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Análise

Kuutei Dragons (Caçando Dragões) | Primeiras impressões

Kuutei Dragons (Caçando Dragões): um grande, rico e lindo… NADA!
10 minutos para a leitura

Quem, em sã consciência, seja na atualidade, no passado ou no futuro, iria ver um titulo Kuutei Dragons (Caçando Dragões) e não teria em sua mente a primeira impressão algo como: “Opa! isso aqui parece interessante!”?

Então, foi assim que peguei esse mangá para ler. A princípio por seu titulo, depois por sua arte… Mas, é, acho que parou por ai.

Primeiras impressões são complicadas, ainda mais tratando de Kuutei Dragons, pois sua estrutura não facilita uma análise desse tipo (acho).

Por tratar-se de uma narrativa episódica, ou seja, praticamente cada capítulo é uma história independente, fica difícil entendermos qual é o ponto do Taku Kuwabara, autor de Caçando Dragões.

Mas, enfim, do que se trata esse mangá?

Sinopse

Há meio século que eles cortam os céus atravessando países na procura dos raros dragões. O Quin Zaza é uma das poucas naves ainda em atividade na caça aos dragões. Cada um da tripulação tem suas próprias razões para estar nessa atividade. O de Mika, por exemplo, é comer a carne de dragão que ele adora! Sempre perseguindo presas de qualidade cada vez mais superior, eles seguem nessa emocionante jornada!

  • Autor: Taku Kuwabara
  • Ano de publicação: 2016 – Presente
  • Volumes: 9
  • Gêneros: Ação, Fantasia
  • Demografia: Seinen
  • Editora de publicação: Panini (Brasil)

Então, essa é a sinopse oficial de Kuutei Dragons. De fato, ela diz muito pouco sobre do que se trata a história, porém, será que isso já não é um indício do que aguarda o leitor?

Caçando Dragões, um grande e lindo nada

As minhas primeiras impressões de Caçando Dragões foram sem dúvidas em relação a qualidade da arte do mangá, que é extremamente linda e detalhada.

Fato!

Me lembrou muito Made in Abyss, ainda mais na criatividade dos dragões não ortodoxos, com seus formatos muito doidos e suas cabeças com bocas na vertical, sei lá, dá um confere:

Lindo!

Cada painel, cada página virada enche os olhos do leitor. É tudo muito detalhado, fotografias belíssimas, paisagens exuberantes.

Magnífico!

Mas, a cada capitulo que vencemos, a indagação que fica é:

Ok, mas e aí?

Não há nada ali, a história não tem vida, não tem um objetivo, não tem um protagonista carismático.

Fora que não entendemos diversos pontos importantes, como: quais são os compartimentos da nave; qual é a função de cada tripulante; sua patente; qual o funcionamento da nave; quem comanda ali; por que ser um Caçador de Dragão dá muito dinheiro mas eles vivem sem.

Mas, se você quiser saber como faz um “pratão” de carne de dragão, cada capitulo vai ter pelo menos umas 3 páginas dedicadas a isso, e uma página no final sugerindo a substituição da carne, caso você não ache a de dragão.

É possível ver diversos valores naquele universo criado por Taku Kuwabara, mas isso se você quiser preencher com sua criatividade as lacunas que a história deixa.

Kuutei Dragons e seus vários personagens

Algo muito importante para uma história é seu engajamento com os personagens, seja torcendo contra ou a favor. Porém, para isso, o autor precisa dar ao personagem algo que se chama empatia. Para termos essa tal empatia, precisamos conhecer o personagem.

Caçando Dragões tem diversos personagens, mas eu estaria mentindo se eu disesse que sei o nome de mais de dois deles.

Mika, o protagonista, é o reflexo do que é Kuutei Dragons, ou seja, um personagem que parece grande, mas que na verdade é vazio.

O Mika é uma mistura de Luffy com algum personagem genérico ai, que finge não ligar para as coisas, mas que no fundo “manja muito”, é só falar a palavra “Dragão” que ele fica ligadão e resolve tudo sozinho e foda-se tudo e todos; o importante é o dragão ser gostoso.

A novata, que que não lembro o nome, é o arquétipo da novata, basicamente está lá para “ser a gente”, ou seja, é por meio dos aprendizados dela que vamos aprendendo sobre aquele mundo, e é isso.

Os outros personagens são os outros. Não sei o nome, não sei a função, não sei de onde vieram e nem por que estão ali, então porque eu deveria me importar?!

Com certeza, esse é o ponto mais baixo de Kuutei Dragons. Talvez, foi uma escolha narrativa de Kuwabara de ir aos poucos nos passando essas informações acima. Porém, é difícil criarmos empatia e nos engajarmos na história, sem essa substância.

Caçando Dragões (literalmente)

Tá, mas eu não to aqui para ficar vendo “mimimi” de técnica narrativa e nem essa frescura de empatia. “Eu quero é ver sangue de dragão jorrando pelas páginas!”, você diz.

Então, devo dizer que a caça aos dragões não é nem um pouco interessante. O autor gasta mais tempo ensinando a preparar a carne de um dragão, do que abatendo o mesmo.

E não é zoeira

A caça dos dragões é muito similar à caça às baleias que nos conhecemos. O caçador usa um arpão com um corda, acerta o bicho, pula nele, e dá o golpe final. Fim!

Uma informação sobre mim, é que sou vegano, já escrevi um texto sobre The Promised Neverland usando esse ponto de vista (que é bem óbvio). Dificilmente evoco esse meu lado vegano em qualquer âmbito que seja, pois uma coisa não tem relação direta com a outra.

Mas, porra! Kuutei Dragon conseguiu me incomodar de verdade com isso. E olha que eu sou um sádico nesse quesito. Cacei e esfolei todos os animais raros de Red Dead Redemption II, só porque era divertido.

Na própria sinopse diz “raros dragões”. Então por que caralhos os maluco sai matando dragão a torto e a direito? Para vender o óleo e a carne desses seres celestiais?

Isso me parece um motivo bem fútil, e não me faz querer torcer pelos “mocinhos” da história.

Será que esses dragões não tem um propósito maior nesse mundo? Não tem nenhuma organização que os proteja? Por que eles existem?

Porra! Eles mataram um dragão “bebê” sem nenhum rodeio e comeram ele de boaça, e vida que segue.

Fiquei uns 2 capítulos esperando ter algum twist quanto a isso, mas foi só aquilo mesmo. No fim, não consegui compreender qual o objetivo de sair caçando dragões a não ser por pura ganância/futilidade, e isso não é interessante.

Finalizando as primeiras impressões de Kuutei Dragons

Sinceramente, se for para ver alguém caçando bichos raros e fazendo uma “boia” deles, é melhor ir ler Toriko.

Kuutei Dragons ou Caçando Dragões, é muito belo e tem um conceito que agrada 99% das pessoas, mas a execução deixa a desejar.

Eu li apenas 10 capítulos, algo próximo de uns 2 volumes. Talvez a história melhore e o autor a coloque nos eixos. Talvez seja só preciso dar tempo para Kuutei Dragon ganhar forma.

Mas, infelizmente, eu nunca vou saber essa resposta, pois com tanto mangá no mercado, e a cada ano saindo mais, prefiro dar a chance a algo novo com potencia de cativar.

Se você já leu, ou assistiu o anime, deixa aí nos comentários se essa história melhora ou ela vai cozinhando em banho-maria até os capítulos atuais?!

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Escrito por

Pedro Bernardes

Profissional de Educação Física

Cult | Atleta | Leitor compulsivo

Belo Horizonte - MG

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