Autor do artigo: Hugo Brogni
Estamos quase no fim do ano e a Editora Panini, com o selo Planet Mangá, lança 2 novos títulos para seu catálogo: Jagaaan e Marry Grave.
Como um bom colecionador de mangás, ao me deparar na banca com dois números 1 numa banca, confesso que fiquei empolgado e quase fui impulsivo a ponto de pegar ambos.
Porém, a vida de casado não é tão simples, então fiz minhas pesquisas e acabei escolhendo um deles. Todavia, para a minha surpresa, meu primo e sua namorada me dão de presente o outro. Sendo assim, minha primeira contribuição para a Cúpula não poderia ser sobre outra coisa.
Sobre Jagaaan
Começando pela obra de Muneuki Kaneshiro (Roteiro) e Hensuke Nishida (Arte), Jagaaan é um seinen que nos apresenta de início o policial Shintaro Jagasaki, uma pessoa aparentemente normal, porém totalmente descontente com sua vida atual e futura.
Shintaro que sustenta uma vontade de resolver todos os seus problemas puxando o gatilho de sua arma.
Em um dia como outro qualquer Jagasaki sai da delegacia para atender um chamado e acaba se deparando com um monstro impossível de ser descrito em palavras, e logo descobre que até mesmo ele possui um monstro interior.
Juntamente com um parceiro, digamos, inesperado, ele precisa entender o que está acontecendo e resolver a situação, forçando-o a sair de sua rotina tediante.
A obra Jagaaan está (até a data de elaboração deste artigo) na edição número 8 no Japão. Ela segue sendo publicada na revista Seinen Big Comic Spirits, sem previsão de fim.
Para quem pretende colecionar o título, vale salientar que o traço é, propositalmente, grotesco. Os detalhes são muito específicos, tanto que podem fazer com que em alguns momentos você sinta incômodo ao ler.
Aqui no Brasil, o título tem periodicidade bimestral com o preço de capa de R$ 22,90.
Sobre Marry Grave
Já em Marry Grave, Hidenori Yamaji nos apresenta a Riseman Sawayer, um protagonista extremamente cativante. Em poucas páginas, o personagem já te faz entender e ficar comovido com sua trajetória, e esta, consiste em uma busca de ingredientes totalmente inusitados para completar um certo ritual.
Num mundo onde monstros (não tão grotescos como em Jagaaan) e humanos coexistem em uma competição de rato e gato, Sawayer vaga solo completando vários mini-arcos para colecionar o que precisa.
O autor conseguiu de forma precisa carregar em apenas um personagem todo sentido de uma história completa. Infelizmente o mangá foi encerrado no Japão em 5 volumes, mas fiquem tranquilo pois existe um final para esta aventura.
Com uma leitura extremamente descontraída, Marry Grave também é bimestral e finalizará também aqui no Brasil em 5 volumes. O preço de capa é de R$ 22,90.
Finalizando…
Os dois títulos conseguem entregar ao leitor o que se propõem, pelo menos na minha opinião.
Caso você esteja buscando uma história de suspense/violência gratuita, Jagaan entrega essa fórmula somando ainda uma pitada de insanidade dos personagens.
Já para quem sente falta de um shounen mais leve, mas com um protagonista muito cativante para suas leituras tranquilas, Marry Grave apresenta isso com maestria.
E aí, o que achou desses novos títulos trazidos pela Editora Panini?
Autor do artigo: Hugo Brogni