LISTÃO DE RECOMENDAÇÕES DA CÚPULA! #8

Eu sei, eu sei. Faz tanto tempo que quase nem faz sentido fazer piada de novo… mas… bem, antes tarde do que nunca, certo!? Depois de vários meses sem postarmos nosso listão de recomendações da Cúpula, prometemos que vamos tentar manter a tradição (pra valer) dessa vez! Na lista de agosto deste ano, vamos com tema LIVRE! Sendo assim, os autores poderão recomendar qualquer coisa que queiram, desde que expliquem o motivo pelo qual estão recomendando.

Pode ser livro, vídeo, mangá, canal, anime, filme, jogo… qualquer coisa!

Sem muita enrolação, vamos começar? ⚡

Recomendação do André: Better Call Saul

Mas que belo otaku que sou… meses sem passar aqui para deixar uma recomendação direta para vocês, e ainda no retorno tenho a AUDÁCIA de recomendar uma série, e não um anime ou mangá??? O que aconteceu comigo… olha o tipo de pessoa que vocês acompanham… MAS, sério, Better Call Saul merece um momentinho de fama aqui na Cúpula (como se não fosse mto mais famoso que a gente kkkkkcry).

Como um fã de Breaking Bad mas que vê mais animes que séries, o sentimento provocado por Better Call Saul é simplesmente… diferente. De tempos em tempos me vejo na obrigação de assistir mídias diferentes dos animes justamente para desfrutar de coisas que, sinceramente, são praticamente inexistentes nas obras orientais. Seja por serem de culturas extremamente diferentes, ou mídias completamente diferentes.

O show em Better Call Saul é, sem dúvidas, a direção de Vince Gilligan. É detalhada, ousada e provocante na medida certa. O cara sabe exatamente que tipo de sentimento provocar no espectador, e usa jogadas de câmera muito interessantes para estimular coisas que você raramente sente assistindo animes.

A atuação do núcleo principal de personagens é carismática demais, também. São envolventes à ponto de deixar você angustiado por diversos momentos, e, sendo sincero, os problemas vão escalando a cada temporada – mesmo que você já se veja preso já na primeira, pelo menos comigo foi assim.

Apesar de eu ainda estar na 3ª temporada, sei que daqui para frente só melhora. Recomendo demais para aqueles que buscam uma série que envolva conflitos familiares, romance, propósito, trabalho, máfia, mistério…

Por fim, recomendo principalmente para você que acaba consumindo só animes. Porque, como falei, notar as nuances de uma direção ousada e ver personagens humanos de verdade é bom de vez enquanto. Faz você prestar atenção em outras paradas quando voltar pros animes. Apura o senso crítico.

Recomendo! A série está inteira na Netflix, e acabou de ser finalizada em sua 6ª temporada (se não me engano).

Recomendação do Jão: Outer Wilds

Talvez vocês não estejam familiarizados comigo ainda. Afinal, apareço esporadicamente por aqui na cúpula. Mas, para quem leu minha BIO, eu sou um cara que joga mais vídeo game do que vejo animes. Sendo assim, estou escolhendo um dos melhores jogos que eu já tive o prazer em vivenciar.

Primeiramente, você não necessariamente precisa ser um jogador ferrenho para se aventurar em Outer Wilds. Esse é um diferencial do jogo. Ele não segue o padrão dos jogos normais. Em minha opinião, o único requisito é o de você ser um aventureiro que não tem medo de falhar (muitas e muitas vezes).

Outer Wilds conta a sua história como um explorador do sistema solar. Nele, somos introduzidos como uma raça ao qual a aventura e o anseio de descoberta está em sua cultura. Isso por que o lugar onde vivemos está recheado de mistérios.

Primeiramente, uma outra raça que é totalmente diferente da nossa já habitou aquele sistema. E misteriosamente, todos vieram a morrer quase que ao mesmo tempo. O que eles faziam aqui? De onde vieram? O que causou o colapso de sua espécie?

E que tal falar de uma lua que aparece e desaparece num piscar de olhos? Ou um planeta que está sendo engolido por um mini buraco negro? Ou um par de planetas que são… uma ampulheta?!

Além disso, há muito o que explorar aqui e você é totalmente livre para fazer o que quiser. É inegavelmente estranho não ter ninguém para ditar o seu caminho. Nunca vi isso em um jogo. Tudo o que te move é a curiosidade.

