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Análise

Entrevista com Jennifer Maurer, autora de “Ryota”, light novel brasileira

Entrevista com Jennifer Maurer, autora de “Ryota”, light novel brasileira
15 minutos para leitura

No final de agosto de 2019 a jovem e talentosa autora brasileira de light novels , Jennifer Maurer, entrou em contato com a Cúpula do Trovão, nos convidando a conhecer uma de suas obras: Ryota.

Ryota, de Jennifer Maurer, em cima da cama

Nas palavras da autora:

Ryota conta a vida de uma garota que tem o sonho de ser como um ícone histórico que nem todos apreciam, mas que, para ela, é seu maior objetivo. Na história, mesmo com suas raízes sujas e que atrapalham a trajetória de sua jornada, a protagonista tem em seu próprio nome à sua maior e melhor característica: persistir com energia e robustez.

Ainda, segundo ela, Ryota não tem um público específico, mas é recomendado para todos os fãs da cultura japonesa, de quem gosta de histórias com uma dose de comédia, romance e bastante ação.

“Ryota” trabalha com mistérios que serão revelados e solucionados devagar, até que todas as pontas se fechem por completo no último arco da história.

Confesso que devido a muitas complicações pessoais e profissionais acabou demorando um pouco para conseguirmos desenvolver o que gostaríamos com você, Jennifer. Entretanto, saiba que não foi descaso, foi realmente complicado. Mas, enfim, cá estamos!

Neste artigo especial da CDT a intenção é que você, leitor(a), consiga conhecer mais sobre “Ryota” e sobre a Jennifer também, para que, se cultivar interesse, possa adquirir o material para se deleitar em uma história shounen clássica e ainda incentivar a produção de conteúdo relacionado a cultura pop japonesa aqui no outro lado do mundo, no Brasil.

Não trarei nenhum tipo de análise ou coisas do tipo, pois, para isso, eu precisaria de tempo para reler o material para poder dar a atenção e o carinho que a Jennifer merece.

Conhecendo um pouco mais “Ryota”

1) Nos fale um pouco sobre a origem de “Ryota”. De onde vieram as principais inspirações e motivações para produzir a obra? Ainda, o que te levou a se tornar uma escritora. Será que foi, por exemplo, um parente, amigos ou um forte amor pela cultura?

Desde pequena eu sou apaixonada por leitura. Comecei lendo muitos gibis da Turma da Mônica e depois fui para os mangás, onde finalmente adentrei no mundo dos livros. Desta forma, Ryota teve várias inspirações, principalmente em animes que me marcaram muito.

2) Quais foram os materiais japoneses que mais inspiraram você para desenvolver a história de “Ryota”?

Naruto com certeza é a maior inspiração, e é o meu anime favorito. Além dele, outro que também teve muita influência durante a produção da história foi One Piece, assim como Boku no Hero e, recentemente, Kimetsu no Yaiba.

3) Shounen com protagonista mulher não é algo que vemos com frequência por aí. Ainda mais no Japão, pois, se pegarmos todas as obras shounen que mais fazem sucesso lá, a grande maioria é composta por protagonistas homens. O que te levou a fazer a escolha da protagonista da sua obra ser uma mulher, Jennifer?

“A minha primeira ideia para Ryota era um garoto mas, no momento que pensei sobre aquilo, mudei de ideia.

Existem pouquíssimos animes/mangás shounen com garotas como protagonistas, e, além disso, dificilmente elas são bem exploradas ou realmente fazem jus ao papel. O exemplo definitivo disso é a Lucy de Fairy Tail, que é a protagonista, mas todo o destaque é do Natsu.

Outra coisa que me inspirou bastante era a enorme variedade de coisas que eu poderia explorar com ela sendo uma menina, tanto que e é até uma das bases do enredo de Ryota.

4) Há algum tipo de profissional que te acompanha ao longo da produção? Tipo um editor ou conselheiro.

Não, toda a produção fica a meu critério. No entanto, recentemente, pedi ajuda de um amigo artista para a leitura do segundo volume de Ryota, e eu percebi que realmente estou precisando de um! Hahahahaha

5) Você faria algo diferente em “Ryota”? Por exemplo, se arrepende de alguma escolha narrativa ou de algum rumo que a história que a “Jennifer do passado” optou por escolher, mas que a Jennifer de hoje pensaria algo como “hoje, eu faria de outra maneira”?

