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Análise

O que é webtoon? Como fazer webtoon? Os quadrinhos do futuro!

O que é webtoon? Como fazer webtoon? Os quadrinhos do futuro!
26 minutos para leitura

Interessado em se aprofundar sobre o universo de webtoon não é? Nós te entendemos, por isso gravamos um podcast sobre a incrível e inovadora onda de manhwas e webtoons! Ouça agora.

Você, leitor(a) de mangá, ao esbarrar a primeira vez em obras como Solo Leveling, Tower of God e The God of High School, com certeza pensou algo como “Espera aí, isso não é mangá!”. Com pouca pesquisa, você descobriu que na verdade os títulos antes citados são webtoons. E aí você acabou se perguntando…Mas o que é webtoon?”.

E cá estamos!

Um webtoon nada mais é do que uma história em quadrinhos originada na Coreia do Sul. Pelo menos, em sua raiz.

Mas hoje “webtoon” já é um termo mundial. Essas histórias vem ganhando notoriedade nos últimos anos devido à chamada Onda Coreana (ou Hallyu).

Tal onda representa a popularização mundial da cultura coreana que vem acontecendo em diversas mídias, como no cinema, na TV ou na música.

Bem, mas essa é a resposta “curta e grossa” para a pergunta “o que é webtoon“. Todavia, acho super interessante deixar você sabendo que não foi tão simples quanto parece para essas obras se tornarem populares como são hoje.

Muito pelo contrário. Os quadrinhos coreanos já enfrentaram uma crise que acarretou em uma mudança positiva, porém drástica em sua maneira de distribuição.

Por consequência, o jeito de (e para quem) produzir mudou bastante, porque, repentinamente, os celulares viraram o principal meio de leitura dessa mídia lá na Coreia (e no mundo também).

Então, neste texto, falarei melhor sobre como surgiram os webtoons, as diferenças entre webtoon e webcomic (e evidentemente, compararei com mangás) e também sobre minha visão geral sobre essas inovadoras obras.

Sumário

Solo Leveling Capa Rank S

Características gerais de um webtoon

Até mesmo um leigo consegue perceber a diferença evidente entre webtoons e outros estilos de histórias em quadrinhos que vemos por aí.

Afinal, os webtoons são feitos para serem lidas principalmente em smartphones.

Por isso a paginação dessas obras se dá de uma maneira completamente divergente da de um mangá, por exemplo.

A leitura é feita da esquerda para a direita (igual os quadrinhos ocidentais), e eles são, em sua esmagadora maioria, inteiramente coloridos.

Os diálogos e as ações são verticalizadas, de modo que você vai rolando o dedo para baixo para ver o que acontece em seguida, e não passando as páginas para o lado.

Um detalhe interessante é que atualmente (os antigos não) a maneira mais comum de encontrarmos webtoons é no famoso “scroll infinito“. Dessa maneira, você lê um capítulo inteiro sem ter que “passar páginas”.

Outro ponto interessante é que temos algumas obras que vem acompanhadas de, pasmem, trilha sonora.

Ou seja, você não precisa mais se preocupar em ter que acertar o timing da trilha de batalha na hora da batalha, porque o quadrinho fará isso para você! Essa é uma dor só minha? KKK’

Hwan-vs-Dong-Su-
Imagina isso com musica de fundo!

Webtoon: um quadrinho com foco na leitura pelo mobile

Toda essa praticidade para leitura com certeza nasceu e foi polida para se adaptar à principal ferramenta para leitura de webtoons: os smartphones. “Telefones espertões”, para quem não manja de inglês.

Ler quadrinhos voltou a ser comum apenas pelos anos 2000 na Coreia, porque, nas décadas de 80 e 90, os quadrinhos coreanos passaram por uma das piores crises possíveis.

E o motivo foi pior passa perto do que o antigo combate do Gilberto Barros aqui no Brasil contra as cartas de Yu-Gi-Oh. Lá na Coreia, as histórias em quadrinhos, num geral, começaram a ser demonizadas pela mídia, e, por consequência, pelo povo.

gilberto barros contra yu gi oh

Lee Chung-ho, presidente da Associação de Cartunistas da Coreia, explica que o principal motivo para essa “demonização” foi a censura extrema exercida pelos governos militares que lideravam o país no fim do século passado.

Como surgiram os webtoons?

Segundo o site Jovem Nerd, a mudança no mercado começou a acontecer de fato em 2003~2004, quando grandes sites coreanos começaram a distribuir gratuitamente diversos quadrinhos.

Ainda, segundo o JN, na Coreia os webtoons já são consumidos em igual quantidade quando comparadas aos manhwas.