Por fim, a trilha sonora é excepcional. Vá agora ouvila!

Recomendação da Helena: Get Schooled

De novo, outra webtoon? Pois é, pois é. Eu não resisto. A verdade é que eu todo dia procuro uma webtoon nova para leitura. E minha lista já tem tantas iniciadas – e não finalizadas – que o aplicativo deve estar cansado de me ver nele sem pagar um centavo.

Mas diferentemente das demais recomendações que costumo fazer, Get Schooled não é um romance. Não é nada parecido com isso, na real. Get Schooled é uma história para alunos, professores e educadores em geral. E de porrada.

Depois de muitos anos da lei anti-punição, na qual os professores já não podiam mais disciplinar fisicamente seus alunos, as coisas tinham saído do controle.

Os alunos, agora, tinham toda a liberdade para agir como quisessem. Seja fazer um cuecão em alguém ou enfiar a cabeça do professor na privada. E isso tudo gerou um caos alastrado pelo país.

Na Hwa-Jin, no entanto, é parte de um comitê para a proteção de direitos dos professores. O comitê é recém-formado, e tem o propósito de proteger os direitos dos professores e dos alunos. Bem, tudo certo, não é?

Get Schooled mostra um educador que disciplina na mão

É isso mesmo. Ele desce o pau em todo mundo. E tem autorização do Ministro da Educação pra isso.

É estranhamente satisfatório e eu tive um relacionamento muito conflitante com essa webtoon no começo. Sabe aquele sentimento de “bem feito!”? Ou o de “mereceu muito!? É por aí.

No entanto, ela trata de coisas muito importantes, e, por si, já mostra as dificuldades de se lidar com a punição física ou mental.

Na verdade, mostra muito bem como a estrutura psicológica pode ser tão importante quanto a mental. Bullying, abusos físicos, prostituição infantil, violência doméstica: todos esses temas são tratados. Com muita porrada, mas também com um cuidado extraordinário.

Eu não sei se tudo o que eu falar aqui vai ser suficiente para explicar, mas como futura educadora, vejo que é uma espécie de reflexão sobre como podemos levar nossas vidas como alunos, professores e pessoas.

Por enquanto, ela tem 79 episódios, e está disponível gratuitamente no aplicativo webtoon em inglês. Espero que você se divirta e goste tanto quanto eu gostei!

Recomendação do Diegão: Records of the Martial God’s Return

Fala aí pessoal, estive aproveitando a minha sumideza (inventando palavras) pra ler bastante. E li bastante webtoons, quase o suficiente pra virar o guru haha.

Então vou copiar minha cara colega Helena e vou recomendar essa obra que ainda está lançando e me surpreendeu.

Records of the Martial God’s return conta a história de Dan Woohyeon. Um monstro, sem mais rodeios.

Todavia esse monstro acabou domesticado, e isso conto mais abaixo.

Ok Diegão, mas quem domesticou o monstro?

Dan foi homem mais forte do Murim no seu tempo, impiedoso e sanguinário, que derrotou quase todos os seus inimigos.

Ele era tão poderoso que coleciona corpos por onde passava, ganhando o apelido de demônio.

Mas ele acabou selado por 1000 anos no gelo por causa disso, e após acordar se viu totalmente a parte em um mundo diferente do que se lembrava.

Contudo, ao encontrar uma criança morrendo na mata e salvá-la ele descobriu o que faltava na sua vida.

Essa obra tem somente 29 capítulos e está em andamento, então vale a pena começar e ir acompanhando, tem um ritmo muito leve.

Sério mesmo, eu esperava basicamente lutaria e brigação mas acabei me encantando por uma criança.

Eu entendo você Dan Woohyeon, afinal os brutos também amam…

Recomendação do Welerson: Shotgun Boy

Recentemente finalizei a leitura da webtoon Shotgun Boy, de Kim Carnby. Foi uma recomendação do Pedro, aqui da Cúpula. Ele costuma ler muitas obras deste gênero. Caso tenha interesse em conhecer alguns títulos, o Pedrão escreveu uma lista de recomendações.

Ademais, se quiser entender melhor como funcionam os manhwas e webtoons, o que são e coisas deste tipo, sugiro que ouça o episódio que o pessoal do CúpulaCast gravou comentando sobre este tema. É bem interessante e informativo.

