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Demon Slayer: mangá acabou, mas que tal lembrar a trajetória dele?

8 minutos para leitura

Apesar de parecer óbvio pelo título, acho bom reforçar que se você não leu o mangá de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba (de Koyoharu Gotouge) até seu final, recomendo não ler essa notícia, pois, não faço ideia do seu termômetro de spoiler exploda.

Os leitores do mangá de Demon Slayer chegaram ao fim da jornada que acompanhou Kamado Tanjirou em sua busca incansável por vingança e para transformar sua irmãzinha, Kamado Nezuko, em humana novamente.

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Embora que o plot não seja tão grandioso, a série de mangás ganhou uma adaptação nível obra de arte pelo estúdio ufotable, que também está responsável pelo filme sobre o arco do Trem Infinito que continuará a história do anime. Meio que “uma segunda temporada”.

Em 2016, Gotouge começou a serialização de Demon Slayer na Weekly Shonen Jump, da editora Shueisha, e, agora, 4 anos e 3 meses depois, essa série alcançou seu fim na edição 24 da revista de 2020.

Como um todo, Demon Slayer vendeu mais de 60 milhões de cópias, que, teoricamente, não seriam comparáveis com os mais de 460 milhões que One Piece já vendeu, porém, não é bem assim. Afinal, foi 60 milhões que praticamente surgiram após o lançamento do anime, em 2019.

Em outras palavras, em 1 ano e pouco.

Ou seja, antes do anime, Demon Slayer não tinha vendido muito mais do que o suficiente para ser considerado uma série “ok” da Jump. Porém, após a maravilhosa adaptação do ufotable, as vendas ficaram avassaladoras, fazendo os tops da Oricon de brincadeira.

Demon Slayer ocupou todas as posições? Como assim?

É sério, por semanas os volumes de Demon Slayer ocupavam praticamente TODAS as posições do TOP 20 VOLUMES MAIS VENDIDOS DA SEMANA. Tipo, em 1º lugar era o volume mais recente, em 2º, o anterior… e assim vai. Tinha só Kimetsu no ranque!

Na verdade, houve uma semana em que ele ocupou TODAS as posições mesmo. Isso é desumano. Completamente maluco! Nunca aconteceu nada parecido.

Inclusive, na verdade, as vendas de Demon Slayer chegaram a ultrapassar as vendas de One Piece no ano passado, coisa que não havia acontecido há mais de 10 anos.

O sucesso foi tanto que a editora Panini fez questão de trazer a obra para o Brasil. Além disso, não só a série ficou maravilhosamente bem animada, mas até mesmo até a parte sonora foi digna de premiação, como tivemos o caso da cantora LiSA, responsável pelo tema de abertura.

A série inspirou novels, peças teatrais e até mesmo chegou a ser motivo de polêmica não só uma, mas duas vezes…

Assim como comentei no nosso Cúpula Awards 2020, onde Demon Slayer levou o “anime do ano”, repito agora: Demon Slayer, como marca, atingiu coisas que nunca antes tínhamos visto na história dos animes e dos mangás. Não assim.

Cupula Awards 2020 anime do ano
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Além disso, sobre materiais de Demon Slayer…

Apesar de a Jump ter deixado Gotouge acabar a obra quando quis, ainda assim, é óbvio que eles não iam dar mole.

Afinal, estão até vendendo cópias do manuscrito do último capítulo, o 205, com páginas coloridas no começo. O custo é de 36 dólares! Na cotação atual deve dar uns 10.000 reais. Tá doido!

Ainda, teremos um novo spin-off da série, pelas mãos de Ryōji Hirano, chamado Kimetsu no Yaiba: Rengoku Gaiden. Como o nome já diz, esse spin-off contará sobre o hashira das chamas que foi muito amado pelo público!

Hirano foi o responsável pelo outro spin-off da obra, chamado Kimetsu no Yaiba: Tomioka Giyū Gaiden, que saiu em 2019.

Mensagens aos fãs!

Na edição mais recente da Jump vários mangakás famosos deixaram a sua mensagem de despedida ao mangá, e também a própria autora deixou uma mensagem aos fãs:

Para finalizar: uma reflexão sobre a força do anime de Kimetsu no Yaiba

Demon Slayer, por si só, representa a força que uma bela propaganda pode ter. E com propaganda, leia-se “anime”, porque, para quem não sabe, animes, quando adaptam mangás e LN, tem como uma das principais funções alavancar as vendas do material original.

Além disso, o feito de Gotouge nos mostra que a Shonen Jump, que era mundialmente conhecida por extorquir o máximo possível das obras, agora está realmente permitindo que os autores possam terminar as obras “quando querem”.

E se não sabe do que estou falando, pesquise sobre Dragon Ball, Bleach, Naruto, e Hunter x Hunter, por exemplo. Todas obras que os autores queriam ter acabado bem mais cedo, porém vendiam tanto que a editora os forçavam a continuar.

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, no fim, marcou. Marcou com tudo que podia. E por mais que você não goste, ele é, sim, um megahit.

Sendo assim, ainda que eu, no mangá, tenha visto muitos em combates super convenientes e o famoso abuso da suspensão de descrença, encaixando diversos deus ex machina para que a história pudesse progredir, sou obrigado a admitir que essa obra vai sim entrar para história.

Não é qualquer um que vai mexer o mercado como Demon Slayer mexeu.

No fim, foi o mangá? Foi a história? O traço? Ou quem sabe o anime? A animação por si só, ou a qualidade sonora?

Não sei. Para mim, foi tudo. O conjunto, sabe?

Tudo, inclusive a fan sabe maluca brasileira e a mais maluca ainda japonesa, fez Demon Slayer, ser, Demon Slayer.

E ainda, ela entregou um final muito vibe Shonen Jump daqueles… teremos uma espécie de Kimetsu no Yaiba: Next Generations? Talvez. Não duvido. Mas não quero.

Quem sabe falarei mais sobre isso no CúpulaCast ou em um outro artigo…

Escrito por

André Uggioni

Co-Fundador

Host do CúpulaCast

Criciúma - SC

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