que o seu irmão faria em sua situação e decide parar para pensar racionalmente sobre o assunto. Ela chega na conclusão de que, por mais improvável que pareça, ela está em outro mundo e apesar de tudo, ela vai seguir vivendo pensando na sua família.
O começo da jornada de Mitsuha nesse novo mundo
Enquanto vagava sem rumo nesse novo mundo, chega num ponto no qual a Mitsuha está totalmente desgastada de tanto caminhar sem comer nada é quando ela encontra a Colette. Assim que ela encontra essa criança que estava colhendo frutas, todas as suas forças se esgotam e ela desmaia imediatamente.
Na próxima cena, ela está no quarto da garota que a levou para sua vila, lá lhe dão comida e água e tentam se comunicar com a garota. E é aí que entra uma característica que eu achei muito legal: Eles não falam japonês e não conseguem se comunicar por palavras.
Na marioria dos Isekais, esse detalhe é ignorado completamente. Normalmente, os seres de outros mundos sabem falar japonês ou o protagonista aprende o idioma de lá magicamente.
Apesar da barreira linguística, eles conseguem se comunicar com gestos e se dão bem, a Colette fica muito apegada a Mitsuha e passa a tratá-la como uma irmã mais velha.
Hora da Mitsuha explorar um pouco o mundo de Rougo ni Sonaete
Andando pela vila, Mitsuha percebe imediatamente que está em uma sociedade medieval que ainda não tem muitas noções de saneamento básico. Assim como seus conhecimentos científicos e tecnológicos são inexistentes. O que eu, me colocando no lugar dela, seria o momento exato que começaria a chorar querendo voltar para casa.
Enquanto vagavam por aí, resolvem ir colher frutas na floresta. Que, como em todo bom e velho clichê, é o momento exato para aparecer alguma coisa para atacar o protagonista com sua companhia do outro mundo, seja um animal selvagem, ladrões e bandidos ou algum outro ser dependendo do gênero da obra. Chuta o que foi? Se falou animais selvagens, meus parabéns, você acertou.
É nesse exato momento que a garota descobre que tem o poder de se teleportar entre os 2 mundos. Encurralada pelos lobos após ajudar Colette a subir em uma árvore a uma altura segura, ela se teleporta para seu quarto novamente. Então, ela pega utensílios que possam ser usados para se defender e volta para salvar sua amiguinha no mundo de fantasia.
Hora das explicações do que está acontecendo em Rougo ni Sonaete
Após sua batalha na qual saiu vitoriosa contra o lobo, Mitsuha desmaia (de novo). Então, ela se encontra em uma lugar… estranho. No qual o ser referido na introdução aparece para ela em forma de um gato da sorte e lhe explica detalhadamente o que aconteceu.
Esse ser transita por diversos mundos por diversão. Um certo dia, enquanto estava de boa transitando por aí, ele teve uma parte de sua energia roubada pela Mitsuha e seu forte desejo de não morrer.
Essa parte que ela arrancou do ser se fundiu diretamente com o espírito dela. Portanto, fornece-a os mesmos poderes de transitar pelos mundo que o ser místico de pura energia possui.
Então, ele a explica como o poder funciona e o que ela precisa fazer para usá-lo. Ele ainda pergunta se ela quer mais alguma coisa. E ela tem a cara de pau de fazer ainda mais um pedido kkkkk, que é conseguir entender idiomas desconhecidos. Esse pedido é concedido e agora a barreira linguística não existe mais.
Eu particularmente achei criativo como que a garota conseguiu o poder. Apesar de ser uma conveniência de roteiro, pelo menos nós ganhamos um explicação para como ela conseguiu o referido, não foi apensar um dia a Mitsuha acordando de manhã “minha nossa agora eu consigo me teleportar entre os mundos”.
Mitsuha tem um novo objetivo de vida
Agora que ela está totalmente ciente de seus novos poderes e como eles funcionam, ela imediatamente começa a pensar no que vai fazer dali pra frente.
Então ela chegou a uma conclusão incrível: ela não quer ter que trabalhar, ela quer se aposentar o mais rápido possível (genial, ela me representa muito kkkk). Então ela decide começar a usar seus poderes para fazer dinheiro.
