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Análise

7 animes shoujo sem romance (mais ou menos)

7 animes shoujo sem romance (mais ou menos)
21 minutos para leitura

Antes de mais nada, você está aqui buscando recomendações dos melhores animes shoujo, ou talvez procurando o melhores animes de romance? Bem, chegou ao lugar certo. Na real, mais ou menos certo, porque “shoujo” não é a mesma coisa que “romance”. Um é demografia, outro é gênero.

Desta forma, não necessariamente todos os animes dessa lista serão de romance. Alguns até possuem romance em seus gêneros, mas não trabalham com uma trama VOLTADA para o romance. Portanto, caso busque animes onde o foco principal é amor e casalzinho fofo que eu amo também, essa outra lista com certeza é o que você busca (ela sim é cheio de coisa fofa e casal lindo).

Além disso, temos OUTRA lista, só que de mangás de romance (sim, muita gente procurando mangás de romance pode acabar chegando nesse artigo).

Então, vamos lá!

Mas espera aí! Como assim animes shoujo não são todos animes de romance?

Muitos animes shoujo possuem romance. Talvez a maioria deles.

Mas não é uma lei.

Resumidamente, “shoujo” designa os animes e mangás que são feitos com a ideia de atingir o público adolescente feminino.

Por isso é bem comum encontrarmos histórias mais sentimentais, com personagens mais “sensíveis, bonitos e esbeltos”, com uma estética mais amigável, traços mais leves, menos ação.

Além disso, em animes shoujo o plot muitas vezes é menos importante que o drama dos personagens.

Nessas histórias, o desenvolvimento dos protagonistas junto ao elenco que o(a) rodeia costuma ser o foco da obra. Quando criaram essa categoria de público-alvo [shoujo], os japoneses decidiram que o foco desse tipo de obra é para garotas adolescentes, pois, para eles, estas meninas são as pessoas que mais buscam esse tipo de história.

“Então quer dizer que mulher só pode ver shoujo!!?????” – não, não é isso. Pelo menos não é o que EU acredito.

O que descrevi acima é apenas um fato sobre as características da demografia (e algumas obras nem seguem essa diretriz). Além disso, eu mesmo sou um amante de obras que possuem todas as características acima (ainda mais se tiver romance), então falar que é de “mulherzinha” é algo bem boomer. E se for de mulherzinha, eu sou uma mulherzinha então.

Espero que curtam as recomendações e consigam encontrar animes shoujo que talvez nunca tenham assistido antes, porque até hoje você talvez só tenha assistido romance atrás de romance.

1) Children of the Whales (Kujira no Kora wa Sajou ni Utau)

kujira no kora visual
  • Gêneros: Mistério, Superpoderes, Drama, Fantasia
  • Episódios: 12
  • Estúdio: J.C.Staff
  • Material fonte: Mangá
  • Disponível: Netflix

Começando com um anime que você PROVAVELMENTE nuca nem ouviu falar, Children of the Whales foi uma história que, para mim, foi inesquecível. Até hoje estou esperando uma segunda temporada.

Apesar dos gêneros indicarem uma história com ação, aventura e mistério (e de fato é), Children of the Whales provavelmente foi publicado numa revista shoujo por trabalhar intensivamente no desenvolvimento psicológico dos personagens.

Para contextualizar, a história se passa numa ilha em formato de baleia (daí o título do anime), só que com uma peculiaridade: essa ilha é cercada por um mar que em muito se difere do oceano. Na verdade, é um oceano também, só que um de areia. Um deserto, praticamente interminável, seco como parece, e tão morto quanto seco.

O protagonista e narrador da história é Chakuro, um garoto que viveu sua vida toda nessa ilha, mas tem uma sede insaciável por aventura e descobrimento do desconhecido.

Apesar de inquietante e frustrante (para Chakuro), a vida na ilha é pacífica e simples. Existem as pessoas que você gosta, e as que não gosta, mas é uma pequena comunidade que, no fim, é unida.

Ou pelo menos era, porque quando segredos da ilha começam a vazar, tudo começa a mudar. Talvez, mudando para um fim melhor, mas o meio para este fim está longe de ser algo “bom”.

Lutas, guerras e mistérios. Muita coisa acontece em Children of the Whales, e nós como espectadores ficamos fisgados do começo ao fim, tentando entender o original mundo criado por Abi Umeda, autora do mangá (que ainda não está completo).