Então, não. Manhwas e webtoons não são a mesma coisa. O primeiro seria a versão impressa da mídia (e histórias FEITAS para serem impressas), enquanto o segundo é só via web, e feito para tal.

Essa “onda” webtoon vem tomando forma que mais parece um tsunami.

Apesar de serem histórias feitas para serem lidas no celular, a popularidade de títulos famosos (como Solo Leveling) é tamanha que estes estão sendo publicados impressos na Coreia. Na verdade até mesmo em países estrangeiros, como aqui no Brasil.

Agora, se a gente pode chamar Solo Leveling de “manhwa” porque é impresso aqui no Brasil, não me pergunte…

Eu não faço as regras.

Essa “onda” webtoon vem tomando forma que mais parece um tsunami.

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A diferença entre webtoon e webcomic

Eu acho bom sempre reforçar que por mais que eu pesquise até mesmo em fontes gringas, eu não moro na Coreia, nem no Japão. Então é bem difícil entender, culturalmente falando, as diferenças minuciosas entre essas mídias, ok?

Mas até onde pude analisar e pesquisar, os termos são “completamente diferentes”, segundo Cho Heekyoung (ela que falou, não eu).

Cho é uma pesquisadora e doutora coreana, com Ph.D. em “East Asian Languages and Civilizations“. Traduzindo, temos algo como “essa mulher é foda e sabe o que está falando, principalmente sobre civilizações e línguas do leste asiático“.

Segundo Cho, os webcomics ainda se baseiam demais no meio impresso, pois utilizam uma paginação semelhante à encontrada em mangás e manhwas. Para ilustrar melhor, webcomic seria tipo One-Punch Man e Mob Psycho 100. Não são títulos coreanos, mas deu para entender, né?

one punch man web comic sem dialogo
Nem todo webcomic é feio assim, relaxa

Porém, segundo a doutora e o site Dilema Vermelho, “utilizando o formato de páginas ou tiras para dispor sua narrativa, o webtoon trouxe um conjunto de mudanças interligadas, que mutualmente implicaram em mutações no formato, estética, processo de produção, prática de leitura, nos conceitos e limites de autoria e leitor, e no consumo de capital de cultura.”

Espera. O quê é webtoon, então? Não entendi!

Ou seja, com exceção de alguns itens que foram descritos com palavras cabeçudas demais para eu entender, fica claro que os webtoons mudaram o mercado como um todo.

Mudaram a forma de produzir, de consumir e de distribuir quadrinhos. E não somente na Coreia, mas no MUNDO.

Afinal, hoje, qualquer um pode criar um webtoon! Até você.

Além disso, Cho defende que alguns adventos da tecnologia, como a rolagem infinita e a trilha sonora que acompanham a leitura, são elementos que estão presentes somente em webtoons, não em webcomics.

Concluindo, os webcomics tem seu próprio formato, visto que possuem estilo artístico originado da indústria tradicional de quadrinhos, mas é online. Então, são uma mescla de físico + web.

Já os webtoons, por sua vez, reformularam muita coisa na indústria, e, principalmente, possuem uma narrativa original, nunca antes utilizada por outras mídias.

O que são aqueles espaços bizarros em branco nos webtoons?

São “calhas“!

Além das diferenças antes citadas, Cho Heekyoung aponta que o papel da calha (aqueles espaços em branco entre os quadros) é completamente diferente dentro dos webtoons.

Enquanto em outras mídias, como mangás, manhwas, webcomics, que possuem suas diferenças, a calha funciona como uma espécie de “respiro” entre os quadros. As vezes serve até para gerar expectativa, e depois quebrá-la.

Em webtoons, contudo, é possível notar que a calha é um pouco mais… Óbvia. Chega até a parecer “exagerada”, como disse o Dudi em um dos episódios do CúpulaCast.

Mas voltando ao lance de “ditar o ritmo da narrativa”, tomemos a cena de Solo Leveling abaixo como exemplo. Perceba essa luta aqui que não tem calha alguma. Sinta o ritmo acelerado!

Luta Solo Leveling

Por fim, Cho defende que o uso da calha transforma o leitor de “pessoa que segue um fluxo, passivamente” para “pessoa que ativamente constrói a passagem de tempo e dramaticidade da narrativa”.

Isso acontece porque o leitor precisa, ativamente, arrastar com o dedo para ver o que acontece em seguida, porque os espaços em branco muitas vezes são espaçosos.

Quanto mais você arrasta, “mais tempo”. Sacou?

E o bacana é que a calha não precisa ser só um espaço em branco, e também não precisa ser só vertical. Ela também pode conter falas, por exemplo.

