🔥
Faça como milhares de Otakus, ouça nosso podcast sobre animes e mangás.
Toque aqui para acessar o canal do YouTube!
Análise

Animes Clássicos: Definição, Classificação e onde vivem

Animes Clássicos: Definição, Classificação e onde vivem
16 minutos para a leitura

Animes clássicos são aqueles que são definidos como…

Pegadinha do malandro!

Longe de nós da Cúpula do Trovão ou até mesmo de mim, querer definir ou classificar animes clássicos.

Mas, fique tranquilo, porque vamos sim tratar de animes clássicos nesse artigo! Porém, ao em vez de respostas eu provavelmente te darei mais perguntas.

Sim. O objetivo desse artigo é trazer argumentos para tentar entender/compreender o que torna um anime um clássico. Desta forma, a ideia aqui não é bater o martelo ou apontar o dedo e dizer: “Esse anime é clássico por que sim pronto e acabou!”.

A plano é pegar os animes ditos “clássicos” pelo povão e “esmiuçar” o que o torna “um clássico” e tentar fazer comparativos com outras obras “não clássicas” e com isso tentar chegar em um denominador comum.

Mas, uma coisa é fato: existem alguns pontos em comuns que podem ser indicativos de que um anime é clássico ou não. Vamos tentar elencar alguns deles e depois aborda-los de maneira individual.

São eles:

  • Tempo: Uma obra precisa ser antiga para ser clássica?
  • Consagrada: Essa obra deve obrigatoriamente ter uma boa nota de crítica e de publico?
  • Marcante: Um anime que marcou uma geração?
  • Influente: Um anime que inspirou outros animes ou gênero?

Vale reforçar que o conteúdo desse artigo É A MINHA VISÃO sobre animes clássicos e não tem como objetivo ser uma definição ou uma classificação.

Afinal, conteúdos no qual trata de maneira técnica animes e mangás são muito raros e quase sempre pouco esclarecedores, o que dificulta fazer uma real classificação (se é que tal coisa existe).

Outro ponto importante é: provavelmente, a visão desse artigo vai refletir muito mais a visão de nós do ocidente do que do povo do oriente. Esse fato se deve a vários motivos e que não cabem nesse artigo para não fugir do assunto.

Então, vamos ao que interessa!

Animes clássicos e sua relação com o tempo

Uma coisa é fato, se tem algo que muita gente afirma ao “classificar” um anime clássico é o tal do tempo. Mas a pergunta que ninguém faz é: Quanto tempo um anime precisa para ser considerado um clássico?

20 anos?

Personagens principais de Naruto

30 anos?

Capa de um dos animes clássicos, Akira

50 anos?

Mangá O lobo Solitário

2 anos?

Seria demon slayer um dos animes clássicos

Querer classificar um anime clássico com base na sua idade é algo bem superficial. Pois, uma vez que fazemos isso, deixamos uma série de questões importantes de lado. Se o tempo fosse uma característica indispensável, cedo ou tarde a vez de ser tornar clássico chegaria para todas as obras.

Se chegarmos em uma rodinha otaku e jogarmos que Naruto é um clássico, dificilmente alguém irá questionar. O filme Akira então, nem se fala. A pessoa pode não ter assistido, mas sem dúvida ela irá dizer que é um “anime clássico”.

Agora, quero ver chegar e falar que Demon Salyer: Kimetsu no Yaiba é um anime clássico. Aí meu amigo, dependendo do lugar você vai é tomar pedrada, e provavelmente porque, subconscientemente, por ser novo, “não pode ser clássico”.

Quem disse?

Enfim, se você for um “nerd maroto” e deu uma lida nesse artigo antes de jogar essa na rodinha, talvez você terá bons argumentos para rebater os “haters apedrejadores”.

E isso nos leva ao nosso próximo tópico…

Clássicos consagrados

Ai você tá lá, (ainda não leu todo o meu artigo) e tenta justificar que Demon Slayer é um clássico por ser uma obra “consagrada”. Afinal, é indiscutível que críticos e público gostaram, majoritariamente.

O episódio 19 então… Vish! Uma obra prima da sétima arte!

Mas ai está um grande problema: Como quantificamos a qualidade de uma obra?

Críticas? Notas? É tipo medir amor com números, não?

Bem controverso…

Quando se trata de animes, piorou! Afinal, uma das maiores “bases” que temos é o site MyAnimeList, cujas notas dispostas por lá lá não significam absolutamente nada. Para não dizer nada, no máximo podemos avaliar aquilo como: “popularidade dentro de um grupo seleto de pessoas que acessam o site que são, em sua maioria, norte americanos”.

Se você quiser entender um pouco melhor como funciona o MAL da uma assistida nesse vídeo:

O vídeo é longo, mas é bastante esclarecedor. Com certezaz mudará sua visão sobre o MAL.

