Oi! Desculpa a falta dos listões, gente. As RegrasDe3 juntamente com o Guia da Temporada realmente consomem muito da gente, então acabou ficando difícil fazer listão no mês passado (e talvez no outro também?). Outra coisa que tomou bastante tempo foi o lançamento da nossa campanha de apoio coletivo lá no Catarse. Inclusive, se você curte nosso conteúdo e deseja ajudar nossa tempestade ficar cada vez maior, dá uma passada por lá e considere apoiar.
Mas, enfim! Cá estamos nós com mais uma listão de recomendações da Cúpula do Trovão! Dessa vez, sem tema. Ou seja, você pode encontrar qualquer tipo de coisa sendo recomendada aqui pelo nosso time editorial.
Recomendação do Welerson: Dragon Ball (mangá)
Eu sei. Em pleno século 21 e alguém recomendando Dragon Ball?! De fato parece um tanto absurdo, mas talvez possa fazer algum sentido.
Então, antes de qualquer parecer opositor a esta indicação, continue lendo. Sendo Dragon Ball um mangá da década de 80, muitas coisas ali presente são consideradas impróprias nos dias de hoje.
Sendo mais atual possível com o linguajar, seria uma obra facilmente cancelada. Mas isto, claro, usando do anacronismo, que seria uma forma de julgar a obra de tantos anos atrás pelos parâmetros atuais.
Contudo, acredito que eram piadas ou determinadas atitudes que eram taxadas como engraçadas para a época. E de fato algumas são, conseguindo arrancar boas gargalhadas. Literalmente.
Dragon Ball acabou tornando-se uma espécie de história que todos conhecem porque passava na TV Globinho todas as manhãs. Porém, nem todos, quiçá, conhecem verdadeiramente os pormenores.
Por exemplo, eu mesmo só tinha ciência do Goku Super Saiyajin, da luta infindável contra Freeza, onde Namekusei iria explodir, mas nunca chegava essa explosão e cenas com o gigante Majin Boo.
Dragon Ball tem muitas outras coisas. Principalmente no começo da obra. Como ainda estou em processo de leitura da parte clássica e nunca havia pegado de fato o mangá para ler (ou o anime para assistir), é uma surpresa a cada novo volume.
Então, momentos como o primeiro Kamehameha, a primeira aparição de Shenlong, o crescimento de Goku e outros tantos acontecimentos notórios acabam tendo um impacto deveras significativo.
Acredito que nem todos acompanharam a história do poderoso Saiyajin por completo. Logo, mesmo sendo um mangá antigo, acaba sendo uma experiência agradável por demais.
A coexistência da nostalgia e do ineditismo
Como supracitado, Dragon Ball não é nenhuma novidade no mundo otaku. Mas, há algo muito emocionante, principalmente para aqueles que, como eu, nunca chegaram a fechar a história. E isto se trata das primeiras aparições de personagens significativos. Também, a construção das amizades e todas as intempéries que foram superadas.
Ao mesmo tempo, enquanto vemos personagens, habilidades e outras coisas mais já conhecidas, também somos apresentados a momentos novos que não chegamos a presenciar. E, particularmente, eu sempre fico estarrecido em ver o quão gigante Dragon Ball é. E em também como existem partes que as pessoas, que nunca entraram de cabeça na história, não tem noção.
A propósito, você sabe em qual momento foi a primeira aparição de Shenlong na história e qual foi o primeiro pedido concedido? Esse é um daqueles momentos clássicos de como Dragon Ball conseguia passar uma comédia idiotona. Mas acaba funcionando.
Simplesmente, Dragon Ball
Em síntese, leia Dragon Ball. Ou assista. Como sou mais adepto a mangás, estou acompanhando pelo material impresso. A questão primordial aqui é trazer à tona a ideia de que Dragon Ball possui muitos pontos interessantes e desconhecidos, mesmo sendo antigo. E que vale muito a pena conhecer esta obra a fundo.
Claramente, reiterando, estou partindo do pressuposto que nem TODOS conhecem verdadeiramente esta história em seu começo. Para esses é que vai esta recomendação. Então, não perca mais tempo. Pegue sua nuvem voadora e leia já Dragon Ball.
