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Análise

Comparação Anime vs Mangá de Goblin Slayer

Comparação Anime vs Mangá de Goblin Slayer
15 minutos para leitura

Recentemente, mais especificamente na temporada final de 2018, todos fomos surpreendidos pela adaptação intitulada “Goblin Slayer”. Diretamente do estúdio White Fox (mesmo estúdio de Steins;Gate, Re:Zero, Akami ga Kill e Hataraku Maou-sama), começaremos a comparação de Goblin Slayer!  

Certamente tal adaptação foi a prova de que é possível trazer o dark fantasy para a televisão mantendo o respeito ao mangá de Kōsuke Kurose (que foi baseado na série de light novel, o material original, escrita por Kumo Kagyu). 

Porém, nem tudo é um mar de rosas. Mesmo com a entrega de um material a altura do mangá, alguns elementos que dariam peso e profundidade à obra de foram deixados de lado pelo diretor Takaharu Ozaki e pelos roteiristas Hideyuki Kurata e Yousuke Kuroda.  

Nesta postagem da Cúpula do Trovão eu coloco à prova o anime produzido pelo estúdio White Fox, trazendo todas as principais diferenças entre o mangá e o anime!    

[ESTA POSTAGEM CONSIDEROU OS PRIMEIROS 30 CAPÍTULOS DO MANGÁ. NÃO CONSIDEROU A LIGHT NOVEL. ELA TAMBÉM CONTÉM SPOILERS, TOME CUIDADO] 

1) Histórias não contadas 

O começo de Goblin Slayer é assustador, sem dúvida nenhuma. A dura forma como o caos é plantado com a morte prematura de aventureiros que acabaram de começar sua jornada é brutal já no começo do anime. E falando neles, eles são a primeira diferença relevante na adaptação do estúdio White Fox.  

No anime os personagens logo que recém introduzidos são devastados pelos goblins. Não houve tempo para empatia. Entretanto, você provavelmente não sabe, mas as histórias destes novos aventureiros são contadas no mangá.  

Provavelmente foram contatas com intuito de dar um pouco mais de profundidade aos personagens e para gerar uma maior comoção em suas mortes. Ainda, claro, reforçar a natureza cruel dos goblins

Contanto as histórias dos personagens iniciais

2) Adição de conteúdo em algumas partes 

Uma adaptação geralmente faz cortes de conversações para ajustar o tempo de episódio, isso nós já sabemos. Entretanto adicionar diálogos inexistentes é um tanto quanto delicado. Ainda mais quando se tratam de diálogos que poderiam intervir na forma como o telespectador interpreta a situação.  

Saindo do mangá e indo para o anime, é possível notar que foi introduzido todo aquele conteúdo da discussão entre o nosso amado herói e sua amiga de infância (a menina fazendeira). Digo sobre aquela parte do flashback deles ainda pequenos no começo do segundo episódio, lembra?  

Ao contrário do desenho animado, no mangá, os diálogos simplesmente não existem. Isso acaba deixando para a imaginação do leitor o motivo da discussão. Surpreso? Eu também. 

Passado de Goblin Slayer

3) A armadura do Goblin Slayer

Você com certeza percebeu que o protagonista não comprava grandes equipamentos mágicos ou robustos para matar goblins. Ele mantinha seus fiéis equipamentos consigo, e ia reparando-os à medida da necessidade.  

Na animação, o péssimo estado de sua armadura é minimizado. Ela aparenta, na maioria das vezes, estar bem limpinha e renovada. Mas, no mangá, fica evidente o real estado da armadura quando ela está danificada.  

A armadura do Goblin Slayer

4) Interação entre os goblins

Uma das coisas que não se vê na adaptação de Goblin Slayer é a interação dos goblins entre si. Não é demonstrado nenhum tipo de comunicação, verbal ou visual, entre os verdinhos.  

Em outras palavras, isso dá a entender que, na animação, os monstros verdes estão em um nível de diálogo da idade da pedra. Monstros movidos somente pelo instinto.  

