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Entre os dias 5 e 8 de dezembro aconteceu a Comic Con Experience 2019 (CCXP), em São Paulo. Nesse evento, a editora Panini anunciou, nada mais, nada menos, que 8 novos títulos para 2020.
Gostaria de, antes de começar, avisar que as opiniões sobre cada mangá é exclusiva do autor do artigo (eu, Hugo). Para ter embasamento no que escrevo, li o primeiro volume de cada título, assim pretendo demonstrar em palavras algo como uma “primeira impressão” de cada obra.
Começando com o já muito esperado Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba. Este título despensa comentários, porque além de ser muito conhecido, aqui na Cúpula temos uma análise completíssima sobre esta obra de arte (da versão em anime, no caso).
Vale ressaltar que o título possui, até o momento desta postagem, 18 volumes no Japão e segue sendo publicado na Shonen Jump.
Sobre o mangá, Koyoharu Gotōge (a autora) consegue pôr muito sentimento na forma narrativa que leva a história. Possui sim, bastante escrita, que para algumas pessoas poderia ser um ponto negativo em um mangá deste estilo. Neste caso, na minha opinião, as sentenças são necessárias e trazem profundidade a obra.
Em segundo, podemos ressaltar o relançamento de Vinland Saga, que na edição brasileira pela Panini serão 2 volumes por mangá.
Este título do mangaká Makoto Yukimura é excepcional, pois como trata-se de uma obra que relata acontecimentos na época dos grandes vikings.
Em muitos momentos temos as batalhas entre exércitos e, ao meu ver, o autor consegue desenhar perfeitamente estes embates. Mesmo que em cada quadro das páginas possuírem uma “cabeçada” de gente, o leitor não fica perdido ou sem entender o que está acontecendo. Tudo é entendível.
Além disso, o enredo e a construção do personagem Thorfinn (o protagonista) é muito bem feita.
Até o dia desta postagem o mangá encontrasse com 23 volumes no Japão e segue sendo publicado, mensalmente, pela “Afternoon”, da Kodansha. Porém, como já noticiado na Cúpula, em seu twitter, Makoto afirmou que está começando a desenhar o 4° e último arco da série.
Um novo shounenzão de batalha pela Panini?
O próximo título anunciado foi Jujutsu Kaisen, escrito e ilustrado por Gege Akutami. A obra está sendo muito bem vista na terra do sol nascente, tanto é que, em 2020, irá ganhar sua adaptação para anime.
O mangá, irei ser sincero para vocês, possui de início uma história um pouco confusa e contada rápida demais. Porém, a forma de caracterizar maldições em monstros com feições totalmente diferentes do que já vimos e, mesmo sendo um shonen voltado para a comédia, possuir cenas um pouco pesadas. Isso definitivamente chamou a atenção.
Hoje, a obra possui 7 volumes lançados e continua sendo publicado na Shonen Jump.
Seguimos com Banana Fish, que, como Kimetsu no Yaiba, possui uma belíssima análise com leves spoilers em nosso portal. Vale a pena dar uma conferida.
A obra, escrita por Akimi Yoshida, possui o traço característico e realista da época que foi escrito.
Banana Fish é um mangá que possui história densa e bastante diálogo, o que ótimo para quem gosta de um suspense policial e conversas sem “papas na língua”.
A obra publicada entre os anos de 1985 e 1994, na Bessatsu Shōjo Comic (que hoje já não existe mais) e possui 19 volumes ao todo.
Mais SAO pela Panini!
Temos agora 2 títulos da renomada série, Sword Art Online. Vale um disclaimer que estes foram os únicos mangás que não consegui encontrar de forma alguma a obra para leitura e, por isso, ficará a menção dos mesmos.
Sword Art Online: Calibur, é uma adaptação em mangá da parte 8 da light novel Sword Art Online, de Kawahara Reki. Esse título é continuação direta da história do mangá Phantom Bullet. A obra possui apenas 1 volume.
Já em Sword Art Online: Mother’s Rosario, temos a adaptação em 3 volumes em mangás da parte 7 da novel. Ele é a continuação do mangá Calibur, exatamente o que você leu: Mother’s Rosario foi escrito antes, porém se passa depois, cronologicamente falando, que Calibur.
Títulos que, basicamente, são iguais…
Ainda temos 5-Toubun no Hanayome, um shonen, ao meu ver, água com açúcar.
Algo inovador da publicação é o fato do autor usar o fundo dos quadros para também passar a reação dos personagens, algo que nunca tinha reparado em um mangá.
Mesmo possuindo algo que tenha chamado minha atenção na publicação, o plot e enredo da obra é muito simplório.
Uma história de um aluno inteligente que não gosta de socializar e que, por “culpa do destino”, irá ter que ensinar 5 gêmeas as matérias da escola.
O autor Negi Haruba já anunciou que a obra terminará no seu 14º volume, publicada na revista Shounen Magazine.
Finalizando, temos We Never Learn (Boku-tachi wa Benkyou ga Dekinai), outro shonen água com açúcar.
Por que elenquei estas duas últimas obras com a mesma característica? Simples, porque neste título também temos um aluno inteligente, que por “culpa do destino” (novamente) irá ter que ensinar 2 garotas as matérias da escola. Pareceu familiar?
O traço deste é bem clean e possui bastante fã-service. Consta, até o momento desta publicação, 14 volumes, sem estimativa de finalização. A obra é publicada na revista Weekly Shōnen Jump, da editora Shueisha.
Ufa, chegamos ao fim. E aí? Estão interessados em algum título para acompanhar? Confesso que estou muito empolgando com Vinland Saga e Kimetsu no Yaiba, já deixar reservado uns “trocados” para ano que vem poder adquirir esses novos títulos da editora Panini…
PS: a editora evidentemente soube analisar o mercado, afinal, não trazer Demon Slayer seria bem esquisito. Mandou bem, Panini. Mandou bem.
Fonte: Site da Panini; Mangás Brasil