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Análise

Summer Time Rendering é bom? Vale a pena assistir o anime? | Crítica

Summer Time Rendering é uma obra sem alma
25 minutos para leitura

Primeiramente, como dita minha tradição, início esse artigo dizendo que, em minha opinião ao qual apresentarei argumentos para reforçá-la, Summer Time Rendering é uma perda de tempo! Sim, mesmo que tenha sido uma de nossas escolhas trovejantes…

Acho muitíssimo estranho que esse anime vem fazendo sucesso nessa temporada. Até mesmo entre a reitoria da Cúpula que, em nosso grupo de bate-papo, descobri que sou um dos poucos dos quais assistiram mas não gostou do anime…

Mais do que isso, Summer Time Rendering vem sendo constantemente comparado a Re:Zero de uma forma que ressaltam Summer Time acerta em todos os aspectos ao qual seu rival errou.

Mas para mim o anime é isso aqui:

Para mim, esse anime tem a mesma proposta que esse X-Tudão de cima.

O chapeiro coloca todos os ingredientes que ele tem disponível em seu estoque com a ideia de “Se isso é gostoso, vai ficar bom no lanche” e entrega para o seu cliente uma experiência que, a princípio, parece deliciosa. Mas que se quer tem um sabor definido.

Sem mais enrolações, vamos para a crítica.

Ah, avisando que vai ter SPOILER.

Capa do anime Summer time Rendering
  • Gênero: Mistério, Sobrenatural, Suspense (É o que o My Aanime List diz…)
  • Estúdio: OLM (Komi-san, Odd Taxi)
  • Diretor: Watanabe Ayumu (Komi-San Temporada 2)
  • Material: Mangá
  • Onde assistir: Disney+

Enredo de Summer Time Rendering

Protagonistas juntos

A história se passa em uma ilha que convive com um passado terrível e histórias de terror de criaturas chamadas “sombras”. Esses seres são apresentados como uma espécie de Youkai que copia um indivíduo e o mata para roubar sua identidade.

Ajiro Shinpei regressa para a ilha para participar do funeral de sua irmã adotiva, Kofune Ushio, alguns eventos relacionados às sombras o levam a morrer pela primeira vez e ele descobre ter o poder de voltar ao tempo sempre algumas horas após o retorno anterior.

Além disso, Shinpei se depara com uma sobra de Ushio que não é como às outras que são controladas por uma entidade chamada “A Mãe”. Ushio é mais poderosa, tem habilidades especiais e aparentemente é a chave para derrotar o grande vilão dessa obra.

Summer Time Rendering tenta agradar todos os públicos

Primeiramente, vamos comentar um pouco dos gêneros apresentados nessa obra que foram o motivo de eu começar a assistir Summer Time Rendering: Mistério, Sobrenatural, Suspense.

O mistério é muito superficial e nos momentos que ele deveria ser o ponto mais importante da trama ele é explicado imediatamente ou pelo protagonista ou pelo vilão. Às vezes com analogias que não fazem muito sentido.

Sério, ele não refletiu nem por meio segundo para chegar nessa conclusão…

Mais do que isso, um dos maiores mistérios da obra, quem é o “quatro braços”, para mim foi quase uma piada. Sabem por quê?

Sigam esse raciocínio:

Quem é o personagem da obra que o protagonista, apesar de querer muito, não conseguiu interagir?

Quem que, durante a dia do festival, foi o único a não aparecer dentre os personagens mostrados quando a Haine se revelou?

Alguns personagens mostrados

Dentre todas às pessoas da ilha, qual seria a que tem maior conhecimento de criaturas sobrenaturais e toda essa cultura envolta delas?

No entanto, mistério nem a engrenagem que faz a obra girar. Afinal, ele é abandonado logo após o início do segundo arco.

E os outros gêneros…

Falando em sobrenatural, é okay para uma obra que fala de criaturas “místicas”. Afinal, tudo que não faz parte da nossa realidade é, de certa forma, sobrenatural. Porém, esse gênero é colocado em check por causa de um detalhe:

Explicação da origem de Haine

Hieruko é um uma entidade mística? Uma criatura espacial? Aparentemente o autor não se decidiu e criou um ser que parece ter saído do conto mais soft de H.P Lovecraft.