Ou seja, “enquanto o tempo passa, esse personagem falou isso”. Sabe?

Deu para entender, né? Não?

Desculpa.

Além disso, num webtoon você vai olhar para onde o autor quer!

Com certeza enquanto você lê One Piece, Naruto ou Bleach, de vez enquanto, você acaba dando uma olhadinha sem querer na próxima página, provavelmente porque algum elemento chamou demais sua atenção.

manga dupla página (1)
Você ~provavelmente~ bateria o olho primeiro na cara do velho antes de ler qualquer outra coisa… Entendeu?

Isso é normal. Entretanto, é praticamente uma auto-sabotagem, porque você pode chegar num climáx antes dele ser devidamente introduzido, por exemplo. Frustrante!

Então, segundo a doutora Cho, outro diferencial em webtoons é que isso não tem como ocorrer, já que você lê de cima para baixo, sem acesso à “próxima página”. Se é algo positivo ou negativo, não sei.

Mas eu acho que faz total sentido que você leia a história e veja os elementos na ordem que os autores querem, certo? Num mangá, comigo, as vezes não acontece.

Logo, eu encaro esse ponto como algo possivelmente positivo.

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Webtoons e Webcomics famosos

Webtoons

Provavelmente iremos elaborar aqui na Cúpula diversas críticas de webtoons, assim como listas de recomendações baseadas em critérios específicos.

Já temos análise de Solo Leveling, de Tower of God… Guias de Solo Leveling sobre os caçadores Rank-S e até mesmo sobre o Jin-Woo (o protagonista). Sobre listas, temos até uma sobre títulos que são parecidos com SL.

Teremos ainda mais à medida que formos consumindo materiais da área, e com certeza traremos para você. Por enquanto, vou apenas listar um dos mais populares no Brasil.

  • Solo Leveling
  • Tower of God
  • The God of Highschool
  • unOrdinary
  • Tales of Demon and Gods
  • Noblesse

No site WEBTOON existem filtros em cima de likes, popularidade, seguidores… Então você pode procurar aplicando o filtro que mais achar interessante.

Existem muitos títulos tidos como os “favoritos da plataforma” que eu nunca nem ouvir falar! Acho isso interessante demais, afinal, olha quanta coisa boa eu ainda posso pegar para ler!

Webcomics

Assim como antes definido, webcomic seria um quadrinho que se baseia no estilo da versão impressa da mídia.

Ou seja, segue um modelo de narrativa e de paginação já difundido no mercado, mas pelo papel, não pelo online.

Acredito que muitos autores que optem por fazer da sua obra um webcomic e não um webtoon é pelo motivo de querer um dia ter sua obra impressa.

Afinal, é bem mais fácil trazer um webcomic para a mídia física do que um webtoon por todos os motivos que já viemos discutindo no artigo até agora.

Confesso que não consumo webcomics pois não curto a ideia de ler um mangá no celular (que é por onde geralmente leio webtoons).

Acho a dinâmica de leitura bem chata. Ter que ficar arrastando para lá e para cá a tela, dando zooms e tal. Não curto mesmo.

Explico melhor esse meu ponto no CúpulaCast, mas, enfim, separei alguns que conheço caso você queira dar uma explorada e entender melhor as diferenças entre webcomic e webtoon.

  • One-Punch Man
  • Mob Psycho 100
  • Gekkan Shoujo Nozaki-kun
  • Made in Abyss

Alguns deles já possuem versões impressas (talvez todos), e inclusive, já publicados aqui no Brasil. Made in Abyss até eu mesmo coleciono. Porém, todos são títulos que nasceram no online, como webcomics (ou webmanga) ou yonkomas (4-komas).

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Como fazer webtoon?

Depois de descobrir que literalmente qualquer pessoa pode fazer um webtoon, fiquei intrigado em tentar descobrir como dar esse primeiro passo.

Por conta disso, acabei caindo no canal do Walter Ostile (não é do vídeo acima). Walter é um “featured original creator“, que seria basicamente um autor que publica dentro do site WEBTOON e é promovido pelo mesmo. O quadrinho dele se chama HAXOR, e hoje, já está completo em 37 episódios (eles chamam de episódios…).

