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Análise

B: The Beginning é bom? Vale a pena ver o anime? | Crítica

B: The Beginning é confuso, esquecível e bom
16 minutos para a leitura

B: The Beginning é um daqueles curiosos animes que muita gente conhece, mas não assistiu, e muita gente que assistiu não lembra muito bem do que se trata.

Bem, eu me enquadro no segundo grupo. Devo confessar que a única lembrança que eu tinha desse anime era a dos protagonistas Keith “O gênio” e Koku “O cringe, sim, cringe.

Mas a outra lembrança, era a de que eu tinha achado bom, só não lembrava do porquê.

Então, com o anúncio da nova temporada de B: The Beginning, resolvi revisitar essa obra, o que eu raramente faço, e ver se era bom mesmo como eu lembrava.

Afinal, do que se trata B: The beginning?

A ideia aqui é não dar spoilers, por se tratar de um anime de “investigação”, é mais interessante que os fatos sejam revelados conforme os acontecimentos surgem no anime, essa é a graça dele.

Logo B: The beginning
  • Gênero: Drama, mistério, policial, sobrenatural, ação, thriller
  • Estúdio: Produciton I.G.
  • Material: Original
  • Episódios: 12

B: The Beginning se passa em um mundo movido por tecnologia avançada, onde o crime varre a nação arquipelágica de Cremona. A cidade está em polvorosa com o “Killer B“, um serial killer que jogou a cidade no caos.

As histórias do protagonista Koku, o lendário investigador Keith e uma misteriosa organização criminosa se entrelaçam com uma grande variedade de personagens que os cercam na jornada, enquanto eles tentam parar uma cadeia de crimes horríveis.

Opening padrão Netflix

É…A sinopse oficial não diz muita coisa sobre do que se trata o anime, mas de fato é assim mesmo. Você não vai entender nada durantes alguns bons episódios.

Mas olhando assim, parece que B: The beginning é um anime de investigação ou alguma coisa pé no chão, porém não demora muito para percebermos que não é bem assim.

B: The Beginning é um amálgama de ideias?

Não é à toa que o titulo desse tópico é uma pergunta, pois aqui pretendo explanar alguns pontos da trama. Será que as diversas ideias e gêneros são coesos ou é só um amontoado de “coisas” para atingir vários nichos diferentes?

Não vou dar spoilers, mas acho bom deixar alguns pontos claros, para não criar expectativas erradas com B: The beginning.

É uma historia de investigação, mas não é

O elemento investigação é fortemente presente no anime, talvez seja até o gênero principal, porém ele não influencia diretamente na história.

É fácil decidir isso com um simples exercício. Se tirarmos toda a equipe de investigação e o Keith de B: The beginning, a história ainda vai ter andamento?

A resposta é sim!

Claro, muita coisa seria diferente, porém é bem possível que chegaríamos a um desfecho similar ao que ocorreu.

Outro ponto é que as tramas dos núcleos demoram a convergirem, e, quando isso acontece, demora a entendermos qual importância da investigação e se de fato ela é/foi necessária.

Mas, devo dizer que no final, tudo se encaixou melhor do que parecia que seria.

B: The Beginning é sobre super-humanos ou algo do tipo?

Sim! tem personagens com poderes sobre-humanos nessa história e eles movem a trama.

Apesar de ser algo estranho de início, ainda assim é um elemento que agrega à história, visto que esse é o foco principal.

B: The beginning personagens importantes

Porém, ao mesmo tempo, esse elemento é um dos maiores problemas de B: The Beginning, pois é bastante confuso e demora um bom tempo para as respostas começarem a surgir.

Além do fato de que todos esses personagens não humanos são pouco desenvolvidos na história, e não nos importamos com nenhum deles.

E também temos a questão “futurista”, que não tem muita relação a não ser para facilitações narrativas.

Temos um romance principal, que é meio “meh”, vingança, suspense, entre outras coisas.

Vou elaborar melhor esse ponto no próximo tópico. Mas no final das contas, está mais para um amontoado de ideias, bem feito, do que algo coeso.

B: The Beginning é um anime cabeçudo… só que não

Se tem algo que me incomoda quando estou assistindo algum anime, filme ou livro, é quando a narrativa se faz confusa de propósito para parecer mais cabeçuda do que ela realmente é.