Essa incerteza é potencializada caso você veja descrição da Disney+ que classificou a obra como “Ficção Cientifica“.

Veja bem: Se tem explicação cientifica, deixa de se sobrenatural pelo menos na ótica de seres místicos como apresentado na obra. Esse assunto eu irei abordar lá para frente.

Por fim, falo aqui da ausência de suspense. Não irei negar que fiquei apreensivo nos primeiros oito episódios da obra. Porém, mesmo com o clima de tensão, às piadinhas colocadas em momentos errados desfazem completamente esse clima. Assim como disse anteriormente, o autor (diretor também) não soube se decidir como a obra iria seguir. E novamente, esse gênero é completamente abandonado à medida que o anime progride.

Para mim, esse vídeo do Gaveta explica bastante o que o diretor errou nessa parte do suspense.

Como eu classificaria Summer Time Rendering

Como resultado desse gradual abandono dos elementos iniciais que compunham a obra, tudo que me atraiu nessa obra foi deixado de lado no meio do caminho. Se nem um desses gêneros é o majoritário de Summer Time Rendering, eles não deveriam ser citados.

Sendo assim, em minha opinião, essa obra deveria ser Ação, Sobrenatural, Comédia. Temos boas pitadas de cada um deles em todo o momento do anime.

Contudo, essa mistura de 7 ou 8 gêneros que não conversam entre si e um acaba atrapalhando um ao outro faz parte da analogia do “X-Tudão”. O autor colocou tudo que ele julgou ser bom na obra esperando atrair a maior variedade de público.

Por exemplo, tente encontrar outro fã da obra e pergunte a ele três coisas que mais gostou do anime. Provavelmente ele terá gostado de pontos diferentes dos seus.

O núcleo genérico de Summer Time Rendering

Antes de mais nada, devo ressaltar que não há nada de errado em ter inspiração ou “pegar emprestado” o design e personalidade de algum personagem já famosos. Porém, fazer isso com os três personagens principais!? Essa escolha minuciosa é claramente para atingir um nicho de fans.

Comparação de visual dos protagonistas de Isekai

Começamos pelo protagonista edge do Kiritoverso. A maioria deles tem conhecimento prévio do que está por vir. Em Summer Time Rendering, Shinpei é superfã da Hizuru que menciona às criaturas da ilha em seu livro. Além de possuir um raciocínio que sempre direciona a conclusão correta do que está acontecendo.

Além disso, a evolução desse tipo de personagem é quase sempre questionável. Hizuru é claramente mais experiente que o protagonista quando se trata de derrotar às sombras. Porém, graças ao poder de Shinpei e de seu “carisma”, ele vira o líder do grupo, toma às rédeas e se torna um estrategista especialista em caçar sombras.

Comparação de visual dos protagonistas de Isekai 2

Enquanto temos o Kiritoverso, temos também nossa Saberverso (ou popularmente chamada de Saberface). Garota loira que se veste de azul e que sempre é uma máquina de guerra, frequentemente a parceira do protagonista e quase sempre energética e animada.

É questionável que Ushio tenha a pele tão clara morando numa ilha. Se ela fosse uma personagem reclusa, até daria um desconto. Mas esse não é o caso.

Comparação de visual dos protagonistas de Isekai 3

Por fim, temos a nova paixão do oriente: Garota bronzeada/morena/pele escura (conhecida por lá como Dark Skin). É por isso que logo no começo, o autor coloca uns ecchi gratuito da Mio para passar na tela.

E falando da Mio…

Mio é uma personagem quase descartável nessa trama. Sua participação se resuma a “Donzela em Perigo” e fazer parte de um triangulo amoroso.

Personagem Mio segurando uma faca
A cara de “eu matei uma pessoa, senpai (〃ω〃)”

Para compensar isso, o autor de Summer Time colocou uma sobra dela para fazer cosplay de Yandere (sem a parte do amor doentio) para que ela possa aparecer mais em cena. Cheguei a pensar que isso seria relevante de alguma forma para o anime como “mostrando a verdadeira natureza da pessoa”.

Além disso, Mio só está andando com o grupo do protagonista porque, por algum motivo, metade do elenco tem algum interesse nela. O vilão, por exemplo, não vê nem uma outra forma de provocar o Shinpei que não seja ameaçando a Mio. Ele poderia, sei lá, ir atrás do pai dela, Alan, só para variar.