Já no mangá, por sua vez, nós podemos ver que o autor mostra os diálogos entre os goblins com imagens, mostrando que de fato há comunicação entre eles.

Conversa entre os Goblins

5) A verdade sobre o Ogro

O temível Ogro (presente em um dos primeiros arcos) tem uma breve apresentação por meio de uma crença popular, no mangá.

Basicamente, acredito ter sido um elemento narrativo utilizado para mostrar que ele era de fato forte e que sua popularidade entre os aventureiros era alta. Ele tinha uma reputação de renome!

No anime, ele pareceu ser “só mais um Ogro”, porém, bem parrudo.

6) A “goblin-caverna” do Goblin Slayer

Analise a afirmação: “o protagonista é do rank prata, porém não parece não deter muitos objetos de valor”. Ela parece correta para você? Bom, a primeira parte da sentença está. Mas a segunda nem tanto.

No mangá, é mostrado o arsenal do Goblin Slayer e as preparações que ele faz para as próximas aventuras. Construção de bombas, limpando seu equipamento ou afiando suas lâminas, coisas do tipo.  

Esse fato me lembrou do Batman. Cada justiceiro tem seu QG, com diversos “brinquedos” em sua posse para combater o crime!  

Arsenal do Goblin Slayer

7) Nem tudo são trevas 

Apesar do clima e de situações bem obscuras o mangá tenta dosar esse “mal” com tons de humor. No anime, cenas como essas não são vistas. Pelo menos eu não me lembro.

Tirada cômica em Goblin Slayer

8) A verdade sobre o Goblin Slayer

No anime, a história tem referências de D&D. Tais referências são perceptíveis de notar pela abertura do anime, pelas classes da história ou pelo uso limitado de feitiços por dia, dentre outras características.  

Ironicamente, no mangá, é literalmente mostrada a mesa de jogo em uma parte do arco da Cidade da Água e o nosso herói como um dos personagens no tabuleiro. E quem os controla? Os deuses que estão jogando o RPG de mesa. 

Em suma, o mundo que é visto por nós, telespectadores e leitores, nada mais é do que uma partida disputada pelos deuses do céu e da ordem, contra os deuses das trevas e do caos. Tudo isso à fim de definir quem controlará tudo.  

Um elemento peculiar nesse “jogo” é o Goblin Slayer, um personagem diferente dos demais. O próprio personagem “Goblin Slayer” é quem jogava o seu dado, sendo assim, o controle do destino dele estava em suas próprias maõs. 

Este fator fez com que os deuses criassem certa apreciação perante ao protagonista, já que eles não têm influência direta na aventura do nosso herói, muito menos sabem como será o desfecho das mesmas. 

Prova de que Goblin Slayer é um D&D

9) A referência aos aventureiros 

Lembra quando o Goblin Slayer e sua confiável party estão no meio da exploração dos esgotos da Cidade da Água? Naquela parte que eles encontram uma parede com aventureiros desenhados nela.  

No mangá, é possível perceber que são aventureiros antigos. Mas, no anime, o desenho faz uma menção a eles mesmos!  

Olhando atentamente é possível reparar que há um lizardman, um elfo, uma pessoa com um longo cabelo loiro, um velho de cabelo branco e, por último (mas não menos importante), um guerreiro com capacete que tem certa semelhança com o do nosso protagonista. Quem pegou essa referência? 

Referencia do mangá
Print do anime, mostrando a referencia

10) Batalha resumida

O combate contra o Beholder é mais longo no mangá. Este monstro detinha habilidades de cancelamento de magia, anulando o primeiro movimento da sacerdotisa em batalha. Logo, o combate se tornou muito mais perigoso e eletrizante. 

No anime, apesar de uma solução engenhosa ter sido encontrada pelo Goblin Slayer, tudo aconteceu rápido demais, não passando aquele clima de tensão e desespero real dos personagens. 

