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Análise

Hikari no Ou (The Fire Hunter) | Primeiras impressões

Hikari no Ou (The Fire Hunter) é o que eu achava, mas também não é

Em nossas RegrasDe3, os autores assistem os 3 primeiros episódios de um anime novo lançado na respectiva temporada. Após isso, eles escrevem uma análise sobre esse começo da obra, sendo uma espécie de primeiras impressões. Fique atento: a RegraDe3 é uma visão baseada APENAS nesses 3 primeiros episódios, NÃO sobre o anime inteiro.

8 minutos para leitura

Como foi difícil escrever essas primeiras impressões. Poxa vida… Raramente tenho bloqueios criativos quando o assunto é dissertar sobre algum anime ou mangá, mas com Hikari no Ou (The Fire Hunter) foi diferente.

O motivo do bloqueio não estava claro para mim, porém acordei esses dias e tive um estalo.

A verdade é que eu não sei se gostei do que vi nesses três episódios, por isso minha dificuldade (e protela) em começar esse texto. Em outras palavras, mesmo eu querendo muito que a resposta seja “sim, eu gostei”, infelizmente estou em cima do muro com a qualidade geral da obra.

Inclusive, peço perdão pelo atraso nessa RD3 em específico, mas cá entre nós, você provavelmente não assistiu Hikari no Ou ainda. Meus indicadores ULTRA-não-oficiais de popularidade para animes são 2: o Twitter (me segue lá!) e o número de pessoas que avaliam os episódios na Crunchyroll (ali nas estrelinhas, sabe?). Ninguém falou dessa obra nas redes sociais, e na Crunchy ele possui cerca de 500 avaliações por episódio, enquanto outros animes da temporada como Tomo-chan e o anime da vizinha possuem mais de 10 mil por episódio…

Mas, enfim, voltando ao tópico, estou aqui hoje nessas primeiras impressões para definir absolutamente nada. Provavelmente esse texto não vai te ajudar tanto quanto eu gostaria, entretanto, tentarei dar uma ideia geral do que trata o anime e da minha relação com ele. Depois, você decide se vale a pena fazer sua própria RD3 dele.

Vamos nessa.

Hikari no Ou
  • Gêneros: Fantasia
  • Estúdio: Signal.MD (Net-juu no Susume, Platinum End)
  • Diretor: Nishimura, Junji (Nurarihyon no Mago, Simoun)
  • Material fonte: Novel
  • Onde assistir: Crunchyroll
  • Novos Episódios: Sábados

Premissa diferente, porém falta algo…

Estamos num mundo distópico. Tempos atrás a humanidade começou a sofrer com uma “doença” muito maluca de combustão instantânea quando em contato com qualquer tipo de fonte de fogo (alô, Promare!?). Basicamente você virava uma bola de chamas ao acender um isqueiro, ou qualquer coisa do tipo. Muita gente morreu, mas, com o tempo, a humanidade prevaleceu.

fogo hikari no ou

Para sobreviver, as pessoas começaram a caçar espíritos da floresta. O sangue desses monstros brilha e aquece, sendo um substituto ideal para o fogo, porque este já não podia mais ser utilizado no nosso dia a dia. Nascem, nessa realidade, os Fire Hunter (ou, Caçadores de Fogo), que são os responsáveis por caçar esses bichos e conseguir o novo “fogo”.

Entre os caçadores, um rumor sobre o “Rei dos Caçadores de Fogo” começa a se espalhar — uma pessoa que seria capaz de coletar a estrela feita pelo homem, “o cometa milenar que vagava pelo vácuo” (não faço ideia do que seja ainda, mas tava na sinopse).

No anime acompanhamos duas histórias em paralelo, a de uma menininha “do campo” e de um garoto adolescente “da cidade”.

O episódio 1 começa intenso, mostrando uma luta entre um Fire Hunter e um dos espíritos medonhos. Nessa luta, o tal caçador morre para proteger a meninha, e sua arma e cachorro ficam para trás.

lobo arma e menina em hikari no ou

A premissa, então, se baseia nessa jovem garota ter que agora entrar numa jornada para devolver a arma e o cachorro para a família do falecido caçador. O filho do caçador é o tal garoto adolescente, que também acompanharemos nos episódios. Ele está numa jornada própria para, aparentemente, se tornar um Fire Hunter, assim como seu pai.

Então, em suma, estaremos acompanhando a história desses dois até eventualmente se encontrarem (eu acho que se encontrarão, pelo menos).

E o que faltou no anime, então?