Summer Time Rendering flerta com um tema “pseudo isekai”

Antes de mais nada, quero que você leia esse diálogo totalmente sem nexo do vilão que acontece no EP 05.

Vilão de Summer time Rendering
Absolutamente ninguém te perguntou…

Vamos lá

O protagonista da obra está regressando para a ilha coincidentemente junto com uma especialista em matar sombras que, por uma grande coincidência, Shinpei é um baita fã. Ambos não dizem muito do que estavam fazendo fora dessa ilha como se o passado deles não existisse e ambos saíram da ilha sem uma explicação definida.

Às criaturas “tiram fotos” das pessoas, tem sons e efeitos de estática, se alimentam de “dados” e podem ser hackeadas. Além disso, às memórias dessas criaturas podem ser passadas para os humanos!

O protagonista às vezes entra em modo “terceira pessoa” e parece que tem outra personalidade julgando a suas ações.

Além de que a Disney+ Classifica a obra como Sci-fi e, a cereja do bolo, o vilão que é uma sombra começa a mandar uns papos de jogo simplesmente do nada.

Portanto, esse anime tinha tudo para ser um Isekai de jogo e, spoiler, não é. Isso tudo foi maquinação de minha cabeça tentando entender o que estava acontecendo.

Ah, Jão, esse papo de jogo é uma pista de que o vilão é uma pessoa viciada em jogos“.

A informação de que a tal pessoa é viciada em jogos foi dada literalmente no momento em que ela é desmascarada. Então, não. Aquele diálogo no momento do festival não é relevante.

Mas, para que tudo isso? Assim como tudo nessa obra, esse seria um ingrediente saboroso e não se decidiu entre fazer criaturas com algo com efeitos “orgânicos” para parecerem coisas do nosso mundo ou brincar com a ideia de que isso funcionava como um jogo. Talvez para simplificar às coisas e não ter o trabalho de explicar elas.

A simplificação do roteiro de Summer Time Rendering

Os dialogos de Summer Time Rendering são, em sua maioria, extremamente expositivos. Isso quer dizer que os personagens estão sempre explicando ou descrevendo o que está acontecendo na cena.

Há dezenas de exemplos negativos nesse anime. Por exemplo, de forma resumida, irei citar um deles: Protagonista tem a ideia de entrar dentro de uma sombra para “esconder sua presença” de Hieruko. O plano é bem-sucedido. No final, Shimpei sente a necessidade de dizer para Hieruko “Você não sabe de onde eu vim? Quer dizer que você não pode sentir minha presença dentro da sombra.”

Caramba. Você me mostrou que deu certo. Por que revelar seu trunfo ao inimigo?

O único exemplo positivo de Summer Time Rendering é sobre a origem da sombra da Ushio.

Se eu entendi direito, Ushio se originou do olho de Hieruko que se separou dela alguns anos antes. E essas informações estão separadas em vários episódios.

Não precisou o protagonista ter uma reflexão seguida de uma analogia boba para um personagem dizer “Isso explica do porquê Ushio ser diferente!”, “Oh! Isso explica do porquê você ser tão poderosa!” E outro dizer “É por isso que você consegue hackear às sombras” e por aí vai com os diálogos idiotas.

As cenas de “ação” de Summer Time Rendering

Uso excessivo de um elemento

Toda cena parece seguir à risca um script ditado pelo roteirista. Por exemplo: Vilão saca uma arma > Foco no rosto do vilão *ranhuras na tela*. > Foco no rosto de algum personagem espantado > Corte para o vilão > Vilão atira > Corte para personagem recebendo o tiro > Foco no rosto do personagem *efeito sonoro de dor*.

Essa falta de dinâmica durante a ação é extremamente cansativa e repetitiva. Nem um dos cortes é orgânico de modo que às coisas aconteçam naturalmente. Parece que tudo está acontecendo isoladamente como em um RPG de turnos.

Se você ainda não entendeu o que eu quis dizer, procure pelo Summer Time Rendering e veja você mesmo.

EP 13 – 12:00 minutos. Além desse problema de cortes, ranhuras e congelamentos de imagem, aproveitem para ver o “discurso do vilão que sente necessidade de explicar do porque está a um passo à frente do protagonista mesmo que isso acabe com toda a sua vantagem”.