B: The Beginning sofre desse problema. No primeiro episódio somos bombardeados de informações e mistérios, muita coisa acontece em 20 minutos de anime, mas até então isso é bom.

Quem não gosta de ir solucionando os problemas que surgem ao longo de uma história e no final falar “SABIA QUE ERA ISSO!”?

O problema é que, com o passar dos episódios, só são acrescentadas mais e mais informações e a história vai tornando-se cada vez mais confusa.

Claro, isso é uma escolha narrativa, ainda mais por tratar-se de um anime de investigação. Então, a ideia é que investiguemos e formemos o quebra-cabeças em nossa mente.

Mas, diferente de ID: Invaded, que é um anime “similar” até certo ponto e que mantém essa proposta até o final, B: The Beginning trapaceia, e no episódio 6, dedica 20 minutos inteiros a flashbacks.

Isso implica em dois problemas gravíssimos:

Primeiramente, até o episódio seis, a gente não entende a motivação de nenhum personagem, não sabe porque eles estão fazendo aquilo e muito menos temos empatia por eles. Então, tanto faz se eles morrerem ou não.

Segundo, a gente se sente burro por não estar entendendo absolutamente nada do que está acontecendo, então a probabilidade de alguém parar de assistir até chegar nesse ponto é alta.

Sabe a nossa RegraDe3?!

Pois então, esse anime ou seria reprovado, ou seria indicado, mas com ressalvas.

A grande questão…

O grande ponto aqui é: Para que ficar segurando a trama se tudo vai ser revelado com um episódio de flashback?

Acho que não tem como começar pelo episódio seis na configuração que está, porém, se o criador e o diretor tivessem feito de uma forma que o episódio seis fosse o primeiro, com certeza seria muito mais interessante.

Pois é a partir desse ponto que a história fica interessante e você pensa “Hummm, então isso era isso”.

Só então começamos a criar empatia pelo emo do Koku e entendermos as motivações de todos os envolvidos e o que eles são.

E é a partir desse ponto que B: The Beginning dá uma guinada e torna-se um bom anime.

Bom, mas ainda confuso

B: The Beginning, mesmo melhorando bastante do episódio seis em diante, ainda continua bastante confuso. Mas, é um confuso que se você assistir umas 5x e fizer algumas anotações, no estilo Keith, você provavelmente vai compreender.

A mitologia por trás do “core” da história da origem dos “super-humanos” que mencionei acima é bem confusa. Cheguei até mesmo a pesquisar para ver se essa história tinha como base alguma outra que “existe”, mas não encontrei nada.

O fato é que você não entende muito bem, mas entende o suficiente para entrar na vibe do anime e conseguir apreciar sem se incomodar em ser burro.

Um ponto bem legal, e já fica a dica, é que se você prestar bastante atenção nos acontecimentos e nas informações que são dadas ao longo de B: The Beginning, você vai conseguir desvendar o plot twist antes mesmo dele acontecer.

Protagonistas de B: The beginning

E isso é bem legal!

Infelizmente mesmo eu assistindo duas vezes, não consegui pegar o plot twist T-T.

Mas eu falo o twist todo, claro, porque saber só quem é o vilão até minha avó acertaria.

Personagens de B: The Beginning

Finalmente chegamos no ponto dos personagens.

B: The beginning tem vários núcleos e diversos personagens, mas tem uns que valem serem ressaltados.

Keith Flick

Keith Flick

É um dos protagonistas da história. Considerado um dos maiores gênios de todos, dedica inteiramente seu tempo a uma misteriosa investigação envolvendo um ente querido seu.

Seus trejeitos são meio estereotipados. Estranho, com hábitos estranhos, e não está aí para nada nem ninguém. Usa as pessoas apenas para alcançar seus objetivos.

Mas é um personagem legal, com um certo carisma e charme, e provavelmente você terminará o anime gostando dele.

Koku

Kuko olhando para a tela voando em sentido de algo

O Sasuke… nem precisa falar muito depois dessa comparação, né? É aquele personagem obstinado, solitário, emo, que não tem amigos, é o coitadinho porque algo ruim aconteceu com ele… enfim!

É o tipico personagem cringe fodão que está atrás de vingança por algo que não sabemos o que é.