A primeira temporada do anime está na Netflix, e apesar de não completa, dá uma incrível introdução do que podemos esperar do futuro da história, mas, além disso, também é uma ótima temporada por si só.

2) Natsume’s Book of Friends (Natsume Yujin-cho)

protagonista de Natsume Yuujinchou com um gato no ombro
  • Gêneros: Slice of life, Sobrenatural, Drama
  • Episódios: 13 (mas tem várias temporadas, totalizando mais de 40 episódios, veja aqui como assistir)
  • Estúdio: Brain’s Base
  • Material fonte: Mangá
  • Disponível: Crunchyroll

O segundo de nossa lista é uma daquelas obras underground que facilmente entram numa lista “melhores animes que nunca assisti”.

Não tendo pai nem mãe, seus outros parentes se viram obrigados a adotá-lo, porém, devido seu “comportamento estranho”, Natsume Takashi nunca parou em uma casa só, sendo abandonado por cada parente que conviveu.

Após anos conturbados, por coincidência, Takashi veio a morar na cidade natal de sua avó, Reiko, que morreu ainda muito jovem. E para sua infelicidade, ataques de youkais se tornaram cada vez mais frequentes desde que ele pisou naquela cidade.

Durante a fuga de um youkai, Takashi acidentalmente rompe um selo que prendia um poderoso espírito, esse era Madara, um temido youkai que estava aprisionado em forma de um “gato da sorte” – e agora esta acostumado a essa forma.

Madara explica a Takashi que ele conhecia sua avó, Reiko, e que ela desafiou vários youkais para duelos e venceu todos. Após a vitória, Reiko obrigou os youkais a escreverem o seus nomes em um livro: o livro dos amigos, e assim, eles se tornam servos/escravos dela.

Agora, livre, Nyanko-sensei (apelido dado ao gato pelo nosso protagonista) está em divida com Takashi, apesar de também querer o livro. Ele jura proteger Natsume, esse que por sua vez jura entregar o livro para Madara caso um dia venha a morrer…

Uma das perguntas que nos fazemos durante todo o anime é: “teria Reiko feito tudo isso sabendo que um dia, outra pessoa como ela se sentiria sozinha e esse livro poderia ajudá-la? Ou ela teria feito isso apenas por egoísmo?”.

Apesar de ter “porradaria” e ação, os embates em Natsume Yujin-cho são resolvidos em sua maioria com diálogos, mostrando que humanos e youkais não são muito diferentes entre si, e esse possivelmente é um dos evidentes elementos shoujo do anime.

(Esse trecho do texto foi feito pelo Jão)

3) Cardcaptor Sakura (1998)

sakura de sakura cardcaptor no por do sol
  • Gêneros: Aventura, Comédia, Drama, Magia, Romance, Escolar
  • Episódios: 70
  • Estúdio: Madhouse
  • Material fonte: Mangá
  • Disponível: Não tem em streaming, mas tá passando no canal Loading (talvez já tenha saído da programação)

Por mais que eu não seja um grande fã de Cardcaptor Sakura, essa história, sem sombra de dúvidas, é um dos animes shoujo mais marcantes, de sua época de estreia até hoje.

Cardcaptor Sakura, ou como chamamos aqui no Brasil: Sakura Card Captors, conta a história de Sakura, uma jovem garota de 10 anos que, por acidente, abre um livro misterioso, chamado Livro Clow.

Sem entender muito bem no que estava se metendo, a menina lê o nome de uma das cartas, “Vento”, o que acaba por desencadear uma tempestade de vendo que dispersa as 52 cartas mágicas que estavam dentro do livro.

Kerberos, o guardião das cartas, surge do livro e conta a Sakura que as cartas foram espalhadas por toda Tomoeda e, agora, é seu dever capturá-las de novo, tornando-a uma cardcaptor.

Essas cartas provocam fenômenos estranhos ao redor de Sakura, que emprega os poderes das cartas já capturadas em seu báculo mágico para dominá-las e juntá-las à sua coleção. Sem dúvidas, uma premissa que ao mesmo tempo que parece clichê, é bem única.

