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Gosta de webtoons tanto quanto a gente? Ouça nosso podcast sobre essa inovadora onda dos manhwas e webtoons que estamos vivendo!
Dreaming Freedom tem tudo aquilo o que leitores com moral questionável adoram: um cara bonitão, vingança e bullying. São três temas muito complicados (talvez não o cara bonitão), mas quando a vingança entra no meio… sempre torna o drama um pouco mais interessante.
Nós discutimos muito aqui na Cúpula com os nossos apoiadores sobre como tratar determinados assuntos. Bem, da minha opinião, posso dizer que não há assunto que não possa ser tratado pela arte – o problema é sempre COMO ele vai ser tratado.
Afinal de contas, literatura é uma forma de se ver o mundo. Por essa razão, não podemos dizer que é neutra ou que não possui viés sociológico. Pensar nisso é um tanto quanto utópico e desarraigado da realidade. É justamente por isso que, na verdade, tópicos como o bullying repercutem tanto quando tratados em mídias.
Para isso, pensar em uma mídia que retrate esses problemas também é pensar em como NÃO romantizá-los ou torná-los desejáveis aos leitores. A arte tem inúmeras funções, mas uma possível é a de revelar as mazelas do mundo, e, por meio de si própria, causar desconforto e reflexão.
Dreaming Freedom é um dramalhão que provavelmente vai te causar desconforto. A história da vingança é sempre uma faca de dois gumes, que transita em uma zona cinzenta. Afinal, o que é que fazemos quando as pessoas nos tratam como lixo? Como resolver problemas que parecem não se resolver nunca? Nessas primeiras impressões, vamos entrar no mundo da protagonista Jeongmin, que também se depara com essas perguntas.
- Autor: 2L
- Data de lançamento: 2021 – atualmente
- Capítulos: 114 até o momento
- Gêneros: Drama, Sobrenatural
Você já teve um sonho lúcido?
De acordo com a fonte-mais-confiável-de-todos-os-tempos Wikipedia, o termo foi criado por Frederik Willems van Eeden no início do século XX. Se você não está acostumado com o termo, ele foi criado para designar um estado de sonho em que a pessoa sabe que está sonhando e consegue até mesmo controlar parte de suas ações.
Se você achou interessante (e tem curiosidade assim como eu), vou deixar aqui um artigo para dar uma olhada depois sobre o assunto.
Ah, mas o que isso tem a ver com a webtoon? Bem, tudo! Calma que aí vem história.
Jeongmin, quando era criança, na pré-escola, fez uma amiga chamada Juhyeon, e até aí tudo bem. No entanto, Juhyeon, a menina linda e loira, demandava que Jeongmin fosse única e somente amiga dela, além de falar mal das demais meninas da sala. Jeongmin, achando que aquelas atitudes não eram justas, relatou o fato a outras meninas colegas de sua sala e decidiu se afastar de Juhyeon.
O problema é que, agora, no Ensino Médio, Juhyeon volta. E volta de uma forma diferente: ela quer se vingar por ter ficado isolada durante o período pré-escolar. Por conta disso, Jeongmin não só é deliberadamente isolada dos demais colegas da sala por causa dos esquemas de Juhyeon, mas também é ameaçada verbalmente e fisicamente.
Ou seja, bullying. E como se já não bastasse, sua vida em casa também não poderia ser pior, porque seu pai é um alcóolatra extremamente agressivo. Tentando fugir disso tudo, Jeongmin começa a dormir para tentar sonhar e fugir da sua realidade. Por toda essa vontade, Jeongmin começa a controlar seus próprios sonhos, tendo vários sonhos lúcidos em que ela ataca Juhyeon ou os demais colegas de classe que a ameaçam.
Mas e o cara bonitão de Dreaming Freedom?
É, só falta ele.
Jeongmin consegue controlar tudo em seus sonhos, desde pensar em acabar com a raça de Juhyeon e dos demais bullies, até beijar o garoto em quem está interessada. Viver na realidade já não é mais tão interessante assim, se é possível controlar sonhos todas as vezes.
Contudo, entretanto, todavia… há uma coisa que ela não pode controlar. É. Ele. O cara bonitão que aparece nos sonhos dela, e que não tem explicação. Sua primeira aparição é em um pijama de hospital, o que leva os leitores a formular diversas teorias sobre quem ele pode ser.
Esse cara, além de gostar da nossa protagonista, oferece uma chance a ela: você quer mesmo se vingar?
Ela, hesitante, diz que sim.
No dia seguinte, uma das pessoas que faz bullying com ela não aparece na escola, e todos dizem que ela se feriu. Então, quem poderia ter feito isso? Sim, ele. O cara do pijama de hospital. Além de ter sonhos lúcidos, como a Jeongmin, os sonhos do bonitão interferem na realidade – e podem definitivamente matar alguém.
A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena. Ou será que não? Em Dreaming Freedom, tudo é meio cinzento: ninguém é quem parece.
Finalizando as primeiras impressões de Dreaming Freedom
Entrei esperando uma história de romance meio deturpada, e consegui encontrar uma protagonista ferrada com vários psicopatas em torno dela. Acho que as maiores perguntas dessa história são: por que exatamente Juhyeon está fazendo isso com ela? Será que os sonhos lúcidos irão escalar para algo pior? Quem é o cara misterioso no pijama de hospital?
Eu tendo a achar que a história não terá um caminhar leve. Digo, sinto que podem sair alguns falecimentos e boletins de ocorrência. Por isso, não acho que seja uma história para todo mundo. No entanto, para quem gosta de romance, independentemente de qualquer coisa, creio que o bonitão ficará possessivamente apaixonado pela protagonista.
E quem não ama um yandere? Para você que não conhece o termo, yandere (de acordo com a wikipedia de novo) é “termo japonês que se refere a um tipo de personalidade de personagens de histórias de mangá e anime. Garotas ou garotos com interesses românticos, que se apresentam de maneira amorosa e gentil inicialmente, mas revelam uma fixação doentia por determinado personagem, se tornando sociopatas capazes de hostilidade e violência por motivos de ciúmes”.
Dreaming Freedom poderia virar um anime! Eu com certeza assistiria. É uma pena que não tenhamos muitas mídias japonesas voltadas ao público feminino… as minhas amigas também gostariam. E você, que tal dar uma chance para um webtoon desconhecido? Talvez você goste! Se curtir, volta aqui depois e me fala.