Para quem está por fora, o WEBTOON é a maior plataforma da área, e eles dividem os quadrinhos em ORIGINALS e CANVAS.

foto do site webtoon
Foto do site WEBTOON

Os ORIGINALS seriam quadrinhos oficiais da plataforma, onde os autores são remunerados e possuem um acompanhamento editorial do próprio site.

foto da sessão de originals webtoons do site
Foto da categoria ORIGINALS do site WEBTOON

Já os autores CANVAS não recebem valores fixos, e não dispõem de acompanhamento editorial (pelo menos não no mesmo nível que os ORIGINALS).

foto da categoria canvas
Foto da categoria CANVAS do site WEBTOON

Mas antes de trazer um pouco do que o Walter me ensinou, acho interessante também deixar claro que o próprio WEBTOON possui um canal oficial no Youtube, onde são postadas dicas de como começar, de como produzir, os materiais necessários…

Eles realmente querem ajudar eu e você a postar lá.

Começando no site WEBTOON!

A apresentadora Jin Kim, que é uma profissional da área, começa com a dica de que você precisa, antes de qualquer coisa, saber para onde sua história vai (óbvio, mas talvez nem para todo mundo).

Ela diz isso porque uma das principais fraquezas dos autores da plataforma é que eles acabam chegando num beco sem saída com suas histórias ou então não sabem como finalizar elas.

Jin ainda aponta que, geralmente, os webtoons são postados em 3 “episódios” (como eles chamam, mas eu chamaria de “capítulos”).

Ou seja, você precisa impressionar os leitores com seus 3 primeiros capítulos (não consigo chamar de episódio, desculpa).

Isso lembra você de algo? Não?

SIM! Das nossas RegrasDe3! Foi impossível não assimilar, e eu concordo 100% com ela! Afinal, primeiras impressões são inevitáveis, seja no mundo dos quadrinhos, ou fora dele.

Ela recomenda ainda que você precisa focar no seu estilo próprio. Bom, isso é meio óbvio também, né? Originalidade sempre é muito importante, se não teremos apenas mais Kiritoversos por aí…

Ela ainda dá mais umas dicas iniciais nos vídeos abaixo. Bem educativo.

Acesse o site WEBTOON!

Baixe o app WEBTOON de graça!

Agora, vamos aos 6 ensinamentos de Walter Ostile!

1) Quem pode postar no site WEBTOON?

Todo mundo pode postar!

A única condição é que você tenha 13 anos ou mais, e caso você esteja na faixa entre 13 e 18 anos, você precisará de “supervisão dos seus pais”.

É, sabemos que isso não vai acontecer. Ainda mais se você desenhar o novo High School DxD em forma de webtoon. Mas bem… não sei como o WEBTOON monitora isso de qualquer maneira.

Obviamente, você também precisa ter os direitos sobre sua própria obra. Essa regra é basicamente: você não pode pegar o quadrinho do amiguinho e publicar como sendo seu, ok?

2) O site WEBTOON vai ser dono da minha obra?

Não!

Porém, como Walter brinca no vídeo, ele mesmo não é advogado (e nem eu). Propriedade intelectual é um assunto delicado, e eu não planejo entrar nele por aqui. Tanto porque não domino, tanto porque não tô afim.

Porém, ainda segundo Walter, “Não, o WEBTOON não será o proprietário do seu quadrinho”. Não importa se você é um dos autores ORIGINALS ou se publica pelo CANVAS.

3) Serei PAGO por publicar no WEBTOON?

Vai sim.

Porém, depende.

Se você é um autor original dentro da plataforma, você receberá um valor mensal pelos direitos de poderem publicar seu webtoon na plataforma. Ou seja, se você for um ORIGINAL.

Porém, se você publicar pelo CANVAS, onde você basicamente joga um upload do seu material lá no site para ter feedbacks da comunidade e deixar todo mundo ler, você não será pago (por meios diretos).

Contudo, existe uma política de monetização por meio de anúncios mesmo para os autores CANVAS. Mas você precisa fazer alguns processos que parecem bem burocráticos.

Além dos procedimentos, Walter diz que você precisa ter pelo menos 40.000 visualizações mensais e pelo menos 1.000 seguidores para receber cerca de 15% da receita gerada por anúncios. As informações estão todas no site oficial do WEBTOON.

Justo? Não sei. Mas ainda ganhará algo!

4) Meu quadrinho pode ser AdUlTo~?

( ͡° ͜ʖ ͡°)

Sei que você pensou unicamente na opção ( ͡° ͜ʖ ͡°), porém, dentro do “conteúdo adulto”, nós temos também a violência explícita, além da pornografia.

E segundo Walter, você pode sim trabalhar com ambos gêneros em seu webtoon, mas com limites. Sua obra não pode conter nudez explícita e nem cenas violentas demais.

Na parte de regras do site, eles deixam bem claro o que é permitido, e o que não é. Fora que histórias onde o foco é o tesão e a pornografia, ou até mesmo sadismo ultra-violento e coisas do tipo não são permitidos (mesmo esse conceito sendo um pouco subjetivo).

