Sim. Nós fizemos isso, uma lista com os melhores animes para as piores categorias de 2020: o Para-raio Awards! Traduzindo: não necessariamente os piores animes do ano, mas animes que, dentro dessas categorias excêntricas, são ótimos representantes.
Esse artigo será como um “lado oculto” do Cúpula Awards 2021. A versão proibida, que ninguém conhece, só você e a gente.
O nome, Para-raio Awards, genialmente pensado pela Helena, representa muito bem a ideia do artigo: nós protegeremos vocês dos ataques violentos dos animes abaixo, como um para-raio protege as casas e os prédios.
É legal ficar claro que é ÓBVIO que nós não conseguimos assistir TODOS os animes que saem no ano. Ou seja, na verdade essa votação elegeu os piores dentre os melhores, mas DO QUE A GENTE ASSISTIU.
LEMBRETE: AS OBRAS NESTE SÃO DO ANO DE 2020, MESMO QUE A PUBLICAÇÃO DO ARTIGO OCORRA NO COMEÇO DO ANO DE 2021.
Agora, sem mais delongas, vamos aos “premiados”!
1) “O mundo NÃO PRECISAVA desse anime”
Começando o primeiro Para-raio Awards com uma categoria um tanto quando impactante: a categoria que define um anime que, definitivamente, não precisávamos nem saber que existia, ou melhor, que talvez nem deveria ter sido feito.
Os indicados vieram em PESO para essa categoria, porém, mesmo assim, a votação saiu sendo praticamente unânime.
Os indicados:
- Peter Grill to Kenja no Jikan
- Gibiate
- Ninja Collection
- Rail Romanesque
- Gleipnir
Peter Grill to Kenja no Jikan é, descaradamente, um hentai. A palavra só não consta nos gêneros oficiais porque o sexo não é explícito. Ou pelo menos até o episódio 3, que foi até qual o André foi obrigado a assistir pelas RegrasDe3. Ele não está aqui por ser ruim ou por ter uma temática voltada para o sexo, mas sim por ter feito a clássica “cena da menina sendo estuprada por um monstro, entretanto, ela ficou CORADA”. Péssimo.
Gibiate é, simplesmente, indescritível. Lendo a sinopse, você só consegue pensar: “caraca, samurais, viagem no tempo, monstros, tecnologia… não tem como dar errado!”. Mas deu. Deu muito errado. Acreditem.
Ninja Collection passou despercebido até pela gente. Mas assistir ao trailer e algumas cenas do anime foram o suficiente para o nós colocarmos ele aqui nessa categoria. Sério. Vejam essa coisa aqui na Crunchyroll depois.
Rail Romanesque é sem graça demais. Um anime cujos episódios tem 5 minutos, mas parecem durar um hora inteira. A sinopse, na verdade, já indicava que tudo daria errado… Mas mesmo assim alguns, como a Helena, foram teimosos para ver. Deu no que deu. O anime das meninas-trem não rendeu boas memorias.
Por fim, Gleipnir, um anime que é muito esquisito e sumiu tão rápido quanto surgiu. Ele vai aparecer algumas vezes ao longo da votação, e a maioria dos membros nem assistiu – mas os que assistiram fizeram questão de que este anime estivesse aqui.
Mas, não teve jeito, o ganhador, com esmagadores 85,7% dos votos, só podia ser…
Ganhador: Gibiate
Ostentando incríveis 3,90 no MyAnimelist, um site de votação POPULAR, onde QUALQUER PESSOA pode dar 10 simplesmente porque sim, Gibiate conseguiu com que mais de 10 mil pessoas somassem uma média MENOR que 4. Notas não são tudo, a gente sabe, mas, qual é, até Domestic na Kanojo tirou mais que 6. E é bem ruim. Imaginem tirar menos que QUATRO.
