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Análise

Given o Filme (Given the Movie) é bom? Vale a pena ver? | Crítica

Given o filme é bom, mas menos mágico que o anime
10 minutos para a leitura

Finalmente, depois de um “longo inverno”, o filme de Given chega ao Brasil por meio da plataforma da Crunchyroll. Falo isso pois o hype para assistir a esse filme estava -2 de tanto que esperei para vê-lo.

Contudo, talvez, essa espera de quase um ano para ter acesso ao filme tenha sido benéfica, porque inegavelmente as expectativas ficaram mais baixas do que na época pós anime.

A questão é: será que essa espera foi recompensada? Será que Given the Movie é realmente bom?

  • Estúdio: Lerche
  • Data de lançamento: 22 de Agosto de 2020 (Japão)
  • Gêneros: Drama, Musica, Romance, Shounen Ai, Slice of Life
  • Direção: Hikaru Yamaguchi
  • Duração: 59 min

Antes de entrar no texto propriamente dito, devo dizer que é bom, mas não chega perto do que foi o anime. Ainda mais pelo fato que o filme possui apenas 59 minutos. Ou seja, está mais para uma OVA que um filme.

Caso você caiu de paraquedas aqui nesse texto e não faz ideia do que seja Given, da uma olhada na análise que o @andre-uggioni fez sobre. Foi por meio dela, inclusive, que eu cheguei em Given, e, sinceramente, teria sido bem difícil eu assistir a esse anime se não fosse por essa recomendação.

Mas, chega de papo, vamos ao que interessa.

Sinopse do filme de given

“Ao ouvir o canto de Mafuyu SatoRitsuka Uenoyama fica sem chão e decide convidá-lo para fazer parte de sua banda, composta por seus colegas Haruki Nakayama e Akihiko Kaji. Agora batizada de “Given”, o primeiro show da banda é um grande sucesso. Emocionado, Ritsuka percebe o que sente por Mafuyu e se declara pra ele, tornando-se seu namorado. Enquanto isso, Haruki ama Akihiko em segredo há muitos anos, mas este está em um complicado relacionamento com seu colega de quarto, o violinista Ugetsu Murata. O triângulo amoroso de Haruki, Akihiko e Ugetsu vai entrar em rota de colisão na tela dos cinemas.”

O filme de Given não é mais uma história do Mafuyu, pois insere novas camadas aos personagens Haruki (baixista) e Akihiko (baterista). E isso é um ponto muito assertivo no filme, afinal, com tantos personagens carismáticos, não tinha motivos para focar apenas em um.

O ponto negativo é que são apenas 59 minutos de desenvolvimento, e mesmo sendo bem feito, talvez desse para trabalhar um pouco melhor alguns aspectos.

Given the Movie é uma história mais madura

Os três protagonistas do filme do Given

Uma coisa é certa, esse filme é muito mais “adulto” que o anime de Given. E isso é bom, sendo que o anime se passa no colegial do Mafuyu, enquanto o filme é sobre adultos que estão na faculdade.

Talvez pelo sucesso do anime o autor sentiu uma maior liberdade em fazer aquilo que ele realmente queria, um legitimo relacionamento entre dois homens. Nada aqui é velado, são homens que se amam e demonstram esse afeto por meio de atitudes e carinhos.

Akihiko é a estrela do filme. Suas confusas emoções e sentimentos são o que movem a trama. Seu relacionamento com Ugetsu Murata é tortuoso, porém bastante compreensível e traz à tona dilemas que provavelmente alguns de nós já passamos.

Akihiko pegando os pedaços da xicára que o Uenoyama quebrou

Em paralelo, temos a dinâmica entre Akihiko e Haruki, que é mais “legitima”. Além do romance, existe o companheirismo e amizade, e é provavelmente por eles que você irá torcer.

Por tratar-se de uma abordagem mais “adulta”, o autor abusou um pouco dessa liberdade, pois tem uma cena em especifico, que mesmo tendo uma função narrativa, causa um certo incômodo.

Mas não falo incômodo por ser uma relação entre dois homens. O problema é que chega a ser quase um “hentai“, e sinceramente, não havia tanta necessidade. É muito mais interessante a sugestão, o imaginário, entendermos o que está acontecendo, do que ser algo gratuito.

