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Você está pronto para mergulhar em um universo cheio de aventura, paixão e uma dose saudável de insanidade? Este artigo é o seu bilhete de entrada para uma experiência que vai despertar seu espírito otaku e deixar seus olhos brilhando de emoção.
A única exigência dessa lista aqui, é que sejam títulos realmente bons.
Dos clássicos lendários aos lançamentos mais quentes, vale tudo, vamos listar os títulos que vão fazer você perder o fôlego, soltar risadas e, quem sabe, até derramar uma lágrima ou duas.
Então, afaste-se da realidade monótona, deixe seus problemas de lado e junte-se a nós nesta aventura animada! Esteja você procurando uma dose de ação explosiva, romance arrebatador ou comédias hilárias, temos algo para todos os gostos e idades.
Recomendação do Pedrão: Heartstopper
Já vou começar esse listão com uma recomedação dupla.
Heartstopper além de ser uma série em webtoon, ela tambem ganhou um adaptação em live action pela dona Netflix. Ou seja, se você começar pelo webtoon e gostar, você vai ter a série e se você gostar da série você vai ter o webtoon!
Quer algo melhor que isso?!
E para ser sincero, essa deve ser uma das melhores adaptações da Netflix. Para além da caracterização que está perfeita, os atores capturaram a essência de seus personagens da webtoon e entregam uma atuação acima da média.
E o webtoon tem os traços mais fofinho que já vi. É uma história que consegue ser gostosa de acompanhar e da aquele quentinho no coração, mas que ao mesmo tempo consegue ser séria e comovente ao mesmo tempo.
Mas, do que se trata Heartstopper?
Preciso confessar que Heartstopper não tem nada a ver comigo, pois se trata de um BL (Boys Love). Não que eu tenha problema com esse tipo de história, pelo contrário, tenho até mesmo dois artigos mais ou menos relacionados. O primeiro é incrível mangá “O marido do meu irmão” e o segundo é sobre o filme do Given.
Mas, é que no geral eu prefiro ação e ficção cientifica.
Enfim…
Heartstopper é uma série de webtoon escrita e ilustrada pela autora britânica Alice Oseman. A história gira em torno de dois personagens principais, Charlie Spring e Nick Nelson, que frequentam a mesma escola. A trama explora o desenvolvimento do relacionamento entre Charlie, um garoto abertamente gay, e Nick, um popular jogador de rugby que ainda está lidando com sua própria sexualidade.
Heartstopper é conhecido por abordar temas como amizade, amor, aceitação e descoberta de identidade sexual, oferecendo uma representação positiva de personagens LGBTQ+. A série ganhou popularidade na plataforma de webtoon e conquistou uma grande base de fãs devido ao seu enredo sensível, personagens cativantes e arte encantadora.
Recomendação da Helena: Rango
O que é isso, Helena, um filme? Exatamente. É algo muito raro de eu recomendar por aqui, mesmo quando estou nos meus momentos mais criativos. Eu recomendo muitos webtoons nos nossos listões, meu tipo favorito de mídia no momento.
Gosto muito de dar visibilidade aos gêneros que são considerados menos elitizados (como é o caso do romance), mas hoje eu queria trazer algo diferente. Rango é um filme de 2011, dirigido por Gore Verbinski (também diretor de Piratas do Caribe), no qual muita gente não botava fé.
Em 2011, eu tinha 11 anos. Hoje, eu tenho 22 (brevemente, 23). E com um empurrão do meu irmão, decidimos reassistir juntos ao filme que surpreendeu a comunidade de animação e até ganhou Oscar, mas que na época eu não tinha entendido muito bem.
Discutir sobre premiar animações é discutir sobre animação enquanto gênero em si. Animações são apenas um veículo infantilizado ou “menor” do que os demais filmes? Eu creio que não. E se você está aqui, neste artigo, em uma página que fala sobre animes e mangás, tenho 10 bilhões por cento de certeza de que você também não concorda com essa opinião.
Animação é arte. Também é, muitas vezes, veicular temas difíceis e complexos de maneira livre, inovadora e distinta da realidade. É sair de uma caixinha (do real) e ingressar em um mundo de infinitas possibilidades. Rango explora isso muito bem.