Talvez você se pergunte porque Sakura Card Captors está figurando aqui nessa lista de animes shoujo “sem romance”, já que Sakura TEM romance, mas o fato é que a história foca no crescimento e desenvolvimento da Sakura, e o romance é só UM dos pontos de desenvolvimento.

Se você pegou esse anime na TV na época e não curtiu tanto, talvez seja pela censura BIZARRA que ele sofreu aqui no Brasil.

Dê outra chance a Cardcaptor Sakura caso curta o gênero mahou shoujo. Não irá se arrepender.

4) Akatsuki no Yona

Yona, de Akatsuki no Yona
  • Gêneros: Ação, Aventura, Comédia, Fantasia, Romance
  • Episódios: 24
  • Estúdio: Studio Pierrot
  • Material fonte: Mangá
  • Disponível em: Crunchyroll

Sim, Akatsuki no Yona tem romance, claro que tem.

Porém, a primeira (e única) temporada do anime trabalha isso de maneira até que bem superficial, numa pegada tipo Naruto e Hinata: do nada, temos uma cena ou outra relacionada a romance, mas os personagens geralmente estão mais envolvidos na aventura e não muito interessados em ficar de mãozinha dada.

Yona é a durona, corajosa e bela protagonista dessa história.

Mas ela não começa durona. Nem corajosa.

Muito pelo contrário, ela começa como uma princesa mimada, que tem tudo e todos a seu dispor.

A vida ia bem, até que uma pessoa muito próximo de nossa heroína assassina o rei, causando um tumulto desgraçado no castelo e forçando Yona a fugir junto de Hak, seu fiel guardião e amigo de infância.

Ao longo da jornada, agora longe (bem longe) do trono, nossa princesa precisará encontrar os dragões da profecia (que são homens lindos, vale dizer) para conseguir tomar posse novamente do treino que lhe é direito.

Porém, essa jornada não é uma jornada de vingança.

Yona quer o trono para poder corrigir os erros que o antigo rei cometeu em seu reinado. Não haviam guerras, mas tinha fome. Não tinha um militarismo cruel, mas também tinha impunidade… No fim, o rei não cuidava bem do reino.

Yona decide então que vai mudar isso.

A história é boa porque acompanhamos a evolução dessa personagem de pertinho, enquanto ela passa por diversas dificuldades que fariam qualquer um cair de joelhos.

Dizem que o mangá está bem mais avançado (e já trabalhou muito mais o romance), mas Akatsuki no Yona, mesmo tendo um puta casalzão, continua sendo um anime shoujo que, além do amorzinho, é muito interessante em outras áreas.

5) Sailor Moon

Sailor-moon
  • Gêneros: Magia, Mahou shoujo, Demônios, Romance
  • Episódios: 46
  • Estúdio: Toei Animation
  • Material fonte: Mangá
  • Disponível em: Não disponível em streaming no Brasil

Ok ok, sabemos que há 3 pares românticos em Sailor moon em volta da nossa protagonista Serena em diferentes arcos, mas mesmo assim a serie tem muito mais a oferecer.

Sailor Moon começa contando a historia de Serena Tsukino(Usagi Tsukino na versão japa), uma estudante do ensino médio de 14 anos, desinteressada com a vida mas muito bem humorada.

Após salvar uma gata de ser maltratada por alguns meninos ela é seguida até a sua casa, esse animalzinho chamado Luna fala da uma grande missão para Serena, ela terá que se tornar uma guerreira mágica para proteger a terra.

Luna ainda fala que Serena deve se juntar com as outras Sailors e procurar pela princesa da Lua.

Então começa a jornada da nossa guerreira, juntamente com suas parceiras que irão aparecendo no meio de sua jornada.

6) My Roommate Is a Cat

gato sentado no colo de um homem em anime shoujo
  • Gêneros: Slice of life, Comédia
  • Episódios: 12
  • Estúdio: Zero-G
  • Material fonte: Web mangá
  • Disponível em: Crunchyroll

Sabe aquele anime para ver e sentir seu coração ficar quentinho? Aquele anime que você vê simplesmente para se sentir bem, e que por mais que tenhamos problemas na história, são problemas cotidianos e normais?

My Roommate Is a Cat é este anime.

Eu não costumo ver animes tão leves assim. Digo, sou fã de slice of life, e quem ouviu nosso episódio do CúpulaCast sobre o gênero sabe disso.

