Saiyuuki Reload: Zeroin | Primeiras impressões

Já adianto que a culpa por minha experiência com esse Saiyuuki Reload: Zeroin ter sido horrorosa tem 2 principais vilões: eu mesmo e a direção fraquíssima dessa parada.

Eu mesmo porque não fui atrás de entender o contexto desse universo. Desta forma, caí de paraquedas num anime que é uma continuação, ou alguma espécie de prequel, ou sei lá o que Zeroin é de fato.

Consultando fontes confiáveis de animes, como o MyAnimeList, essa temporada NÃO CONSTA como sequência de nada. Eu, leigo, entendi que poderia assistir ela sem ver nada antes… Bem, se esse for mesmo o caso, a direção é AINDA PIOR do que eu imaginava.

Mas, mesmo que o primeiro tenha sido meu mesmo e não da direção, o segundo é apenas um fato: não consigo me lembrar o último anime que vi com uma direção tão pífia antes.

Mas, eu tô aqui para dar minhas primeiras impressões do ANIME, né? Não da minha experiência, apenas.

Então vamos lá…

• Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Drama, Sobrenatural
• Estúdio: LIDENFILMS (Tokyo Revengers, Koi to Uso)
• Material: Original
• Onde assistir: Não disponível oficialmente.
• Novos episódios: Quinta-feira

Muito, muito, muito material de Saiyuki

Em Saiyuuki Reload: Zeroin acompanhamos um grupo de 4 bonitões (demografia é josei, já antecipando) numa jornada para… fazer alguma coisa? Eu não sei. É confuso. Logo de cara já abrimos com os personagens interagindo entre si, e por mais que exposição demais seja um saco, exposição de menos é tão ruim quanto.

O anime não se dá ao trabalho de contextualizar nadinha. Você não entende quem são os personagens, de onde eles vem, e nem para onde vão. A ameaça que os cerca é largada nas corda, então você não consegue entender se aquilo é algo natural daquele mundo, ou se é algo centralizado na região que eles estão no momento.

Eu sinceramente não consigo passar uma sinopse minha. Então, vou repassar a oficial:

Togenkyo era uma terra pacífica, onde humanos e yokais vivam juntos. Entretanto, apareceram homens que estavam tentando reviver o grande yokai Gyumaoh, que foi destruído pelo deus Nataku Taishi e logo depois enterrado por meio de química e mágica. Contudo, a energia negativa deste yokai está afetando os outros yokais e o caos começa a se instalar. Nossos heróis agora precisam deter essa ameaça.

Irmão… nada disso fica claro nos três primeiros episódios do anime. Isso corrobora com o primeiro problema, que provavelmente é culpa minha: é necessário assistir outras temporadas de Saiyuuki antes de ver Zeroin. E, bem, possuir temporadas não é um problema para a franquia…

Se tem tantas temporadas, Zeroin deve ser bom então… Né?

É mangá, é anime… tem muita coisa desse universo. Para ter tanta coisa, provavelmente vende bem no Japão. Então, reforço mais uma vez que entrar assim de paraquedas provavelmente foi culpa minha. E do MyAnimeList por não avisar que é uma sequência…

Existe potencial. Eu juro.

Os personagens principais possuem uns poderes estranhos, e tem toda uma discussão sobre a convivência dos humanos com os demônios, que suponho serem os “yokais” da sinopse.

Volta e meia, durante os diálogos, o universo é expandido, com citações de países vizinhos ou de raças daquele mundo. Não vou dizer que isso prende sua atenção, porque não prende, mas abre espaço para exploração. E isso é bom. O complicado foi eu entrar com o pé esquerdo, e ainda TORCI O TORNOZELO de tão torta que foi essa entrada. Me senti em Noblesse novamente, aquele fiasco.

Uma direção de dar pena

Sem sacanagem, mas que direção terrível a de Saiyuuki Reload: Zeroin.

Assistimos esse anime juntos no nosso servidor do Discord (sim, eu não queria sofrer sozinho), e logo o João, um dos autores aqui do site, largou: rapaz, mas tá rápido o ritmo né?

E de fato estava. TODAS as cenas cortam rápido demais, e os diálogos são tão rápidos quanto. Não há tempo para você absorver ou imergir na história. Parece que, sinceramente, o diretor estava com PRESSA.

Essa característica intensifica ainda mais nos momentos de combate. Tudo é muito rápido, e a música que entra… cara, aquela música… TODO combate é a mesma música paulera, que já começa na paulera, mas a animação fraquíssima do anime não acompanha, o que torna a coreografia ainda mais esquisita e o ritmo sai ainda mais prejudicado. Me trouxe uma memória triste à tona: Tenkuu Shinpan. Quem sabe, sabe.

Enfim… é ruim. De verdade.

Fora que todos os combates são com grupos de inimigos totalmente sem graça e que parecem até arrependidos de estarem em cena. Sinto-os como se fossem atores contratados para fazer um filme que todo mundo sabe que será horrível.

Isso tudo somado a falta de exposição, tornam Zeroin um anime extremamente confuso e desinteressante de assistir. Pelo menos para novas pessoas nesse universo, que é meu caso. E como falei, não há indicativos de que essa temporada é uma continuação… então não posso pegar 100% da culpa por ter torcido o tornozelo.

Finalizando as primeiras impressões de Saiyuuki Reload: Zeroin

É ruim. Não assistam. A não ser que você já tenha consumido as temporadas passadas e quem se aprofundar um pouco mais na vida dos personagens.

Agora, para novos consumidores como eu… não dá.

Animação é abaixo da média, os diálogos são confusos e não convidativos e, ainda, a direção é muito mal feita. Não deve ser à toa, mas no MAL nem consta diretor para esse anime. Será que ele ficou com vergonha e pediu para não botar o nome dele?

Talvez nem tenha sido culpa desse cara. As vezes, algum comitê de produção largou essa bomba do colo do estúdio e falou: “Faz aí, se virem. Ah, vocês tem 1 semana.” Única explicação possível.

Só que acho engraçado, porque se foi algo realmente assim, não consigo imaginar a intenção desse anime. Afinal, animes são propaganda para algo. Ou então, para vender para plataforma de streamings. Para que diabos serviu Saiyuuki Reload: Zeroin, então? Vão lançar algo novo sobre a franquia no Japão, só pode…

Mas, enfim, assim como tive preguiça de entender o motivo pelo qual essa obra existe, também tive preguiça de assistir qualquer outro conteúdo para tornar minha experiência menos frustrante. Não vou continuar, claro.

Bem, só para não dizer que não é de todo mal, a MÚSICA da abertura é bem legal (igual aconteceu com uma RD3 da Helena e do Sólon dessa temporada de janeiro 2022). Ela chega até a enganar sua expectativa.