Enfim, entregando uma mescla de animação bizarra, problemas de ritmo e um roteiro tão ruim quanto, Gibiate certamente é um anime que a Crunchyroll pode ter se arrependido de pôr o selo “Crunchyroll Originals” (teremos muitos desses no Para-raio Awards, ironicamente).
Não queremos ser haters nem nada, mas basta você pesquisar qualquer coisa sobre Gibiate para ver que o anime é simplesmente um fracasso completo em todos os quesitos.
Gibiate é uma produção original, então não veio de um material original. Mas a questão agora é: até que ponto isso foi inexperiência do diretor Komino Masahiko ou corte de gastos dos produtores? Fica, então, o questionamento.
2) O maior hype NÃO correspondido
Primeiramente, essa categoria não se trata de um anime que é bom ou ruim. O ponto aqui é relacioná-la diretamente ao “hype“, o quanto o anime gerou expectativa visto seu material base ou seus trailers bem produzidos.
Claro, isso é relativo. Talvez VOCÊ que esteja lendo esse artigo não estava empolgado com o anuncio desse ou daquele anime. Mas, temos que convir, os animes indicados nessa categoria causaram um “reboliço” na comunidade otaku.
Tendo isso em mente, podemos ir aos indicados:
O engraçado aqui é que os títulos mencionados causaram uma boa primeira impressão em nós da Cúpula (com exceção de Noblesse). Basta, portanto, dar uma conferida em nossas RegraDe3 do respectivo anime, que você verá um de nossos autores rasgando elogios para as obras.
É fato que todos os animes acima têm sua parcela de fãs, daqueles que acham que eles entregaram aquilo que era esperado (ou até mesmo MAIS do que o esperado). No entanto, é inegável que isso não é um consenso, sendo que é fácil achar quem se decepcionou com algum (ou todos) dos títulos dessa lista. Como a gente.
Principalmente com…
Ganhador: The God of High School
A pergunta chave aqui é a seguinte: The God of High School entregou aquilo que prometeu?
Inegavelmente, entregou!
Um anime de porrada franca com uma animação de tirar o fôlego e que lembraremos por muito tempo por conta disso.
Mas, a questão aqui é que não precisava ser tão extremo. Tão ao pé da letra. Todo mundo se agradou com as lutas que The God of High School proporcionou, mas é só isso.
É tudo muito corrido, por isso, não conseguimos nos importar com os personagens; e as lutas, apesar de muito bem animadas, não tem o peso que podiam ter por não estarmos engajado no que está acontecendo.
Então, há tantos problemas em The God of High School, que fica difícil defendê-lo. Mas claro, qualquer coisa além disso é exagero. Como dizer que ele é um dos piores do ano, longe disso.
Caso você queira entender um pouco mais sobre nosso posicionamento a respeito desse anime, da uma conferida no nosso cast sobre The God of High School.
Resumindo: The God of High School entregou só aquilo que prometeu e nada além disso. Tornando-o lindo, mas esquecível.
3) Pior abertura (que a gente viu)
“Não julgue um livro pela capa”, é o que sempre dizem.
Contudo, uma capa dura, brilhante, dourada e cheia de arabescos com certeza fazem a gente achar que aquele livro vale a pena. A mesma coisa com as aberturas!
Aberturas, ou openings, são as produções audiovisuais que iniciam os animes, ditando não só o seu ritmo, como também o seu tom. São cheias de recursos, porque são válidos para captar os espectadores.
Uma abertura colorida, brilhante e animada pode aumentar o seu astral e suas expectativas para um anime divertido e relax. Todavia, uma abertura mais escura, com gradiente elevado de sombras e graves musicais, pode te indicar um mistério, um suspense ou até mesmo um terror.
Por isso, os estúdios costumam investir bastante nas aberturas. Tanto que, muitas vezes, a abertura tem animação superior ao restante do anime. É a porta de entrada! Bem… Algumas vezes, isso não dá muito certo. É disso que essa categoria trata: aberturas que acreditamos não serem boas.