Chiquinho escopeta matando monstros na floresta?

Quanto a narrativa de Shotgun Boy, seguimos a vida de Gyu-Hwan, um garoto que sofre bullying de alguns de seus colegas de classe. Este tópico é importante porque ele segue sendo uma espécie de carro-chefe do início ao fim na tomada de decisões do protagonista. Quase como uma bússola moral invertida.

Entretanto, a grande questão desta história não reside neste único aspecto, mas sim em uma excursão que os alunos do colégio fazem para um acampamento. Ali a desgraça rola solta e Shotgun Boy realmente mostra a que veio.

Com surgimento de monstros bizarros, envolvimento do exército, muita morte e sangue, um grupo de adolescentes e um garoto com uma escopeta na mão tentam sobreviver a uma noite assombrosa que ficará registrada para sempre na vida deles.

E se você não conhece Kim Carnby, é provável que não saiba sobre a influência que ele pode ter no que tange a prender a atenção até o último minuto.

Sendo um autor de suspense, Carnby consegue exatamente o que ele quer, mantendo o leitor fixo em sua trama. Se está a procura de um plot com muito mistério e suspense, dê uma chance para Shotgun Boy.

Por fim, é importante salientar aqui que Shotgun Boy é uma prequel de Sweet Home, outra obra de Kim Carnby. Provavelmente esta seja mais conhecida, visto que há um tempo ganhou uma adaptação em live-action pela Netflix.

Ok, mas o que é uma prequel?

Este tipo de conceito é bastante utilizado pelo Universo Cinematográfico da Marvel (UCM). Sabe quando você encontra um personagem misterioso em um filme e não se tem ideia de onde ele é?! Algum tempo depois, lançam outro filme com acontecimentos anteriores e explicam a origem de tudo. Em suma, prequel é uma obra que conta uma história anterior em relação ao material original.

Ou seja, os eventos de Shotgun Boy são o estopim que originou Sweet Home. No tocante a esta conexão, infelizmente eu não compreendi, porque nunca assisti a série nem li a webtoon. Mas o fato é este. E se você pensa que não vale a pena a leitura por, talvez, pensar que não vai entender, pode esquecer isso. Shotgun Boy funciona muito bem como história isolada.

Em síntese, leia Shotgun Boy. Vale muito a pena.

Recomendação do Sólon: Machida-kun no Sekai

Esse mangá me foi recomendado e eu li por volta de 2020, mas vez ou outra eu volto para ler trechos dele, porque eu tenho um amor imenso pela história. É o meu segundo mangá favorito até! Com 28 capítulos e concluída, acredito que essa história tem a capacidade de tocar o coração das pessoas e tirá-las da malevolência diária.

Machida-kun no Sekai é a história de Machida-kun, um garoto do ensino médio que aparentemente não é bom em nada. Não sabe cozinhar, não é inteligente, não parece ter muitas habilidades físicas e por aí vai. Mas, o Machida ama as pessoas (qualquer uma!) e tem uma incrível capacidade social de notar as necessidades e sentimentos das pessoas ao seu redor, mesmo que não perceba.

E a história é praticamente isso! Com pitadas de dramas e romance, a história se baseia muito na gentileza do Machida e como ele enxerga o mundo, que é na verdade o nome do mangá: O mundo de Machida.

Amar as pessoas é uma tarefa bem complicada, e conseguir perceber como elas se sentem é mais difícil ainda. Não minto, queria ser assim e busco ser uma pessoa assim, acho que é uma maneira bela de se viver. Depois de ler esse mangá então… assim como os personagens da história, fui marcado pelo Machida.

Finalizando, além de ser curto, tem uma leitura bem fácil e dinâmica, então é um mangá que sempre recomendo para qualquer um (até para minha mãe kkkkk). Espero que alguém leia e sinta o mesmo que eu. Em relação a animes e mangás, nenhum sentimento é mais incrível que sentir ternura irradiando de uma história.

Recomendação do Luiz: Heart Gear

Para trazer algo diferente das minhas recomendações costumeiras, decidi trazer um battle shounen que ainda está em lançamento. Eu leio ele em inglês, oficial no MangaPlus, mas dá para achar traduzido.

Heart Gear é uma jornada por um mundo que não é mais habitado pelos humanos.

Devido à uma guerra mundial, tudo que restou da sociedade foram ruínas e as máquinas chamadas Gears, que integravam a sociedade de diversas maneiras.

