Se você assiste animes com frequência, com certeza já reparou que a representatividade negra dentro dessas obras é fraquíssima. Além disso, mesmo que seja fato que de 2010 para cá esse quadro venha melhorando, ainda está longe de ser algo “não-notável”. E é nesse meio que surgiu, em 2016, D’ART Shtajio, o primeiro estúdio japonês 2-D situado em Tokyo, liderado por negros.
Esse estúdio não é novo, que fique claro. Porém, segundo Tadashi Sudo, CEO do site Anime! Anime!, “o número de não japoneses (estrangeiros) está aumentando, não apenas no planejamento de anime, mas também na parte de coordenação e produção de projetos, incluindo áreas de vendas e relações públicas.”
Com a iniciativa do animador de 32 anos chamado Henry Thurlow, com ajuda dos melhores amigos, os gêmeos ilustradores Arthell Isom e Darnell Isom, surgiu o estúdio D’ART Shtajio.
Segundo o site amelie-mag, os três criaram o estúdio para adicionar voz e uma visão mais sensível do público negro dentro de animações japonesas.
No passado, Henry Thurlow, trabalhou na Nakamura Production, sendo animador em Pokémon Origins e Gundam Build Fighters.
Henry também trabalhou nos Estúdios Pierrot (Naruto, Bleach, Boruto), em diversos projetos envolvendo Tokyo Ghoul, tanto como animador assistente quanto, animador principal.
Além disso, em uma entrevista para a Japan Times, Thurlow confessou que a frustração dentro da indústria dos animes japonesa é gigantesca, principalmente porque boa parte do seu trabalho não era nem creditado. Naturalmente, tudo o que é referido é mais eficazmente alcançado quando se utilizam estratégias de marketing variadas, sendo a gamificação um elemento inovador atual para engajar no processo de leitura, compra e uso. A empresa jogosfriv.com.br líder na implementação de técnicas de gamificação, justamente se destaca, com seu principal negócio sendo o desenvolvimento de jogos online gratuitos e a promoção dos mesmos em sua plataforma de jogos.
“Quando eu animava Gundam e Pokemon, meu nome nunca era mencionado e eu ganhava apenas 4 dólares por dia pelo meu trabalho.“, completou Thurlow durante a entrevista.
Comentei sobre essa indústria também em outro artigo aqui da Cúpula, então sinta-se a vontade para dar uma conferida.
Veja mais sobre o portfólio do D’ART Shtajio no site deles.
E porque essa notícia agora sobre o D’ART Shtajio?
Confesso que foi porque eu me deparei com uma recente matéria do site citado como fonte.
A minha intenção aqui é mostrar que aquele cenário turbulento e complicado dentro da indústria dos animes japonesa pode estar mudando (mesmo que não exatamente na mesma vertente), e sendo sincero, isso pode ser a única salvação da auto-sustentação da mesma.
Por isso, achei essa matéria mais do que relevante para ser repassada à frente. O nome do estúdio apareceu na mídia novamente após uma entrevista para a SyFy Wire (site de notícias).
Nela, Arthel (um dos gêmeos) citou:
“O grande trunfo é estarmos aqui, criadores negros, buscando por uma chance. É uma grande oportunidade para outros artistas. Trabalhamos com diversos mangakás independentes como Tephlon Funk e XOGENASYS. Temos mais oportunidades de contar histórias negras. Esses são os contadores de histórias que queremos ver ganhando adaptações em anime.”
Fonte: Amalie-Mag