Não é bem um arrependimento, mas é algo que me veio à mente logo depois do lançamento do primeiro volume; ele é bem curtinho. Talvez eu devesse ter dado um pouco mais de “volume” ao livro, mesmo ele sendo uma introdução da verdadeira história.

Acho que muitos dos arrependimentos de roteiro que queria mudar – e que definitivamente mudei – são os que seriam futuros plots importantes para a história, mas é algo que ainda estou trabalhando com cuidado.

6) Qual foi a maior dificuldade enfrentada durante a produção de Ryota?

A adaptação da escrita, sem dúvida. Trazer um formato mais leve e simples do meu estilo, além de conseguir descrever cenas que seriam melhores em um mangá ou anime foram os maiores desafios.

Ah! As lutas… Nooossa, como eu reescrevi a luta do Sasaki contra o Horia.  Manter o fluxo, com continuidade de cenas, movimentos visíveis e reais, além de apresentar os poderes de forma características de cada personagem… Só de lembrar das noites em branco já me arrepio Hahahahaha

Mas foram momentos que me fizeram aprender muito, e eu espero melhorar cada vez mais ao longo do tempo.

7) “Ryota” foi sua estreia no mundo como escritora ou você já trabalhou com alguma outra obra no passado?

Não foi. Ano passado lancei um romance de duzentas e tantas páginas. Eu o escrevi com doze anos, mas só lancei agora pouco. Hahahaha

 O título é “Destinos Traçados”, da editora Autografia.

8) Um pouco sobre a Jennifer. Quem é você, afinal? Nos fale sobre como chegou ao ponto de querer escrever uma novel!

Bom, não sei o que dizer sobre mim Hahahaha

Desde pequena sou apaixonada por animes. Comecei na Rede Tv assistindo Yugioh GX, Pokémon e Super Onze – que saudade!

Lia bem menos do que agora, e foi só em meados de 2015-2016 que adentrei e me apaixonei pela leitura. Escrevi as famigeradas “fanfics”, mas não tinha experiência nem estilo próprio, então estava sempre me apoiando nos autores que gostava. Foi só quando escrevi minha primeira história completa que percebi ter subido um degrau como escritora, terminando Destinos Traçados.

Depois de ter meu livro lançado e conquistado meu primeiro e único sonho, outro me veio à mente: ser a primeira brasileira a ter um anime. Ok, talvez eu tenha viajado completamente, mas é a minha maior meta hoje.

Ryota veio em vários rascunhos mentais, mas nunca foi posta no papel. O gatilho para produzi-la veio quando li a light novel de um Youtuber que gosto bastante, o Fred do “Anime Whatever”, com a “Saga Três Luas”. Desde então, decidi subir um degrau de cada vez, tentando ir o mais longe que podia com essa nova história e nova jornada.

9) Ainda nessa linha de raciocínio, se você tivesse que orientar uma pessoa ou fã que, após ler seu material, também quer virar escritor(a) no Brasil. Qual o primeiro passo?

Ler muito e praticar. Alguns autores iniciantes me procuraram depois que me tornei uma autora “oficial”, principalmente depois de Ryota ser publicada.

Acho que todos possuem potencial, e, claro, uns mais facilidades que outros. Tudo depende da prática, do estudo, da leitura e, principalmente, da determinação e persistência. Não importa se você quer trabalhar com uma editora ou não, é possível ser autor com os próprios méritos.

E não se esqueça: escreva com e por prazer. O livro é parte do autor, e o autor é parte do livro.

10) Antes perguntei qual foi a maior dificuldade enfrentada, e agora, eu adoraria saber o que mais te orgulhou nesse projeto todo. Saberia dizer?

Aaaaah, tantas coisas. Uma coisa que me pego pensando às vezes é como tenho orgulho de Ryota. Não por eu, Jennifer Maurer, ter criado e produzido ela, mas sim por ela existir e trazer tantos sentimentos e prazer pra outras pessoas quanto pra mim.