5) Como se tornar um ORIGINAL?

Existem 2 maneiras.

A primeira maneira é, obviamente, ser abordado por um editor do próprio site WEBTOON, e ele convidará você a tentar produzir alguma coisa para a plataforma deles e o formato que eles buscam.

Acredito que essa primeira só vá ocorrer com artistas, roteiristas, quadrinistas ou até mesmo mangakás famosos… E gente com contatos na indústria, imagino.

A segunda maneira, e a maneira mais provável, é que você publique seu webtoon no site e espere.

Com o tempo, se o material for bom mesmo, você conquistará mais visualizações e seguidores. Após conquistar a notoriedade necessária, certamente um editor vai entrar em contato com você. Afinal, eles também ganham com autores originais produzindo para o site.

6) E como é a rotina? É tipo a de um mangaká?

Hmm… Talvez?

Walter nos ensina que na rotina de um autor(a) original que publica semanalmente ele(a) precisa fazer, em média, de 6 até umas 8 páginas por semana. Lembrando que as páginas são maiores que a dos mangás, e são completamente coloridas.

Fora que, geralmente, os autores de webtoon são produtores solo (SOLO LEVELING?!), então fazem tudo sozinhos. Então, segundo Walter, pode ser uma rotina bem intensa.

Essa parte em específico é bem difícil não comparar com a rotina dos mangakás. Só que eu não vivo nenhuma das duas realidades.

Os mangakás costumam trabalhar com um time de assistentes ajudando-os, por isso acaba que o mangá tem uma arte bem mais detalhada e complexa que a de um webtoon.

Porém, fazer tudo sozinho pode ser bem complicado, e em termos de esforço individual, pode ser que os autores de webtoon passem tanto sufoco quanto os mangakás.

Adoraria poder ver uma conversa entre um criador de webtoons e um maganká sobre isso. Seria um aprendizado e tanto!

No caso daqueles que publicam pelo CANVAS, são eles mesmos quem definem sua agenda. Por isso fica “menos pesado”.

Para concluir o tópico, vou deixar a recomendação do canal do Walter. Lá ele tem muitos vídeos tutoriais, nos quais ele, um AUTOR, explica como começar de fato e como é publicar no WEBTOON. No caso, ele não é um representante da empresa como a moça Jin de antes, então ele nos mostra a visão da prática mesmo.

Os comentários dos vídeos dele num geral são bem positivos, então, apesar de eu mesmo não ter tido a chance de pôr em prática os ensinamentos, eu vou confiar nele. Só estejam avisados: tudo em inglês 🙁

Clique aqui para dar uma olhada no canal dele!

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Pensamentos finais sobre “o que é webtoon”

Sempre falo, mas, ao mesmo tempo, não canso de falar que os webtoons são o futuro.

Eu não acho que os mangás perderão muita força, porque, como a Cah Poszar (quadrinista brasileira) nos ensina num dos episódios do CúpulaCast, os japoneses estão antenados nas mudanças de mercado.

Só que ler um mangá online não é a mesma coisa que ler um webtoon.

E eu não tô entrando no mérito de um ser melhor ou pior que o outro… Longe disso.

Não é a mesma coisa porque a diferença crucial entre essas mídias que é os webtoons nasceram para o digital, enquanto os mangás não. Logo, não teremos como ter mangás online que mantenham toda a essência “de um mangá de verdade”, sabe?

Quem sabe a mídia se adapte um dia e migre para uma rolagem vertical, leitura esquerda para direita, trilha sonora… Vai saber, né?

Mas a forma que o mercado se comporta hoje me faz acreditar que os webtoons serão em pouquíssimo tempo (se é que já não não) o estilo de quadrinho mais lido no mundo inteiro.

Afinal, qualquer um pode ser um autor. Qualquer um. Até eu. Até você.

Além disso, até empresas gigantescas como a Crunchyroll já estão com os olhos nessa mídia também para usar de material fonte para animes.

A prova real disso são os primeiros Crunchyroll Originals que saíram em 2020. Muitos deles são animes provenientes de webtoons, e muitos deles fizeram muito sucesso, como Tower of God e The God of High School.

Ademais, eu gosto da revolução no mercado que os webtoons provocaram, e estou com a pesquisadora Cho Heekyoung quando ela defende que webtoons são bem diferentes de webcomics.

Na verdade, webtoons são diferentes de qualquer outra mídia.

Não fique fora dessa. Abrace o tsunami dos webtoons!

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Fontes

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Escrito por

André Uggioni

Co-Fundador

Host do CúpulaCast

Criciúma - SC

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