Assim, acompanhamos a última criança humana da terra, Roue, numa viagem pelos ermos e ruínas do mundo, acompanhada de Chrome, uma gear que ela ativou por pura coincidência. Enquanto buscam uma maneira de “reviver” Zett, a gear que cuidou e ensinou várias coisas para ambos.

Apesar de recheado de ação, o mangá intencionalmente mergulha em questionamentos filosóficos, mostrando a dificuldade das Gears em executar coisas fora de suas programações, ou demonstrarem livre arbítrio. Além das chamadas IAs Insanas, que enlouqueceram após a guerra e vagam pelo mundo.

Os personagens se questionam sobre o sentido da vida, se é que as gears podem ser consideradas coisas vivas. Enquanto reagem de formas diversas ao fato, no mínimo misterioso, de que uma humana ainda exista neste perigoso mundo depois de tanto tempo.

Motivações, desejos e sonhos são colocados a prova contra o fato de que uma humana pode representar tanto esperança para as gears, como a completa destruição de todas elas. Assim, Roue e Chrome, ambos jovens e inocentes, buscam seu destino enquanto moldam suas percepções e vontades aprendendo sobre o mundo.

Por fim, acredito que o mangá não é tão filosófico quanto faço parecer, e talvez nem seja escrito com esse intuito, contudo tem uma arte belíssima e diálogos interessantes! Gosto da ambientação dele e de todos os caminhos que o autor pode escolher para desenvolver os personagens.

Tudo é um mistério e é empolgante esperar pelas respostas enquanto assiste a batalhas enormes entre poderosas gears, explora junto aos protagonistas os cenários do presente e descobre o que trazem consigo os remanescentes do passado.

Recomendação da Amanda: Devils’ Line

Não sei por qual motivo ainda não tinha recomendado esse mangá por aqui, então nada mais justo do que fazê-lo agora. A obra Devils’ Line foi adaptada para anime, mas quero especificamente recomendar o mangá.

Devils Line é uma história sobre vampiros e humanos, com uma proposta mais realista e política. A autora Ryou Hanada conduz muito bem todos os aspectos da história nos envolvendo no romance dos personagens principais, as suas dificuldades e divergências assim como os desdobramentos políticos de uma sociedade habitada por vampiros.

Muito além de uma história de romance, o mais intrigante na leitura refere-se aos conflitos políticos (tem até uma força terrorista nacional para aplicação de golpe de estado envolvendo a incriminação dos vampiros). Conforme você avança na leitura, a história por detrás de todos os eventos atuais começam a serem contados e tudo vai se conectando, e eu tô me segurando para não dar spoilers aqui.

Vampiros necessitam de sangue para sobreviver, né? Bom, não nessa história aqui. A famosa sede de sangue não é obrigatoriamente vinculada a estar sentindo o cheiro, podendo ser causada por fortes emoções como excitação e raiva e até mesmo por apenas ver o sangue. Entretanto, existem vampiros em diversos lugares e com as mais diversas funções, entre elas políticos e policiais, convivendo harmoniosamente em sociedade.

Yuuki Anzai é meio vampiro e meio humano, um híbrido, e teve um encontro com Tsukasa Taira ao salvá-la de um vampiro. A história de romance entre eles começa dessa forma um pouco estranha, mas logo depois Anzai, membro da polícia, passa a visitar Taira, universitária, em sua casa e a protegê-la constantemente de outras pessoas e de si mesmo.

Entretanto, vale dizer que o mangá tem gatilhos de abuso sexual, psicológico e violência. Além disso, tem muita ação devido as intrigas políticas e policiais da trama. Como eu disse antes, tem romance e tem política.

A forma com que isso foi feita é brilhante e te envolve desde os primeiros capítulos do mangá (ainda tô para assistir o anime e ver se ficou bom). Por isso, vou deixar claro alguns pontos: o mangá não é uma história comum sobre vampiros e tem um excelente desenvolvimento do casal principal com direito a cenas de beijo desde o começo (e vai mais longe também, esteja avisado).

Eu recomendo Devils’ Line de olhos fechados, pois além de toda a trama envolvente e personagens super carismáticos, a obra já está finalizada e não é longa. Garanto que serão os melhores 80 capítulos de mangá de vampiros que você já leu, se joga!