Recomendação do Pedrão: Blue Lock (mangá)
Vou começar essa minha recomendação falando um fato: Nós aqui da Cúpula damos sempre as recomendações “quentes” e que não demoram muito para virar anime.
Na finada página do Facebook, o Diegão recomendou Chainsaw Man, em uma época que pouco se falava dessa obra.
Eu também já falei sobre Shuumatsu no Valkyrie (Record of Ragnarok), que já está na Netflix, e Blue Lock que recentemente já ganhou um trailer de anime.
Talvez essa recomendação tenha passado despercebido por alguns, então quero reiterar ela nesse listão.
Blue Lock é um mangá lançado no ano de 2018 escrito por Muneyuki Kaneshiro (Jagaaaaaan) e ilustrado por Yuusuke Nomura.
A história gira em torno da Associação de Futebol Japonesa que decide contratar um treinador muito doido enigmático e excêntrico, para conquistar a Copa do Mundo.
Acreditando que o que falta para os jogadores japoneses é a cede de gol e o individualismo. O treinador da início ao projeto Blue Lock, no qual 300 atacantes talentosos entrarão e apenas um sairá como o artilheiro da seleção nacional. Todos os perdedores serão banidos e nunca mais poderão jogar futebol pelo time do Japão.
Resumindo a sinopse…
Sim! é um Battle Royale de futebol. E você ai achando que já tinha visto BR de tudo…
A primeira vista parece que é algo que não daria certo. E de fato essa ideia não daria certo se fosse feita por qualquer pessoa. Porém, Muneyuki Kaneshiro da o tom certo para esse mangá, ao abraçar o famigerado shounen, a fantasia e poderes absurdos.
Em nenhum momento a história quer ser um mangá de futebol. Pelo contrário, é um manga com super poderes que utiliza o elemento futebol para ser a base da história, mas que de futebol só tem a bola.
Mas, se isso não for o suficiente para você dar uma chance para Blue Lock. Então da uma olhada na arte desse mangá que tem uma arte muito estilosa e única.
Blue Lock é aquele shounen diferentão, com uma arte muito acima da média e uma história bem criativa. É o manga perfeito para se ler em momentos que você só quer se divertir e espairecer a cabeça.
Então, confia na gente aqui da Cúpula do Trovão e vai lá dar uma chance para essa história que é 10/10.
Recomendação do Diegão: Omniscient Reader’s Viewpoint (webtoon)
Sim, o título é complicadissimo pra quem não manja de inglês, mas você pode traduzir como “O Ponto de vista do leitor onisciente“, ou simplesmente: 4ª parede.
Esse webtoon conta a história de Kim Dokja, um homem simples e introvertido que se diverte lendo uma novel chamada 3 maneiras de sobreviver a um mundo arruinado.
Além disso, a novel se encerra no começo da obra com a seguinte mensagem: “…uma coisa é certa: você que está lendo isso irá sobreviver”.
Ele como acaba recebendo um e-mail do autor o agradecendo por acompanhar todos esses anos. Ainda oferece um presente, afirmando que será muito útil.
Posteriormente começa o Apocalipse na Coreia e nosso pacato protagonista entende o que precisa ser feito já que ele leu o futuro inteiro. Tudo isso sendo administrado por entidades sobrenaturais que apresentam as etapas, os diabretes, em um grande reality show visto por milhões de seres de poder imensurável, as constelações.
Tá Diegão, então é mais um returner genérico?
A resposta para essa questão é não, pois apesar de saber o que vai acontecer ele não é overpower e sofre para conseguir completar as missões.
E de acordo com o desenrolar da história ele descobre que não é o único que sabe sobre o futuro e mesmo que saiba as próximas etapas, então não há como prever o que vai acontecer com exatidão.
Tenho que mencionar o fato de que ele não é o protagonista, e o mesmo aparece também na história, contribuindo mais para todo o caos que já está bem grande e tendo umas interações muito legais com o nosso leitor.