E, para isso, ela pretende vender produtos da Terra nesse novo mundo e trocar o ouro/prata por dinheiro na Terra.
Mundo novo desconhecido + ameaças desconhecidas = melhor prevenir
Explicações dadas, objetivo traçado, hora de seguir adiante. Mitsuha fica mais um pouco na vila, brinca mais um pouco com a Colette, agora ambas conseguindo conversar numa boa, troca umas ideias com os aldeões, agradecimentos aqui e ali. Então ela resolve ir para a capital com a desculpa que recuperou as memórias e tem que se encontrar com amigos.
Só que antes, ela resolver dar uma passadinha na Terra e comprar e aprender a utilizar armas de fogo. Já dava para saber que ela é muito mais precavida que uma pessoa normal quando ela começou a planejar sua aposentadoria com 18 anos. Então não foi surpreendente o fato de que ela resolveu se armar para poder se defender de possíveis bandidos e animais selvagens.
Eu achei isso bem legal, ela não foi na cara e na coragem explorar um mundo desconhecido e deixar sua vida nas mãos do roteirista. Ela se deu ao trabalho de conseguir uma forma de se defender de possíveis situações (que ela provavelmente vai passar no decorrer da obra) e buscou uma forma de auto defesa.
Pensa só, em um mundo medieval vão aparecer de certeza bandidos que sabem manusear uma espada. Eles vão ter chance contra uma arma da Terra?
Fazendo amizade com o duque
Eu sinto que eu estou falando demais; eu sou um baita de um tagarela, se me der corda eu normalmente não paro de falar, mas eu prometo que já estou terminando, tudo bem?
No terceiro episódio não acontece muita coisa, é basicamente da Mitsuha tentando se aproximar do duque pois pode ser uma influência importante em sua jornada e conseguindo isso, mais até do que imaginada.
Ela bola todo um plano para conseguir entrar na casa do duque e obtém sucesso em sua artimanha. Uma vez lá dentro, ela conversa bastante com o duque e conta uma histórinha sobre seu passado e agora está sozinha e só quer viver como uma pessoa normal.
Ela consegue a confiança e a bondade do duque, e aí chega o primeiro momento de agiotagem da garota nesse novo mundo, ela trouxe consigo um colar de pérolas falsificado.
Só que tem um detalhe, todas as pérolas são perfeitamente iguais, o que faz parecer que é algo inestimável, a garota então dá para a esposa do duque que está totalmente afeiçoada com o colar, em troca de ajuda com algumas despesas.
O que era para ser apenas uma tentativa de conseguir influência, acaba criando um vínculo
Eles acabam se dando muito bem, bem até demais, o duque é um cara super legal, seus filhos são legais e humildes e sua esposa é um amor de pessoa. Eles são tão bons para a garota que acabam até fazendo com que ela no calor do momento chame o duque de “pai”.
Como toda a tragédia na vida dela aconteceu de repente e ela tinha muita coisa pra fazer nem conseguiu raciocinar direito, então ela parecia apática com a situação (pelo menos pra mim passou essa impressão no começo). Mas ninguém conseguiria de verdade estar assim após perder aqueles que mais ama. Então essa situação foi o estopim que faltava para a garota desabar.
Ela então começa a chorar e abraçar o duque, sua esposa também a abraça e eles criam uma boa relação aceitando que ela os chame de pais se desejar. O que é mais uma coisa legal nessa obra, isso humanizou muito a protagonista. Ela é só uma garota normal que está tentando levar a vida adiante após uma situação muito triste.
Finalizando as primeiras impressões de Rougo ni Sonaete
Viu? Eu falei que estava acabando rsrs. Eu gostei do começo da obra e vou continuar a assistir. Ela conseguiu me divertir muito nesses 3 episódios, tirou-me muitas risadas mas também me fez refletir sobre a importância da família e das pessoas importantes na nossa vida.
Eu também gostei dos personagens, principalmente da Mitsuha, e vejo potencial nessa obra.
Como eu falei na introdução, essa não é a primeira obra que eu assisto desse autor e eu sei que ele sabe fazer algo muito acima da média mesmo trabalhando com clichês (sim, eu vi outro Isekai desse autor).
Então eu com certeza recomendo dar uma chance para a obra se algum dos pontos que eu falei te interessou.