Ainda nesse sentido…

Quando tratam-se de filme, as coisas são um pouco melhores estabelecidas, mas longe de serem isentas de críticas.

Sites como Rotten Tomatoes, Metacritic e IMDb tem alguns critérios estabelecidos, que podem até funcionar dependendo da ótica, mas ainda sim é algo que não deixa de ser vago e muitas vezes até superficial.

O canal Entre Planos fez um vídeo explicando como funciona um desses sites. Vale a conferida para entender melhor o que estou querendo dizer aqui.

Apesar do vídeo ser especificamente sobre o Rotten Tomatoes, acredito que ele se aplique a qualquer site que se propõe a avaliar filmes de maneira qualitativa.

Mas, seguindo por esse caminho… Vamos supor que existisse um site confiável que avaliassem animes e mangás, e lá tivesse os ditos “clássicos”.

Um exemplo quase incontestável de clássico aqui no Brasil seria provavelmente Cavaleiros dos Zodíaco. Vocês acham que se fizessem uma avaliação técnica de verdade, rigorosa e séria desse anime, ele no final das contas teria uma boa nota?!

Olha… pouquíssimo provável.

Cavaleiros dos Zodíaco possui uma série de problemas, mas o consideramos um dos animes clássicos pela nostalgia do que por qualquer outro motivo que seja. E é nesse ponto que chegamos num tópico muito importante e talvez o que é mais levado em consideração na hora de classificar um clássico:

Seu impacto em uma geração (ou em mais de uma).

Animes clássicos que marcaram nossas vidas!

Esse é o ponto principal deste artigo, porque muita gente acha que animes clássicos, são aqueles que marcaram nossa infância ou algum momento de nossa vida.

Isso é uma verdade, mas não uma regra.

De fato eu considero Cavaleiros dos Zodíaco e Dragon Ball clássicos, simplesmente pelo fato deles terem marcado toda uma geração. Boa parte da criançada que hoje é adulto ajudou o Goku com sua Genkidama, ou por muitos ficarem fazendo o Cólera do Dragão de Shiryu no chuveiro. Alguns fazem até hoje!

Mas, há um ponto a ser levado em consideração nessa questão.

Antigamente, o acesso a animes era extremamente restrito e o mais comum era ficarmos a mercê do que a televisão escolhesse passar.

Não quero desmerecer o marco ou a relevância que DBZ e CDZ tiveram em nossas vidas, mas o ponto aqui é:

Será que esses animes seriam a mesma coisa se a Globo, SBT ou Band tivessem escolhido outros animes para passar?!

Essa é a principal reflexão.

Vamos supor que esse canais abertos escolhessem passar Gundam, Detective Conan e, sei lá, Initial D?!

Takumi Sentado em seu AE-86 anime seinen

Com esses animes passando nos canais abertos, será que DBZ teria todo esse peso cultural no Brasil que tem até hoje?

Claro, talvez esses exemplos que eu citei também sejam animes clássicos, mas se eles tivessem feito parte da nossa infância ativamente, talvez eles seriam os clássicos dos clássicos, assim como DBZ.

Hoje com os serviços licenciados de streaming e também a facilidade ao acesso a animes por meios “alternativos”, torna esse leque de possíveis “animes clássicos” muito mais amplo.

Mas é nesse ponto que talvez a gente consiga avaliar se o acesso a ele faria diferença ou não, porque há animes que, mesmo não fazendo parte da nossa infância no passado, influenciam outras obras até hoje.

A influência dos animes clássicos

Talvez esse tópico seja meio que uma soma de todos os pontos anteriores.

Provavelmente, para um anime ser influente, ele precisa ser relativamente antigo, ser bom e provavelmente marcante para uma geração.

Nesse sentido, algo que me espanta, e muito, é como Naruto consegue ganhar força geração após geração, principalmente aqui no Brasil. Não é difícil ver crianças de 5, 8 ou 10 anos de idade fãs de Naruto, o que é incrível!

Um anime com mais de 20 anos que ainda consegue ter um ritmo e uma narrativa que ainda se faz interessante para as gerações atuais é no mínimo louvável.

Naruto nome de personagem masculino do anime Naruto

Mas o “ponto de influência” aqui não é exatamente esse.

O que eu quero dizer com influência é como esse anime conseguiu estabelecer um marco, ou até mesmo um gênero.

Nesse sentido, talvez dois nomes indispensáveis são Ghost in the shell e Akira. Ambos esses animes conseguiram romper a “bolha anime” do oriente e atingiram o mundo inteiro, fãs e não fãs de animes.

E não apenas isso, esse animes foram os que popularizaram o gênero cyberpunk e influenciaram obras famosíssimas, como Matrix.

Ghos in the shell um dos animes clássicos

Agora vamos fazer um exercício só dentro do universo dos animes:

A ideia é falar de animes que popularizam gêneros e/ou influenciaram outros títulos. Vou falar de um obvio e depois de um, talvez, controverso.