Enfim, recomendo essa leitura leve pra quem está procurando iniciar nos webtoons e procura algo legal nas não muito complexo.
Recomendação da Amanda: Link Click (donghua)
Se você ainda não assistiu nenhum donghua, essa é a tua MELHOR chance. É bem provável que você nem ouviu falar de Link Click (Shiguang Dailiren), mas você não pode deixar de assistir, sério.
Imagina ter o poder de voltar no tempo através de fotografias e, de vez em quando, ajudar a resolver crimes com a polícia.
Bom, Link Click é isso aí, e você acompanha as aventuras do trio Cheng Xiaoshi, Lu Guang e a senhoria deles Qiao Ling.
Desde o primeiro episódio o donghua te cativa, e você fica querendo saber mais sobre esse estranho poder que Cheng e Lu Guang usam em combinação.
É claro que alterar coisas do passado altera o futuro, então cada missão precisa de uma execução perfeita, com o mínimo de alteração (e se possível, nenhuma!).
Porém, é claro que alguém acaba por fazer algo que modifica as coisas.
Ao assistir você se encontra questionando as três regras simples e diretas que Lu Guang estabeleceu para as viagens no tempo. Primeiro, são apenas 12 horas para permanecer “dentro” da foto no passado, segundo Cheng deve seguir as ordens de Lu Guang e não alterar nada. Por último, e mais importante, não importa se é passado ou futuro, apenas deixe como está (como já foi ou como será).
Em tradução literal do chinês, o nome do donghua significa Agentes do Tempo, mas algumas coisas não ficam muito claras e específicas sobre isso.
Então, explicando melhor sobre os poderes combinados, Lu Guang é quem consegue olhar uma foto e saber o que aconteceu em um raio de 1 quilômetro do local onde a foto foi tirada e Cheng Xiaoshi é quem consegue entrar na fotografia e voltar ao momento exato em que alguém deu o click.
É reviravolta atrás de reviravolta, sem parar e sem erros
Link Click é impecável em manter o suspense até o último episódio, e para constar são apenas 11. A resolução de crimes que a polícia não foi capaz de resolver, a iniciação de um jogo entre os protagonistas e o vilão, a onda de eventos que se modificam…
O donghua joga com você e te pega sempre de guarda baixa, você nunca está pronto pro que vai acontecer. É eletrizante de acompanhar como as coisas se desenvolvem, e melhor ainda como que estão conectadas umas as outras.
E além de tudo, temos uma trilha sonora que se alinhou bem com a animação. Vou deixar a abertura do donghua, para você tirar suas próprias conclusões:
É tudo perfeito! Link Click é uma jóia escondida no meio de todas as animações, então não perde essa chance de assistir. Depois que você assistir, me conta aqui suas teorias (porque ao final, elas existirão).
Recomendação do André: Odd Taxi (anime)
Cedo ou tarde eu passaria aqui para recomendar essa belezinha para vocês. Afinal, facilmente Odd Taxi estará concorrendo à anime do ano (teremos PROBLEMAS se ele não aparecer no Cúpula Awards).
Nessa história você acompanhará a morsa Odokawa em sua vida pacífica e monótona de taxista.
E só.
E bem, ele adoraria que fosse isso, porém pessoas inesperadas começam a pegar seu taxi. Então, uma série de acontecimentos inacreditáveis (e maravilhosamente roteirizados) começam à acontecer com ele.
Ao assistir, você precisa passar do episódio 4, porque é ali que engrena de verdade. Todo episódio apresenta novos mistérios, ao mesmo tempo que traz novos personagens, mas nem por isso deixa de trabalhar os já existentes.
Odd Taxi entrega uma trama simples, porém que é conduzida de maneira espetacular. Tudo é amarrado. Tudo te prende. Você absolutamente não conseguirá parar de assistir uma vez que chegue, pelo menos, na metade do anime.
Eu mesmo caí nessa. Achei que poderia ver aos pouquinhos, mas, infelizmente, resolvi assistir a noite logo antes de dormir. Entretanto, devido à hora, só pude ver 4 episódios seguidos… Eu precisava trabalhar no outro dia, afinal. Lembro que fiquei o seguinte dia inteiro louco para chegar em casa e assistir. Faziam anos que não acontecia algo parecido comigo relacionado à um anime.
