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Análise

Call of the Night (Yofukashi no Uta) | Primeiras impressões

Call of the Night parece que vai entregar, só não entregou ainda

Em nossas RegrasDe3, os autores assistem os 3 primeiros episódios de um anime novo lançado na respectiva temporada. Após isso, eles escrevem uma análise sobre esse começo da obra, sendo uma espécie de primeiras impressões. Fique atento: a RegraDe3 é uma visão baseada APENAS nesses 3 primeiros episódios, NÃO sobre o anime inteiro.

9 minutos para leitura

Call of the Night (Yofukashi no Uta) vai te surpreender negativamente se você não entrar com suas expectativas devidamente alinhadas, mas é para isso que estou aqui. Afinal, dando uma olhada nas artes e na sinopse, talvez você acabe esperando alguma coisa numa pegada Bakemonogatari, ou outras séries que brincam com misticismo, filosofia e o sobrenatural. De brinde, nesse tipo de anime, as vezes você leva um romance gostoso e uma comédia bem feitinha.

Porém, no anime da Noitada Safada (apelido carinhoso), não é bem isso que você encontrará.

Só que isso não é algo necessariamente ruim…

Yofukashi no Uta
  • Gênero: Romance, Sobrenatural
  • Diretor: Itamura, Tomoyuki e Miyanishi, Tetsuya
  • Estúdio: LIDENFILMS (Tokyo Revengers, Terra Formars)
  • Material: Mangá
  • Onde assistir: Não encontramos 🙁
  • Novos episódios: Sextas

A chamada da noite! O que teremos por aqui? Sexo, drogas e LOLIS!?

Felizmente NÃO temos lolis, nem drogas. E o sexo é… bem, tem uma coisa parecida. Mas também não temos. Eu acho.

Na história, acompanhamos Ko Yamori, uma garoto que está desiludido da vida escolar que um adolescente de 14 anos como ele normalmente tem.

Evitando ir para a escola, o garoto inverte o dia pela noite, depois de sair de fininho de casa um dia de madrugada e perceber que a noite pode ser interessante. Ah, e claro, ele conhece uma vampira provocativa, curiosa e atraente: Nazuna. Isso provavelmente influenciou ele a querer continuar suas fugidas na noite.

yofukashi no uta personagens
Lindu

Após poucas interações com a menina, ele decide que também quer virar um vampiro (?). Porém, no universo de Call of the Night, para um humano se tornar um vampiro, ele precisa se apaixonar pelo vampiro, e depois ter seu sangue sugado. Poético, né?

Com essa premissa, temos quase tudo para ter um anime que vai discutir questões sociais, sobre como pode ser um problema (ou não) você abandonar a escola. Ou inverter o dia pela noite. Ou sair na rua, sozinho, tendo 14 anos, de madrugada. Mas… bem, Call of the Night vai para outro lado.

E é ai que sua expectativa pode ser quebrada.

Uma história leve e sem pontos de interesse

Ao assistir os 3 primeiros episódios do anime me senti intrigado com o estilo de narrativa e enredo.

Afinal, o que nós sabemos, até então, é que Ko não quer ir para a escola por conta de algum tipo de “trauma”. Nazuna, a vampira, vive na noite e mostra a Ko como a noite pode ser divertida, ainda mais com habilidades de vampiro, podendo voar para lá e para cá, sugando um sanguinho ali e aqui.

E é isso. Não vai além.

Traumas: zero explorados. Como funcionam os vampiros? Existem vampiros fora dali? Como ela virou vampiro??? Nada. São três episódios onde, literalmente, nada acontece. Nesse começo nós apenas acompanhamos Ko e Nazuna andando para lá e para cá na noite, tendo diálogos rasos, que apesar de parecer que vão evoluir para uma crítica social, que vai fazer o espectador pensar mesmo, não. As conversas se encerram na camada mais superficial, e fica por isso.

Antes descrevi como Nazuna mostra como a noite pode ser divertida para Ko, porém, ela muito mais fala isso do que faz. Nesse começo, o máximo que vemos é um trecho de poucos minutos deles conversando com bêbados numa parada de ônibus. No resto do tempo, eles estão apenas conversando no meio da rua, num parquinho, ou no quarto da vampira.

ko conversando com nazuna
Será que o sangue tem outro gosto depois de umas breja?

Cenas picantes!? Temos!?