Uma história sobre um camaleão – no deserto
O camaleão interpretado por Johnny Depp vive a vida boa. Contudo, após um acidente de carro, o pequeno vai parar em um deserto nos EUA sem uma gota d’água sequer. De uma vida de conforto, Rango passa a viver uma vida de sobrevivência.
O pequeno camaleão tem uma personalidade irreverente e debochada, fingindo o tempo todo ser um grande herói. Essa personalidade faz com que ele se coloque nas piores situações possíveis (e também saia delas dos jeitos mais inusitados), tudo isso para conseguir água. Ao final do filme, eu estava até com sede (haha).
Uma animação sobre um lagarto que finge ser heroico poderia ser um filme só para crianças. Não há violência, nem piadas de baixo calão, tampouco linguagem inacessível. Mas aos meus onze anos eu fiquei intrigada em não ter entendido Rango. Hoje, eu o vi de uma forma completamente diferente.
Uma narração aventuresca que pode engajar algumas crianças se torna um questionamento filosófico do pequeno camaleão. Tão certo de quem era, frente a frente com a solitude e sua pequenez diante do universo, Rango irá mudar toda a sua vida.
Eu não vou de forma alguma dar spoilers aqui. Eu quero que você veja, e que sinta o mesmo que eu senti. Às vezes, precisamos dar uma nova chance ao que vimos antes, mas que não tínhamos maturidade o suficiente para compreender.
Ver animações é desprender-se da caixa da realidade, mas também é olhá-la de outro ponto, ou sair dela. Rango será, para as crianças, uma sedenta aventura; para os adultos, uma busca incessante e contemplativa pelo significado do “eu”.
Recomendação do Luiz: Hokuto no Ken (mangá)
Não sei bem por qual razão eu entrei em contato pela primeira vez com Hokuto no Ken, nem exatamente quando, mas em algum momento me vi assistindo ao anime junto de meu irmão e depois fui procurar pelo mangá para uma experiência ainda mais incrível.
Hokuto no Ken é uma obra com bastantes exageros e que gosto de chamar de o verdadeiro Shounenzão de porrada! Também o mangá que muita gente gosta de brincar que é o mais másculo de todos.
Acredito que posso culpar Dragon Ball por gostar de mangás com muita porrada, já que provavelmente foi a influencia desse título na minha infância que me fez gostar de Hokuto à primeira vista. Contudo foi a qualidade da história (ou do drama) que me fez continuar gostando.
Ironicamente ainda hoje muita gente já ouviu falar dele, talvez sem sequer saber seu nome, ou vocês vão dizer que nunca viram esse meme?
Tudo bem, já sabemos que tem pancadaria… mas é só isso?
O Punho da Estrela do Norte, na tradução, é um título clássico que quase remonta aos antigos filmes de artes marciais. Além de ser um dos shounens mais influentes da década de 80 com seu artista, Tetsuo Hara, sendo citado por mestres como Kentaro Miura (Berserk) e Hirohiko Araki (JoJo’s Bizarre Adventure), ele estabeleceu padrões que até hoje são vistos na indústria.
É claro que é um título que está longe da perfeição, mesmo assim possui um charme único e é inegavelmente bom. Ele claramente surgiu graças ao sucesso de filmes como Mad Max e os clássicos filmes de Bruce Lee.
Hokuto no Ken é um mangá de artes marciais que se passa num mundo devastado por uma enorme guerra nuclear. A história é recheada e ação e tragédias sobre grandiosos personagens cheios de coragem e ambições; e sobre valores e sentimentos humanos que facilmente se perdem.
Assim sendo, sua história acompanha os dramas do misterioso homem chamado Kenshiro, um exímio artista marcial, e das pessoas que ele conhece em suas viagens.
Se colocando contra a violência que agora domina o mundo, Kenshiro viaja pela terra desolada eliminando o mal e corrigindo enganos, enquanto busca por sua amada Yuria, utilizando seus poderes para ajudar os mais fracos e buscar pistas sobre seus irmãos.