Ainda sou bastante grato ao pessoal do Animes Overdrive por ter me convidado para gravar sobre Odd Taxi, porque sinceramente, se não fosse por eles eu provavelmente ainda não teria assistido. Até o Narrador, do Narrativando, já falou bastante bem do anime no Twitter.
Faça esse favor para si mesmo. Confia no pai, assiste Odd Taxi e depois me conta como foi.
Recomendação do Luiz: Kokou no Hito (mangá)
Kokou no Hito, ou literalmente O Alpinista, é mais um da minha lista de Seinen e Dramas a serem recomendados. Além de que é um sports manga extremamente profundo.
Na verdade foi uma leitura bastante recente, mas já é de grande valor para minha pessoa, pois acabei me identificando muito com o protagonista em alguns momentos.
O mangá foi escrito e ilustrado por Shinichi Sakamoto, com ajuda de Yoshiro Nabeda. Ele baseou Kokou no Hito no romance de mesmo nome, escrito por Jiro Nitta, que conta a história do alpinista japonês Katou Buntarou, que escalou montanhas entre as décadas de 1920 e 1930.
A história é bastante densa, mostra bastante das dificuldades enfrentadas pelos alpinistas, e o quanto a vida humana é frágil perante a natureza. Dito isso, a obra é uma longa jornada de aprendizado e autoconhecimento, pela vida solitária de uma pessoa extremamente introvertida, que finalmente encontra algo que a define e lhe dá sentido.
Uma escalada de sentimentos
Nosso protagonista, Mori Buntarou, é uma pessoa quieta que sempre teve certeza que era melhor estar sozinho, pois todo mundo sempre jogou na sua cara que as coisas que davam errado à sua volta eram sua culpa. E assim, com dificuldades de dizer o que pensa, se isola várias vezes.
Naturalmente, acaba se apaixonando por alpinismo enquanto encorajado por seu professor Oonishi Masao, um alpinista conhecido nacionalmente que acaba encantado pela aptidão de Mori para a escalada, mas também preocupado com sua tendência à solidão.
Com o tempo Mori se joga na sua nova paixão, para fugir do mundo e sentir-se vivo, e decide que quer ir sozinho até o fim. Mesmo se as outras pessoas não consigam entender suas realizações, ele vai escalando rochas cada vez mais altas.
Sempre dedicando corpo e alma ao montanhismo. Por fim, Mori se vê na vontade de desafiar a “Montanha n°1”, a K2 nos Himalaias, conhecida como a montanha mais perigosa do mundo. Mas… Será que ele consegue chegar lá sozinho?
Os traços de Shinichi são incríveis, passando muito bem os sentimentos dos personagens, e trazendo quadros cheios de ação e cenários deslumbrantes. Também momentos memoráveis e filosóficos, os quais ilustram muito bem a mente de Mori.
O autor trabalha muito a cabeça do protagonista, utilizando da imaginação dele, suas memórias e o desenvolvimento de relacionamentos para mostrar suas cores. Isso fica visível conforme a história avança e ele se torna um alpinista profissional, tanto em suas escaladas solo como nas poucas entre companheiros. Até o momento onde ele entende o que seu professor queria lhe ensinar lá no ensino médio.
Foi uma das leituras mais contemplativas que fiz nos últimos tempos, que vai além do que consigo expressar nesta pequena recomendação. Espero que gostem!
Finalizando mais um listão de recomendações da Cúpula do Trovão!
E esse foi o sexto listão de recomendações mensais aqui da Cúpula! Pedimos perdão por não estarmos conseguindo fazer ele todo mês, mas é aquela coisa né, a vida nem sempre colabora.
PORÉM, dessa vez colaborou legal, e fala sério, essas recomendações estão boas demais. Todas bem embasadas, e a maioria eu aposto que você nem conhecia!
Comenta ai em baixo qual dessas obras entrou para sua lista de “vou assistir” ou “vou ler”.