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Análise

I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year é bom? | Crítica

I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year é um mangá sobre a valorização da vida
12 minutos para a leitura

Inegavelmente, I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year foi um dos melhores mangás que li no ano. Eu sei que ainda temos alguns meses pela frente, mas ele já garantiu seu posto.

E quando digo “li”, me refiro a de fato finalizar. Muitos títulos eu peguei para ler apenas os primeiros volumes ou ainda estão em andamento. I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year é uma riquíssima história sobre valorização da vida.

Os pequenos momentos importam, as interações sociais importam. Tudo, enquanto passageiros neste mundo, importa. E, às vezes, só notamos isto tarde demais. Mas, no final, nunca é tarde demais para mensurarmos o valor da vida humana.

A priori o meu desejo era escrever apenas uma primeira impressão. Entretanto, são apenas três volumes. Mas não foi a quantidade de volumes que me fez repensar e mudar de ideia. O que me fez querer dar continuidade para aprofundar o que verás nesta crítica, aliás, e principalmente no mangá, foi sua incrível narrativa.

Está preparado para receber um alerta da vida te chamando para prestar mais atenção nela? Então leia este texto até o fim.

capa mangá I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year
  • Gênero: Drama , Shounen , Slice of Life, Romance
  • Serialização: Shounen Jump+
  • Capítulos: 18
  • Autor: Taguchi Shouichi (Arte), Miaki Sugaru (História)
  • Publicação: 10 de agosto de 2016 a 25 de outubro de 2017

A premissa simples, mas impactante de I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year

O início me remeteu bastante ao livro escrito por Karina Halle, “Se Nada Der Certo Até Os 30, Você Se Casa Comigo?”. E como alguns já devem saber, sou um fã de carteirinha de romances. Além do mais, romances clichês. E logo nas primeiras páginas me veio este título em mente.

Isto porque os nossos protagonistas estão devaneando sobre o futuro e em como eles podem ficar juntos caso nenhum dos dois encontre alguém que realmente ame.

Algo interessante sobre I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year, é que ele é um mangá de romance, mas nos primeiros volumes não temos esta ideia tão acentuada. Claro que ele está presente ali, é perceptível. Contudo, você não a compra de imediato.

o início de I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year

Somente no último volume, praticamente, é quando se realmente sente o romance no ar. E devo dizer que é um puta romance. Um daqueles que fazem sentido. De ambas as partes envolvidas. Não é como se simplesmente acontecesse, do nada. Na vida, acontece, o que não é ruim também. Mas aqui em I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year somos apresentados a uma construção.

Ademais, temos um ótimo primeiro capítulo. Ou seja, temos uma introdução curiosa, uma boa abordagem do nosso protagonista para sentirmos uma afinidade com ele e, por fim, um mistério inquietante. Afinal, estamos falando de vender nossas vidas por um preço.

Traduzindo o título do mangá, temos: “Eu vendi minha vida por dez mil ienes por ano”.

E o primeiro capítulo finaliza justamente quando o protagonista vende sua vida. Mas vende? Como assim? Para quem? Como? Esses são questionamentos que, indubitavelmente, vão te fazer seguir adiante na história.

O valor da vida

Quando conhecemos Kusunoki, o protagonista da série, torna-se fácil entender a motivação dele para querer vender sua vida. Ele é um rapaz frustrado com a vida. Além do mais, ele não possui ninguém. Ao longo de sua vida, ele restringiu bastante o convívio com pessoas. Exceto por uma, Himeno. Entretanto, também não vingou.

A partir disto, ele se tornou uma pessoa pessimista e desiludida da vida. Aliás, um bom contraste com o personagem é o fato de ele ser incrivelmente talentoso. Sobretudo, também é inteligente. O que nos leva a conclusão de que ele não é um fracassado por ser inútil, mas sim por ser negligente com ele mesmo e também preguiçoso.

Mas após tantos baques, ele acabou desistindo de tudo. E isto nos leva ao momento onde ele vende sua vida. Porém, não tudo. Ele ainda permanece com três meses para fazer o que ele quiser do que ainda resta para ele nesta Terra.

protagonista do mangá I Sold My Life

Em um determinado momento, temos um breve flashback dele enquanto criança na escola. A professora questiona os alunos acerca do valor da vida e de quanto eles achavam que suas vidas valiam. Esta discussão é interessante. É uma espécie de brainstorming infantil com várias opiniões onde tudo vale.