Dizem que existem 2 tipos de história: as guiadas pelo plot, e as guiadas pelos personagens. Sinto que Hikari no Ou é do primeiro tipo, apresentando um mundo super interessante e um ponto final claro (devolver os bens/cachorro para a família).

O worldbuilding tem potencial para ser o foco. Afinal, é natural que você fique curioso pensando em como diabos a civilização humana conseguiu sobreviver sem usar fogo, o elemento que literalmente pautou nossa evolução desde que descoberto, milênios atrás.

A narrativa não é boba, sendo expositiva na medida certa. Aqui e ali temos um diálogo indireto ou elementos visuais que nos ensinam como aquilo tudo funciona. É o famoso Show, don’t tell.”

Os três primeiros episódios do anime, contudo, falham em manter essa curiosidade, dividindo o foco do que gostaríamos de ver (worldbuilding, economia, como as coisas funcionam). A dispersão ocorre por conta de a obra apresentar uma porrada de personagem que você não dá a mínima – inclusive, os próprios protagonistas.

Não posso falar pelo material original (novel), porém, a narrativa de Nishimura Junji, diretor do anime, pareceu ir mais para o lado de mostrar personagens do que falar do mundo.

A falha, em minha visão, acontece porque a menina praticamente não tem falas, e o garoto aparece pouco nos 3 primeiros episódios. Gostaria de ver como aquele mundo funciona, mas o diretor está me enfiando personagens chatos goela abaixo…

Talvez fosse mais interessante se a narrativa tivesse uma pegada Made in Abyss, onde temos bastante tempo de tela para explicar como as coisas funcionam. O mundo, o ambiente, é que nos fascina e nos prende minuto a minuto nesse tipo de obra.

Não acontece com Hikari no Ou. O foco acaba indo para personagens, mas estes são insossos. Falta muito sal para ficar gostoso de engolir. Ainda mais goela abaixo.

Ao assistir, talvez você entenda melhor.

Hikari no Ou não deixa de ser diferentão, contudo

Apesar dos pesares, a arte do anime é bem única.

Ao ver o trailer e os visuais, seus olhos enchem e sua mente automaticamente cria uma expectativa bem positiva. Felizmente, ao assistir, tal expectativa é atendida, e temos uma apresentação audiovisual bem diferente das convencionais. Para aqueles que buscam assistir algo só por ser diferentão, Hikari no Ou pode funcionar.

A premissa, como falei, continua sendo original e interessante. Nunca vi nada do tipo. Então, apesar de o diretor parecer querer forçar os personagens, tem potencial no fundo, e pode ser que ele venha a ser explorado nos episódios seguintes. Alguns membros da Cúpula já estão assistindo e dizem que a partir do episódio 6 melhora bastante.

A animação é bastante dinâmica nos momentos de ação nos episódios 1 e 2, acrescentando bastante à originalidade do anime. No episódio 3, contudo, os caras se perderam na excêntricidade e entregaram um negócio completamente bizarro. Me assustou. Não gostei…

Para quem não assistiu talvez não fique claro, mas a animação desse combate destoa de todo o resto que vinha sendo feito até então. O dragão é muito esquisito, e aquela fumaça no finalzinho… Pareceu até preguiçosa, sei lá. Não sei até que ponto foi escolha artística, falta de habilidade ou de orçamento. Isso que nesse corte que encontrei nem pega o ataque do cachorro… Foi bizarro!

Finalizando as primeiras impressões de Hikari no Ou (The Fire Hunter)

Gostaria de poder escrever mais, eu juro. Mas meus sentimentos perante este anime são confusos, porque apesar do teor negativo dessas primeiras impressões, eu não retiraria meu voto dele como escolha trovejante. Afinal, minhas expectativas estão parcialmente atendidas, porque eu sabia que era arriscado votar nele. Votar em obras desconhecidas é sempre assim.

Ainda acredito que Hikari no Ou (The Fire Hunter) pode sim entregar uma história interessante até o final da temporada, basta o diretor ter mais clareza do que ele quer mostrar: o mundo, ou os personagens. Depois de tomada a decisão, trabalhando em cima disso, poderão ser criados vínculos mais fortes com o espectador, porque aí quem estiver assistindo terá clareza do por quê de estar assistindo.

Espero que você assista e depois venha comentar comigo o que está achando dessa série, porque no meu caso, estou perdido. Como prometido, esse texto não convence ninguém a assistir, mas também não orienta a passar longe da série.

Assistam e tirem suas conclusões! Abraços e beijos! Lembrem de acompanhar o CúpulaCast! 💋

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Escrito por

André Uggioni

Co-Fundador

Host do CúpulaCast

Criciúma - SC

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