Durante suas viagens ele se vê lutando contra antigos amigos, conhecendo pessoas que batalham dia após dia por um pouco de água e até mesmo alguns guerreiros que querem… lhe matar?
Enfim, o maior foco da história está nas impressões que Kenshiro causa nas pessoas, seja com sua personalidade ou suas ações, uma pessoa singular num mundo onde a compaixão e o amor parecem esquecidos.
Recomendação do André: Hometown Cha Cha Cha
Cara, virei dorameiro! Demorei muito tempo para entrar nesse mundo, mesmo tendo várias pessoas, o tempo todo, me dizendo que é bacana, e que eu certamente gostaria.
Bem, resolvi entrar. Comecei com Business Proposal, e me diverti muito. Porém, minha segunda experiência vem sendo Hometown Cha Cha Cha, e mesmo que ainda não o tenha finalizado (falta uns 2 epis), eu duvido que termine de uma forma que estrague tudo que assisti até agora.
Na história, acompanharemos uma dentista super patricinha que se muda para uma cidade do interior. Lá, ela abre uma clínica para tentar recomeçar a vida, mas ainda com viés de prosperidade, de ganhar grana.
Aos poucos, essa dentista vai se envolvendo com os moradores de lá e passa a entender e até apreciar a vida num ritmo mais lento, mais “interior”.
Porém, não seria dorama sem um par romântico, né!? Nessa mesma vila, ela conhece o chefe Hong, um “pau para toda obra” (sem duplo sentido, ok?). Ele é um faz tudo, e inclusive, parece ser bom em tudo! Tem um jeitão despojado, e passa longe de ser o clássico CEO de doramas e etc.
Divertido, bonitão e misterioso, ele começa a se interessar pela dentista e… bem, agora, só assistindo para saber para onde essa história vai.
Para aqueles que querem uma crítica mais completa antes de entrar na obra, podem conferir um texto da Helena aqui no site. Ela já destrinchou esse dorama!
Só vai! Confia.
Recomendação da Amanda: Space Sweepers
Vou sair do mundo dos doramas, especificamente, mas vou trazer algo da Coréia. Estou em uma aventura pelos filmes coreanos (e asiáticos de modo geral), para descobrir aqueles que são bons. Os meus critérios para a recomendação da vez foram: ser fácil de assistir, divertido e com bom desfecho.
Dentre os vários filmes que assisti, disponíveis na Netflix, eu coloco Space Sweepers. A história e os personagens me lembram muito o filme Guardiões da Galáxia, mas com suas próprias peculiaridades.
Por que assistir Space Sweepers?
O ano é 2092, o espaço está lotado de satélites flutuando e naves espaciais vazias. A galera do The Victory, uma nave espacial coletora de lixo, viaja através do espaço procurando por materiais que possam ser vendidos. O que te diferencia de qualquer outro coletor e te garante dinheiro? Sua velocidade, que o mantém à frente do restante – inclusive de outros países.
A história envolve o despovoamento da Terra, que se tornou inabitável, e as pessoas que estão sobrevivendo por e com pouco ao vasculharem o espaço em busca de materiais rentáveis para venda (sucata). Kim Tae Ho faz parte da tripulação do The Victory, comandado pela Capitã Jang, e eles acabam encontrando a pequena Dorothy em uma de suas travessias.
Dorothy é uma humanoide robô, um projeto secreto militar, tida como arma de destruição em massa. Para as pessoas que “a perderam“, não importa o preço que paguem desde que a tenham de volta e isso torna-se uma vantagem para os coletores de lixo que “a detém“.
Space Sweepers (ou Nova Ordem Espacial) é um filme mais acessível e que se assemelha a algo de bastante sucesso aqui no Ocidente. Embora o filme da Marvel seja voltado para a parte dos heróis, em Space Sweepers o foco está bem demarcado para o aspecto de “família”.
É um filme leve, divertido e emocionante que pode te aproximar um pouco mais das obras sul coreanas (meu propósito aqui). Mas, caso você queira algo diferente, eu tenho outras opções na minha lista de assistidos do MyDramaList, é só clicar aqui.