Porém, My Roommate Is a Cat entrou na minha vida como uma luva feita milimétricamente para mim. Confortável, quentinha, e uso na hora que preciso.

Em outras palavras, eu estava numa época estressante, na qual trabalhava demais e a parte do dia (a única, praticamente) que eu não estava trabalhando ou fazendo necessidades básicas, eu estava assistindo esse anime. Um ou dois episódios por dia, é o que eu recomendo.

Na história, acompanhamos Haru, uma gatinha de rua que é adotada por Mikazuki Subaru, um jovem adulto que sofria (na minha visão) de depressão forte e de fobia social.

Porém, assim como o anime entrou na minha vida na hora certa, a gatinha entrou na vida de Subaru muito bem também. Acompanhamos, agora, o dia a dia desses dois, enquanto ambos ajudam um ao outro a, praticamente, sobreviver.

Não é tão dramático assim, veja bem. Tirei leite de pedra, talvez.

Mas é um anime que trabalha sim nessa área, e é muito bem sucedido nisso – e também em contar uma história super super leve que deixará você relaxado. Certamente um dos animes shoujo mais gostosinhos que já assisti.

7) Banana Fish

animes banana fish
  • Gêneros: Ação, Aventura, Drama
  • Episódios: 24
  • Estúdio: MAPPA
  • Material fonte: Mangá
  • Disponível em: Prime Video

E para contrariar COMPLETAMENTE a indicação acima, entrego agora: Banana Fish, uma história de gangues com muita violência, mortes e drogas pesadas que se passa no submundo de Nova Iorque.

Na história, acompanhamos Ash Lynx, um jovem garoto loiro de olhos azuis que arrasa o coração de todo mundo (mesmo). Refém do destino, Ash se vê logo quando criança sob a posse (literalmente) de um grande mafioso de NY, o Papa Dino.

Dino usava Ash como escravo sexual, não só para seus prazeres, mas também para de outros figurões da máfia (ou até de fora dela).

O tempo passa, e Ash cresceu aprendendo que, na vida, é ele contra todos, e todos contra ele. Desenvolveu uma personalidade feroz, flexível e forte, como um lince. Tanto que ele é conhecido como “O Lince de Nova Iorque”.

Se não bastasse isso, seu irmão mais velho e veterano de guerra, Griffin, vem a falecer. Suas últimas palavras: Banana Fish.

Griffin voltou da guerra vivo, porém, inapto de viver. O irmão de Ash estava em estado praticamente vegetativo, não reagindo a qualquer coisa que seu irmão mais novo fizesse. E Ash acredita que “Banana Fish” seja a resposta para tudo isso.

Além disso, o segundo personagem principal dessa história é introduzido: Eiji, um japonês que acabou por acaso em NY, mas que agora tem a missão de entrevistar Ash junto com o repórter japonês que o levou para lá.

Só que Eiji entra na vida de Ash quase como Haru entrou na de Subaru (do anime anterior).

Tudo muda. E nós temos o deleite de ver a história se desenvolver a partir daí, com muito mistério, mortes impactantes e muita, muita violência (emocional e física). Melhor irem preparados.

Fiz uma análise desse anime shoujo aqui na Cúpula, para quem quiser dar uma olhada mais a fundo.

Já viu todos esses animes shoujo “sem” romance?

Caso já tenha assistido todos esses, e gosta de animes de romance (que também são shoujo), dá uma olhada nessa lista aqui!

Vale ressaltar que além das caraterísticas citadas na introdução, o que define um anime ou mangá como “shoujo” é, basicamente, o público-alvo da revista em que a história foi publicada. Banana Fish, por exemplo, é uma história com muita ação, mortes, gangues… Ou seja, nada a ver com a definição de “anime shoujo” que temos cravadas na nossa mente, aquela de meninos em meninas vivendo romances simples e puros na escola. E mesmo assim, é shoujo.

Agora, se você tem algum outro título para complementar essa nossa lista de “animes shoujo sem foco no romance”, pode comentar aí em baixo!

Estamos sempre atualizando nossas listas para que todo mundo que esbarre nesse artigo consiga pelo menos 1 animes que nunca assistiu!

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Escrito por

André Uggioni

Co-Fundador

Host do CúpulaCast

Criciúma - SC

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