Batalha contra o monstro Beholder

11) O símbolo dos goblins

Em certo momento do arco da Cidade da Água, quando o protagonista e seu grupo derrotam o Beholder (o olho demoníaco), eles encontram um pedaço de pano que seria uma “bandeira” dos goblins. Na animação, o conteúdo original não é mostrado. Já no mangá, sim. 

Bandeira dos Goblins, bem cruel
Sinceramente, eu gostaria de desver isso. Porque se for o que eu realmente estou pensando…

12) Arcos trocados

A maior mudança da história original para a adaptação foi trocar a ordem cronológica do arco da invasão da fazenda e o da Cidade da Água.  

No mangá, depois de ter enfrentado o Ogro em uma feroz batalha e antes mesmo de se aventurar pela Cidade da Água, o protagonista e membros da guilda já tinham dizimado vários goblins para proteger a fazenda (lar do protagonista). Confesso que achei um ato bem ousado este da inversão, mas deu um desfecho com uma vibe positiva para o anime. 

Todavia, no anime, o Goblin Slayer está constantemente checando os arredores de sua casa, à procura de pegadas de goblins. Tal elemento ficou conectado com o então escolhido arco final do anime (a invasão da fazenda).  

Isto é, desde o começo do anime indicaram que aquela história de pegadas poderia ser aproveitada. Felizmente, de fato foi. Bem no arco final.  

No mangá, como a invasão se dá bem antes na história, o protagonista mal teve tempo de checar o território. Na verdade, ele apenas se depara com as pegadas e então resolve tomar providencias.

A inversão dos arcos em Goblin Slayer

13) O motivo não mostrado da invasão à fazenda

A invasão ao território do Goblin Slayer pelos verdinhos pareceu algo muito natural no anime. Pareceu não haver uma razão bem justificada. 

Todavia, na história contada no mangá, o real motivo que fez com que os goblins ficassem raivosos foi que alguém estava invadindo os ninhos e destruindo-os. (quem será esse “alguém”? Hahaha).  

Logo, eles decidem atacar uma região dominada por humanos para buscar vingança. Começando é claro, por uma certa fazenda….

No caso, eles não tinham noção de que realmente estavam atacando justamente a fazenda do causador da invasão de seus ninhos. Que azar o deles rs

Justificando a invasão a fazenda

14) O inimaginável discurso do Rei Goblin

A grandiosidade e moral do rei goblin tem impacto real na história do mangá, pois a profundidade dada a ele é surpreendente para um goblin. Este fato pesaria horrores na adaptação e daria muitos pontos para o anime.  

O discurso pregou o ódio contra aqueles que fizeram mal a seus ninhos. Mas não só ódio. Muito ódio. Então, graças a isso, as tropas acabaram sendo impulsionadas para conquistar os territórios enquanto espalhavam o caos total.

Infelizmente, no anime, tal discurso nem mesmo existe. Caso tenha existido, não foi mostrado para a audiência.

O discurso do Rei Goblin

15) A profundidade dada ao Rei Goblin

Antes dos momentos finais da sua vida, no anime, a rasa história do Rei Ggoblin é mostrada por meio de alguns flashbacks.  

Já no mangá é deixado mais evidente como ele era apenas goblin traiçoeiro. Porém muito mais que a maioria de sua espécie. Ele também usava estratégias sujas para ganhar de aventureiros experientes e roubar seus pertences para ficar mais forte. 

A história do Rei Goblin, contada

Finalizando…

Concluindo a postagem, estas foram as 15 mudanças mais relevantes que a eu quis trazer a você, todavia, vale ressaltar que não são TODAS as diferenças.

Ainda, para os interessados, temos um review completo de Goblin Slayer postado aqui no blog. Lá o André discorreu sobre alguns pontos interessantes e polêmicos por lá.

Enfim, eu gostaria de deixar uma quest para você: deixa aí nos comentários qual foi a mais surpreendente na sua opinião! 

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Escrito por

Lucas Souza

Fundador

Otaku Podcaster | Oldschool | Reclamão de Isekai

Criciúma - SC

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