Ler ou escutar alguém dizer que a obra lhe tocou de alguma forma, seja pelos momentos engraçados, pelos personagens, pela história interessante, pelas lutas ou pelos mistérios que o enredo têm, me faz acreditar que o trabalho valeu a pena, ou seja, que Ryota valeu a pena.

11) Usei a palavra “shounen” para definir o público alvo para Ryota, mas acredito que você, como mulher, pode não ser tão aprovadora dessa terminologia para com sua obra, pois sabemos que “shounen” é destinado “para garotos adolescentes”. Sendo assim, se tivesse que classificar Ryota para um público-alvo, qual seria?

Difícil! Sim, o termo “shounen” é designado, tecnicamente, para jovens garotos, apesar de hoje haver um público enorme de mulheres e até homens de todas as idades que consomem o estilo.

Ryota é para todos os públicos, independente de idade ou sexo. Acredito que o shounen de Ryota esteja nas batalhas eufóricas, ou nos momentos de superação, e que faz nós, apreciadores do estilo, amarem tanto.

12) Se você tivesse que resumir “Ryota” (sem spoilers, né hahaha), como seria?

Ryota conta a história de uma garota que tem o sonho de ser como um ícone histórico que nem todos apreciam, mas que pra ela é seu maior objetivo. Onde, mesmo com suas raízes sujas e que atrapalham a trajetória de sua jornada, seu próprio nome faz jus à sua maior e melhor característica: persistir com energia e robustez.

13) Quais os planos da Jennifer Maurer para o futuro? Continuar escrevendo? Ou agora existem outras prioridades?

Escrever é, e sempre será, minha prioridade. É o que mais amo fazer: criar e imaginar coisas, dando vida à elas. A Jennifer agora tem alguns objetivos: me formar no Ensino Médio, entrar na faculdade de Psicologia e continuar a produzir Ryota, para que mais e mais pessoas a conheçam e para que ela cresça o máximo possível.

Um dia, talvez, ela se chegará em seu ápice, no ponto que a autora sempre quis: Uma animação merecedora da história que conquistou muitos corações.

14) Para finalizar: porque uma light novel e não um livro, por exemplo?

Uma light novel consegue passar e transmitir muito melhor a sensação do nosso “anime / mangá” do que só um livro comum. Não somente com as ilustrações, mas também com todo o formato de escrita sem descrições longas ou detalhes profundos demais. Ela trabalha com um formato simples, direto e (dependendo do estilo do autor) “leve”.

Finalizando…

Caso você tenha cultivado qualquer tipo de interesse em conhecer a história de Ryota mais a fundo, ou de apoiar a autora, você tem duas opções: divulgar esse artigo para que ela ganhe maior notoriedade e adquirir a light novel, pois, afinal, não dá para comprar comida com elogios!

Brincadeiras a parte, acho importantíssimo o apoio nacional para com suas obras originais. A arte é algo que precisa ser cultivado, criticado e apoiado em todas as partes do mundo.

Nós, brasileiros, precisamos sair daquele complexo de inferioridade imposto por nós mesmos, pois, no meio da multidão, sempre temos pessoas como a Jennifer, pessoas que se destacam e dão seu melhor para tornar o que amam, o que fazem.

Onde adquirir?

Além disso, é possível adquirir Ryota em sua versão física, diretamente com a autora. Aliás, para contatá-la, seja para adquirir, acompanhar seu trabalho ou deixar um feedback sobre seu trabalho, você pode:

Concluindo de vez, você autor ou você consumidor ávido de animes e mangás que conhece alguém que produz conteúdos tipo o da Jennifer, não deixe de chamar a Cúpula do Trovão para divulgar seus trabalhos, afinal, o apoio ao material nacional aqui é de máxima importância.

Mais uma vez, obrigado Jennifer. E obrigado a você, leitor(a), por chegar até aqui. Agora, deixe sua mensagem para Jennifer nos comentários!

Você pode encontrar Ryota nas principais plataformas digitais:

Em ambas as plataformas, a versão digital da light novel não chega a R$ 10,00. Ou seja, é super acessível, para qualquer um!

Ryota, fan art 1, com um doce japonês em mãos
Artista: Gih N. Sales (Facebook)
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Escrito por

Cúpula

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Criciúma - SC

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