O vilão não faz sentido!

Resumindo, Shide é um personagem raso, igual Summer Time Rendering.

Seja como for, o vilão da obra possuí tempo insuficiente de cena para desenvolver qualquer camada de personalidade e metade aos quais aparece é para dizer coisas sem sentido.

Acho que é por isso que Hizuru odeia tanto ele e diz que “às palavras dele são vazias”. Porém, se for isso mesmo, ficou muito mal desenvolvido.

Além disso, ouve um momento curioso em que Shide tem um diálogo com o protagonista e me solta essa frase, novamente, do nada:

Não tive tempo para odiar o vilão. Até porque o Shinpei fez essa cara de “quem tá segurando o cocô” logo em seguida.

Por outro lado, temos a “grande” motivação dele que, francamente, se fosse algo como “vivi demais, estou entediado” seria mais palatável.

Serei sincero em dizer que foi uma surpresa ele ter traído Hieruko e o desejo dela de criar um “paraíso artificial”. Eu não esperava por isso. Só que, pelo menos, esse era uma motivação boa para a história e tudo que estava acontecendo.

O motivo dele querer destruir o mundo é porque ele não acha justo não estar lá para ver ele acabar.

É isso.

O abandono de quase tudo que Summer Time Rendering construiu…

Por algum motivo todos querem a Mio

Primeiramente, quero falar da Mio.

Qual o motivo dessa atenção toda dada a ela desde os primeiros episódios até o episódio 24? Por que fazer parecer que ela é tão importante?

Essa frase acima é repetida pelo menos 9 vezes durante o anime e me fez acreditar que Mio tinha algo especial para a trama. Mas não. Ela só está ali para sustentar não apenas um, mas dois triângulos amorosos.

Como que em uma ilha com apenas 700 habitantes ninguém percebeu que o sacerdote não envelhece? Eu posso ter entendido isso errado pelo fato de ter 2 deles andando por aí e um definhando.

Por que Shide é uma pessoa amargurada?

De onde que veio o olho azul de Shinpei? Eu tive esperança de que Ushio mostraria isso.

Além disso, quem é aquela Ushio que aparece no portal do looping do ep 2 e 3 falando com o Shinpei?

Por falar em viagem no tempo, vejam essa cereja do bolo:

Trecho que reforça a importância de Hiruko

A grande resolução da história foi voltar 300 anos no passado e apagar a entidade, Hieruko, da existência.

Vamos lá.

O que será que acontece quando você deleta um ser que foi o responsável por salvar uma ilha da fome extrema e responsável pela criação de toda uma cultura base daqueles habitantes тактичні перчатки?

A resposta que a obra dá é NADA!

Eu vendo a conclusão de toda essa história

Às únicas pessoas afetadas nesses 300 anos de mudança foram aqueles que apareceram no anime.

Nem para fazer uma trama de viagem no tempo o autor se esforçou um pouco para ser minimamente coeso online casino österreich.

Para mim, era só eles voltarem para o momento anterior em que Hieruko mata o irmão de Hizuru e, sei lá, fazer um Scooby-doo que ficaria tudo certo online casinos schweiz. O fim seria praticamente o mesmo sem ter esse problema.

Finalizando minha enorme análise de Summer Time Rendering

Só vi maldade em tudo que o autor fez nessa obra diabólica e desalmada.

Como resultado da minha tentativa de resumir toda essa atrocidade, peço desculpas se eu não fui coeso durante a leitura мульти тул, pois eu perdi o foco várias vezes. E sim, esse é um resumo dos defeitos de Summer Time Rendering.

Por fim, ressalto que essa obra começa em nem um lugar e vai para lugar algum. Com tantos animes por aí, não vejo motivos para alguém assistir a Summer Time Rendering купить тактические перчатки. Nem rola beijo no final do anime. Se ele te chamou a atenção, é porque o autor o criou apenas para isso. Não para contar uma história.

Fiquem com essa capa extremamente chamativa que é apenas mais um de uma tonelada de elementos que chamam a atenção de qualquer expectador.

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Escrito por

João Bernardes

Escritor

Gamer | Mestre dos guias

Campo Grande - MS

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