E meeeesmo no quarto, nada demais acontece. Até existe uma tensão sexual porque Nazuna quer muito sugar Ko (isso ficou erradão, né?). E, bem, é impossível um diretor japonês perder a chance de sexualizar uma cena, deixar ela super “teenager dream“. Ele tenta, mas é leve, não é instigante, não é provocante… seu coração não acelera. Não sei se pela falta de química ou de contexto, mas essas cenas simplesmente não fedem nem cheiram. Pode ser por que já sou velho? Sim, pode. Mas acho que nem adolescentes comprariam muito bem.

nazuna pegando no ombro de ko
Uuuuu

Contudo, Call of the Night é muito bonito e faz escolhas artísticas legais

Sem dúvidas o que mais chama atenção em Yofukashi no Uta é sua estética.

O anime utiliza de várias cores bem brilhantes e chamativas, então mesmo que estejamos passeando na noite, temos várias cenas bastante iluminadas, com várias cores fortes.

No começo achei que essas cores todas seriam utilizadas com algum sentido narrativo, como algo do tipo “o protagonista está se sentindo assim, por isso hoje é vermelho” ou “ah, hoje ele está triste, então vamos com um… sei lá… azul?”, mas não exatamente. Pelo menos não que eu puder perceber. O sentido narrativo principal é só embelezar a noite, acho. Mas, funciona. Fica bem legal.

O design de personagens é interessante também, tendo bastante personalidade. O traço me lembra demais Boku no Hero. Inclusive, lembra tanto que me pergunto se o autor realmente não quis fazer uma espécie de homenagem.

akira de call of the night no balanço

Existe ainda uma evidente inspiração na série Monogatari quando falamos em direção. Afinal, cortes rápidos durante diálogos convencionais, dando close nos olhos, indo para longe, cortando para a paisagem, tudo isso enquanto o diálogo não para é algo muito Monogatari. Quem já assistiu sabe do que estou falando (ou quem já ouviu nosso cast).

Por último, mas não menos importante, as músicas são muito legais. Tanto a opening quanto a ending são bem gostosas, mas dou ênfase para o encerramento, que dá nome ao anime.

Os sons são de Creepy Nuts (o Dudi gosta muito!), uma banda japonesa de hip-hop. Segundo fontes (o Seru, lá do Anime Crazies) o autor da obra pediu permissão para eles para nomear o anime dessa forma.

Esse é o clipe da ending

Ah, algo legal da opening é que a produção resolveu deixar tudo de cabeça para baixo, para reforçar a ideia de que Ko agora “trocou o dia pela noite”. Reparem:

Finalizando as primeiras impressões de Call of the Night (Yofukashi no Uta)

Sei que parece que eu detestei Call of the Night, mas não é bem assim. Eu só não achei interessante o suficiente para continuar dedicando meu tempo (controverso? sei lá…).

Ao ler a sinopse e ter o primeiro contato com a temática, personagens e estética, eu esperava algo mais promissor. Algo que fosse me fazer refletir… me marcar mais de alguma forma, ou pelo menos me manter mais curioso.

Entretanto, essa não é, e talvez nunca foi, a intenção do anime. Acredito que, com base nas minhas primeiras impressões, a ideia do autor é apenas mostrar personagens bonitos na noitada, conversando, se divertindo, e tendo um slice-of-life na madrugada. Não é explorar misticismo, filosofia ou o sobrenatural. O romance até está ali, e pode convencer você, mesmo que para mim não tenha sido convincente.

Além disso, algo bem pessoal, mas que também pesa negativamente para mim: eu simplesmente não gostei da Nazuna. Da personalidade, e nem da estética. Não consegui ver ela como waifu. Me julguem. As vezes, às waifus seguram os animes sozinhas! Nunca duvide desse potencial!

A narrativa de Call of the Night é super leve, tanto no que tange aos diálogos, quanto ao que vemos em tela. Outros personagens serão adicionados à história, com base na opening. Acho que eles poderão mudar o rumo das coisas, mas até agora, nada.

Por fim, acho que entrei esperando nada, e ao final do primeiro episódio, esperei um pouco demais. Ao terminar o segundo e terceiro, conclui que minhas primeiras impressões são: Call of the Night (Yofukashi no Uta) tem potencial para ir além e entregar algo mais único e interessante, mas, por hora, é só potencial.

A adição do Drácula de Billy e Mandy faria TODA a diferença aqui
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Escrito por

André Uggioni

Co-Fundador

Host do CúpulaCast

Criciúma - SC

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