A princípio, parece ser um amontoado de opiniões bestas de crianças, sem significado. Todavia, são extremamente relevantes, pois entendemos que a vida, mesmo aos olhos de crianças, possui um valor intrínseco.

Os critérios de avaliação para a venda de uma vida

Quando vamos comprar algo, quais critérios aplicamos em cima deste algo? Ser usado por muitos anos? Estar em péssimas condições? Não funcionar perfeitamente? Obviamente iremos optar sempre pelo primor. E com a vida não é diferente.

Quanto mais a pessoa for feliz, mais fez pessoas ao seu redor feliz e contribuiu positivamente para a sociedade, mais a vida desta pessoa valerá. O que era uma pena para Kusunoki. Como supracitado, a vida dele era o total oposto dessa avaliação. Mas ainda assim ele quis vender.

critérios para a venda da vida e o personagem ferrado.

E é aí que chegamos ao total de dez mil por anos pela vida de Kusunoki. Foi um preço extremamente pueril. Mas poderia ser pior.

E antes que você possa estar pensando “quem alguém pensa que é para por valor na vida humana?”, tente entender que esta é a lógica da narrativa. Na história, não há questionamentos quanto a isto. Você até pode questionar, mas não vale a pena.

Damos mais valor a algo quando perdemos?

Mais uma vez enfatizo: o valor da vida e das interações humanas são importantes. Tanto para uma construção de caráter, como também para não vivermos em solidão.

O que fica perceptível enquanto acompanhamos nosso protagonista após a venda de sua vida, é ele se dando conta de como algumas coisas que eram importantes, ele deixou escapar. Tendo isto em mente, ele tenta recriar momentos de seu passado agora no presente.

o desespero do personagem

Aliás, ele passa a realizar tudo isto ao lado de uma “observadora”. A lindíssima e fofinha Miyagi. Basicamente, ela faz parte do programa. A função dela é analisar tudo o que Kusunoki fizer nesses últimos momentos de vida dele.

É aí que o romance começa a florescer.

A observadora e a construção de relações e a compatibilidade entre eles

O relacionamento de Kusunoki e Miyagi em I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year não deveria passar de algo profissional. Não fosse pela compatibilidade entre eles. Principalmente de Miyagi, que vivera uma vida similar a de Kusunoki.

Devo afirmar para você que o desenvolvimento em torno desses dois é incrivelmente maravilhoso. E eu não estou exagerando. É possível sentir as emoções e, sobretudo, a intensidade delas. E a todo o momento você torce para que as coisas deem certo.

o romance presente na história

Em síntese, Kusunoki percebe o valor da vida por meio de Miyagi. Um cara que não tinha nenhum objetivo, passar a ter. Enquanto Miyagi salvou a vida de Kusunoki, Kusunoki salvou a vida de Miyagi também. Talvez sem perceber. Ambos perdidos, encontrando o significado da vida um no outro. Fala sério… vai dizer que isso não é lindo?!

Por fim, Kusunoki, tendo apenas três dias de vida restante, sentiu o que nunca sentiria em trinta anos: o peso da vida e o quanto ela é valiosa. E claro, Miyagi se sentia da mesma forma. Um encontro ao acaso que parecia predestinado.

Finalizando a crítica sobre I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year

Em suma, é sobre isto que se trata este mangá. Claramente muitas coisas ficaram de fora. Mas foi de forma deliberada. Afinal, que graça tem entregar absolutamente tudo aqui?

É importante entender a história e o quanto ela é boa, neste caso. A partir deste ponto, ir atrás para ter sua experiência e sentir suas próprias emoções.

Enfim, I Sold My Life For Ten Thousand Yen Per Year é um mangá que não irei me esquecer e que sempre que tiver a oportunidade irei recomendar com muito prazer.

E, aliás, ainda sobre questões da vida, filosofias, tempo e importância, dê uma passadinha na crítica que escrevi sobre o mangá Memórias de Emanon. Acredito que você também curtirá.

o casal mais fofo do mundo
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Escrito por

Welerson Silva

Jornalista e Escritor

Youtuber | Escrita cabeçuda

Brasília - DF

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