Mas repito, teve função narrativa, e faz total sentido com o que a história pede, porém o autor poderia ter feito de uma forma mais… sutil.

Enquanto o anime foi sobre aceitação, o filme de Given é sobre amadurecimento; apesar de ter pontos singulares, o caminho que a história toma é diferente. Então, não é a “emulação” da primeira história do ponto de vista de outro personagem, culminando em arcos parecidos.

O arco do personagem, o clímax e a musica do filme de Given

Com certeza se você assistiu ou está querendo assistir o filme de Given, um dos motivos é a incrível música Fuyu no Hanashi e tudo o que ela representou naquele momento do anime.

Esse sem duvidas é um dos momentos mais poderosos e arrepiadores dos animes. Só quem assistiu sabe o que significa essa música.

Todo o sentimento de angústia, aflição, tristeza, melancolia, e amor eclodiram em uma música simples, mas extremamente poderosa. O mais incrível é que tudo isso é palpável. É extraordinário o que fizeram, pois realmente ficou uma música digna do momento.

Eu sou simplesmente apaixonado por esse momento!

E foi com esse peso nas costas que os idealizadores do filme de Given trabalharam. Afinal, será que seria possível criar algo tão mágico quanto o que foi no anime?

Realmente, era uma tarefa muito difícil, para não dizer impossível. Mas, devo dizer que eles quase conseguiram.

O filme do Given foi bom, mas poderia ter sido melhor

O arco dramático do Akihiko convergiu certinho para o clímax, muito similar ao que aconteceu com o Mafuyu, e foi tudo orgânico e bem construído.

Porém, a música deu uma pecada. Não por ela não ser boa, ela é muito boa, mas sim, pela falta de protagonismo do baterista. Aquele era um momento dele, porque foi exatamente ali, naquele minuto, palco e música que ele sentiu seu corpo arrepiar da mesma forma que ele se arrepiou quando se apaixonou pela música.

Estava tudo muito “mágico”, menos a bateria. Claro, estava bem legal, mas acho que faltou ele dar uma “pirada” na bateria e tocar com mais entusiasmo, não que não estava, mas extravasar tudo aquilo que ele estava sentindo. Assim como foi com o Mafuyu na primeira música.

Ele poderia ter improvisado um solo de bateria, ou colocado mais energia, surpreendido seus colegas de banda, jogado a baqueta no palco, sei lá… faltou algo para mostrar que aquele, era um momento dele.

Para mim, ficou parecendo um momento dividido entre o Mafuyu e o Akihiko, o que não é bom, já que o filme é do baterista.

Poderia ter sido algo como “Whiplash Em Busca da Perfeição”, mas claro, devido às proporções, os estilos são completamente diferentes; mas o cerne do sentimento que os filmes querem passar são similares.

Mas, de qualquer forma foi bem legal. Talvez a expectativa tenha dado uma “quebrada” no resultado final.

Finalizando a critica ao filme de Given

Given the Movie é bom, fazendo jus ao seu antecessor. Mas poderia ter sido um pouquinho melhor.

Se você é fã de Given, definitivamente vale a pena assistir.

Vale ressaltar, contudo, que a qualidade da animação deu uma caída no filme, tem muita cena estática e pouca fluidez nos movimentos. Mas nada que comprometa o entretenimento.

Porém, animação da música principal está bem legal. Acho até que teve rotoscopia no movimento do Akihiko. Ficou beeeeem fidedigno aos movimentos de um baterista.

Akihiko tocando bateria Given o Filme

Mesmo essa história sendo um pouco mais pesada que a do anime, a conclusão de Given The Movie é reconfortante e crível e com certeza vai te deixar um pouco mais feliz.

Akihiko se declarando

Vale ressaltar que tem uma cena pós-créditos que é bem bacaninha. Vale a pena dar uma conferida.

E aí, gostaram do filme do Given? Valeu a espera tenebrosa que tivemos aqui no Brasil, ou poderia ter sido mais legal?

Deixa aí nos comentários sua opinião sobre.

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Escrito por

Pedro Bernardes

Profissional de Educação Física

Cult | Atleta | Leitor compulsivo

Belo Horizonte - MG

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