Se falarmos de mecha, é impossível não falar de Gundam (óbvio), que pode não ter sido o primeiro, mas é que se tornou referência. Hoje é muito difícil falar de mecha e não lembrar dessa série. Muitos inclusive nem nunca assistiram nada, mas “sabem” que Gundam é, indiscutivelmente, um anime clássico.

Tá, agora vamos falar de um difícil.

E se eu perguntar um anime Isekai que marcou e influenciou o gênero, qual seria?

3…

2…

1…

Eu sei que você pensou em Sword Art Online e está com todas as forças negando essa ideia. E olha que dizem que SAO nem isekai é. Mas, querendo ou não, foi esse anime que popularizou o “gênero”. Foi depois dele que tivemos o famoso Kiritoverso, que até mesmo faz parte do nosso Para Raio Awards.

Você pode até não concordar, mas não pode negar que o SAO é um anime que marcou época e popularizou um gênero. Assim como Solo Leveling (webtoons ganharam mais notoriedade), e até mesmo como Demon Slayer (no Japão, atingiu até quem nem assiste muito anime, idosos, adultos. Estourou a bolha).

Consegue perceber o como a linha de influencia/popularização é “tênue”?!

NADA é preto no branco, e essa discussão é muito mais complexa do que parece. Acho que deu para perceber.

Contudo, acho que ainda podemos chegar num denominador comum e que muita gente que leu até aqui vai concordar. Porém, ainda assim, não é uma regra.

Há algo muito importante que eu não citei antes, de forma proposital, que na minha opinião é o critério mais importante na hora de se levar em conta se um anime é clássico ou não:

“Animes que permanecem atuais”

Para não terminar esse artigo apenas com uma grande interrogação, com mais perguntas que respostas, vou dar a minha palavra sobre o que considero um anime clássico.

Do meu ponto de vista, algo mais importante que todos esses pontos ditos acima é: o quanto esse anime permanece atual. Mas o “atual” aqui está no sentido da mensagem da história.

Se pegarmos um anime de 20 anos e assistirmos hoje ele ainda continua relevante?

O termo chave aqui é “atemporal”, ou seja, o anime consegue transmitir algo importante para quem está assistindo, seja no passado até os dias de hoje, mas também provavelmente o fará no futuro.

Ou seja, são animes que conseguem ser passados de geração em geração e por mais que alguns aspectos deles fiquem “datados”, como qualidade da animação, narrativa ou algo do tipo, ele ainda assim tem algo a dizer que vale a pena ser preservado e repassado.

Ou seja, animes clássicos são tudo aquilo dito acima, mas com a ressalva principal da atemporalidade.

E de novo, para mim, o melhor exemplo de anime atemporal, que tem uma mensagem que até hoje impacta fortemente quem o assiste, é o tal do Ghost in the Shell, que além de ter recebido uma adaptação em live action há pouco tempo (eu acho boa), também está para receber uma versão totalmente remasterizada em 4k.

Se você não assistiu, essa vai ser sua grande chance!

Enfim…

Nesse sentido, talvez animes mais “pipocas”, no sentido do entretenimento, percam força com o passar do tempo e animes mais “cabeçudos” tendem a se destacar, mesmo que eles não tenham tido visibilidade em sua época.

Mas, o fato é que só o tempo irá dizer que anime irá envelhecer bem e que anime irá envelhecer mal.

Finalizando, mas sem finalizar nada

Com esse artigo, acho que deu para entender que classificar um anime como clássico não é uma tarefa fácil, tampouco algo unânime.

Com certeza há muitos títulos controversos, mas que de uma visão mais ampla, até fazem sentido, porém se pensarmos na questão da atemporalidade, talvez não cheguemos lá.

Enfim…

Provavelmente esse assunto renderia uma boa conversa em um bar, mas que dificilmente teria um martelo batido.

Mas eu quero a opinião de vocês. O que desse texto você concorda e o que não concorda, e que elemento a mais podemos acrescentar para consideramos um anime clássico ou não.

Comenta aí sua opinião sobre o que define um anime como clássico.

Se é que você consegue…

Compartilhe
Facebook
Twitter
Telegram
WhatsApp

Escrito por

Pedro Bernardes

Profissional de Educação Física

Cult | Atleta | Leitor compulsivo

Belo Horizonte - MG

Entre na conversa, deixe seu comentário!

Comente abaixo sua opinião sobre o assunto e convide o autor da postagem para conversar!
Ei! Antes de você ir.
Se gosta de animes tanto quanto nós

Conheça nosso podcast sobre animes e mangás no Youtube!

Não se preocupe, ao clicar irá abrir uma nova aba. E você vai poder continuar sua leitura.

Esse site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Ao navegar nele você está aceitando nossa política de privacidade.