Recomendação do Jonatas: Mushoku Tensei: Isekai Ittara Honki Dasu
Por mais incrível que pareça, eu vou ser o primeiro nessa lista a recomendar um anime kkk. Na verdade, eu recomendao também o mangá e a novel de Mushoko, todas as mídias são boas então vale a pena conhecer a história em pelo menos uma delas que lhe deixar mais confortável.
Mushoku Tensei tem seus pontos controvérsios, cujos talvez façam com que eu corra o risco de ser degredado pelos outros redatores da cúpula, então o mínimo que eu possa fazer para amenizar a situação é alertar MUSHOKU TENSEI NÃO É UMA OBRA PARA TODO MUNDO, e tem alguns pontos que eu não vou entrar em detalhes que podem causar até desconforto em algumas pessoas.
Mas como meu objetivo aqui é convencer vocês, que essa obra é boa, eu vou focar só nos lados positos, que diga-se de passagem são muitos, que me fazem amar essa obra com paixão.
Sobre o que é Musho Tensei e por quê é tão especial?
A história acompanha Rudeus, ou pelo menos esse é o nome do protagonista depois de reencarnar (é, é um isekai mas CALMA, não para por aqui, esse aqui é diferenciado), seguimos ele desde literalmente o seu nascimento e vamos acompanhando ele crescendo, conhecendo e explorando o mundo onde foi parar.
A obra não tem pressa para contar sobre a vida de Rudeus, na primeira temporada inteira ele mal chegou na sua adolescência. Nessa estrada da vida, conhecemos inúmeros personagens, e aí que entra algo fantástico em Mushoku: Todos os personagens importam para a história, todos tem personalidade, a obra nunca deixa de te dar os detalhes sobre cada um.
Mushoku é de longe a obra mais consistente que eu já assisti na vida
Tudo se conecta. Ela te apresenta um personagens hoje que vai aparecer daqui anos (na vida do protagonista) para ser fundamental para algum objetivo momentâneo ou só para falar “olha que legal o autor não esqueceu que eu existo”, os cenários vão mudando acompanhando a passagem do tempo e os detalhes são nitidos.
A produção se esforça para entregar a melhor qualidade possível, todas as cenas são impecáveis, cena de comédia, de ação, drama, TODAS são feitas com cuidado e carinho, vou deixar um exemplo de uma cena de batalha:
Vou falar só mais uma coisa para não tornar minha recomendação nessa lista uma crítica, o Worldbuilding de Mushoku é fenomenal. A magia nesse mundo e como ela funciona é explicado, outros idiomas ficticios não foram feitos só com palavras aleatórias, foi realmente criado algo com padrões, na época que saia a primeira temporada, até aconteceu de fãs tentarem decifrar.
Conforme o protagonista se desloca de cidade para cidade, a nova cidade é bem diferente da anterior, cada uma com suas arquiteturas caracteristicas. As Dungeons são sempre diferentes, os monstros também e quando por um acaso ele volta para uma cidade anterior, alguns detalhes estão diferentes e isso pra mim faz muita diferença em qualquer obra.
Tipo, olha isso mano, essas são personagens que aparecem no fundo em 2 episódios, o protagonista nem fala com elas, deve ter uns 2 segundos de tela cada um e olha os detalhes mínimos no fundo, o vaso perdeu coloração porque ficou mais velho, o bebê nasceu, até o mato tá diferente.
Enfim, para finalizar eu reforço, vale a pena conhecer Mushoku tensei em pelo menos uma das mídias, você não vai se arrepender.
Finalizando mais uma lista de recomendações da Cúpula do Trovão…
É claro que nem todos concordamos com as recomendações dos outros. Isso vale tanto para você concordar com as nossas sobre “o que é bom”, quanto para nossos autores entre si. Em outras palavras, o que é bom para um autor aqui, pode não ser para o outro, e o mesmo vale para você, leitor.
Entretanto, nossa mais pura intenção foi trazer um conjunto de obras que, após nossas breves explicações, você entenda se é para você. Se for, você vai gostar!
Abração, e até o próximo listão! Adiós!