Maaass… depois do episódio seis ele tem uma leve “redenção” e compreendemos seu lado tornando ele um pouco mais carismático (um pouco mesmo). Porém, ainda assim é um personagem fraquinho que poderia ser melhor.

Lily

Lily brava com algo usando a farda da R.I.S.

É a contraparte do Keith, mas mais do que isso, ela é uma personagem forte, inteligente, obstinada e divertida.

De longe é a que tem mais carismas dentre os protagonistas. Além do quê, ela é uma boa personagem feminina, não sendo apenas um saco de batatas com a função de fazer algum macho ir salvar ela, como um certo alguém da história…

Além desses, temos dois grupos:

Royal Investigative Services

O grupo de invetigação no qual os detetives trabalham. Aqui há varios personagens relevantes e bons.

É um núcleo que agrega e soma à trama, mesmo que a sua inexistência não mudasse muita coisa.

Único ponto negativo aqui é o lance da tecnologia “futurista”. É o velho clichê do hacker, e da tecnologia onipresente que não tem plausibilidade e serve apenas de facilitação narrativa.

Incomoda? Um pouco, mas nada que afete sua experiência.

Super Humanos

Aqui não tem muito o que ser dito, pois qualquer coisa seria spoiler. Mas, no geral, é uma relação meio confusa, com atitudes controversas de vários personagens.

São personagens rasos, que não entendemos suas motivações, então só resta acharmos que suas atitudes incoerentes são por algum motivo maior que ainda não sabemos.

Mas, há indícios de um plano ali, que provavelmente eu não peguei. Como já dei a dica, assiste prestando bastante atenção que talvez você pegue, e me explica lá nos comentários.

O final e o que esperar da segunda temporada de B: The Beginning

Com toda a certeza a segunda temporada sempre esteve nos planos da Netflix. Esse fato se comprova na cena extra do encerramento do último episodio, no qual tem um cliffhanger ferrado para uma continuação.

Mas apesar disso, B: The Beginning tem um final praticamente fechado, ao mesmo tempo que ficam muitas questões sem respostas, temos muitas pontas soltas amarradas.

É um final satisfatório. E para dizer o mínimo, é um bom final. Toda a resolução do conflito e o clímax são bem interessantes e bem feitos.

O curioso é que temos a culminação de dois clímax simultâneos e ambos são bons. Mesmo com um deles tendo “ações” duvidosas, ainda assim o saldo é positivo.

Quanto ao que esperar da segunda temporada, sinceramente eu não sei dizer. Afinal, a cena de encerramento insere uma informação totalmente nova e como as principais pontas soltas foram amarradas, fica difícil dizer o rumo que alguns personagens vão ter.

Claro, tirando o Koku e sua “guerra” pessoal que ainda vão ter novos capítulos, e provavelmente esses serão muito mais árduos.

Finalizando a crítica de B: The Beginning

B: The Beginning é um bom anime e isso é indiscutível. Seus maiores problemas estão na estrutura narrativa, que poderia ser melhorada com alguns ajustes, e no protagonista que é pouco carismático.

Fora isso B: The Beginning acerta na animação que é fenomenal, muito acima da média, na trilha sonora e direção, e, é claro, no encerramento, que é uma das melhores músicas do seu ano.

É um anime que eu recomendo para aqueles que curtem algo um pouco mais sério e também para quem gosta de uma investigação/suspense.

Há muitos pontos que ainda precisam de respostas, vamos aguardar que a segunda temporada termine de amarrar as pontas soltas para termos um anime no minimo memorável, porque essa primeira temporada foi bem esquecível.

E aí, tem algo que você não entendeu e queira discutir nos comentários? Eu tenho várias dúvidas, mas vou deixar alguém puxar o assunto.

E além disso, gostou do anime, ou estou exagerando que ele é indiscutivelmente bom?

Bônus

Para quem assistiu a primeira temporada e não lembra de nada mas quer ver a segunda, a Netflix fez um compilado de acontecimentos que resume a primeira temporada.

Não preciso nem dizer que isso não substitui o anime e serve apenas para quem viu a primeira temporada, né?! Se você não viu, vai assistir o anime inteiro.

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Escrito por

Pedro Bernardes

Profissional de Educação Física

Cult | Atleta | Leitor compulsivo

Belo Horizonte - MG

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