Vamos lá, então:
- 100-man no inochi no ue ni ore wa tatteiru:
- Housekishou Richard-shi no Nazo Kantei:
- Noblesse:
- Tamayomi:
- OreGairu 3ª Temporada:
O “ganhador” dessa categoria foi um anime que, com certeza, foi muito afetado pelo seu contexto. Ficou bem difícil não botar tudo junto na conta, mas, mesmo colocando, a abertura por si só é muito sem graça.
O segundo mais votado, a abertura de Housekishou Richard-shi no Nazo Kantei, com 25%, foi muito chata, de verdade. Só que ninguém esperava muito do anime. Pelo menos, não esperavam tanto quanto do ganhador desta categoria.
Mas, enfim, com 33,3% dos votos, o vencedor aqui foi…
Ganhador: Noblesse
Para nós aqui da Cúpula foi simplesmente inacreditável que numa votação popular japonesa a abertura de Noblesse tenha ficado entra o TOP 10 de “melhores do ano”. Enfim, simplesmente surreal.
É difícil descrever os motivos pelo desgosto por essa opening, mas talvez a falta de ritmo e a propaganda enganosa sejam as piores características. Afinal, vendo aquela abertura, você estava esperando um slice of life? E daquele jeito? Olha, difícil hein. Só se você já conhecia o webtoon.
Nem vale a pena falar muito mais. Essa abertura pode é cair no esquecimento, junto com o anime (cuja apresentação com certeza prejudicou o nosso gosto pela abertura, rs).
4) “Gostei, mas não quero que saibam…”
Essa categoria é, descaradamente, a categoria do guilty pleasure. É a categoria onde todo mundo primeiro rasga a carteirinha otaku, depois volta correndo para juntar as migalhas…
Os indicados aqui não são, necessariamente, animes ruins. Porém, são animes que por algum motivo nós não gostamos, mas gostamos! Animes que, provavelmente no CúpulaCast falaríamos mal só que no fundo a gente gosta (sim, temos uns tsunderes aqui!).
E os nomeados são:
- Listeners
- Gleipnir
- Maou Gakuin
- Nekopara
- Bofuri
A votação aqui foi bem dispersa. Afinal, cada pessoa tem um guilty pleasure diferente. Porém, um dos animes acima, por algum motivo, chamou atenção de 2 pessoas ao mesmo tempo. Duas pessoas que, certamente, não assistiriam esse anime com a mãe deles (quem pegar, pegou)…
Ganhador: Bofuri
Sinceramente, não há muito o que se falar do Bofuri, pois é um anime com premissa genérica, com personagens normais demais e com um roteiro super previsível. De alguma forma, porém, ele esquentou o coração do Patrick e o Jão, os dois que votaram nesse anime.
É tão irônico pois ambos são super metódicos e criteriosos, fãs de RPGs como Log Horizon, onde as regras permitem que o mundo faça sentido e seja justo. Porém, em Bofuri, temos uma menina que vira IMORTAL praticamente, e fazendo algo super inesperado. Ela quebra o jogo já de cara!
É difícil colocar em palavras o que fez esses 2 gostarem de Bofuri, mas bem, essa também é a essência de um guilty pleasure, não é mesmo?
5) Parece ruim, vou assistir!
É normal aguardar os animes da temporada, analisar cada um e escolher aqueles que mais interessarem para acompanharmos.
Entretanto, existem raros casos em que determinados animes, por mais que tenham passado pelo crivo da ruindade, ainda assim são assistidos. E é exatamente por este motivo que esta categoria existe.
O que leva a fazermos isto, em muitos casos, é a curiosidade que é despertada por determinadas razões, o que vai, por conseguinte, desde uma animação de baixa qualidade até um conteúdo polêmico exposto em uma obra.
O anime desta temporada de 2021, por exemplo, Kaifuku Jutsushi no Yarinaoshi (Redo of Healer), reflete bem o que é achar algo ruim e ainda assim assistir, apenas pela curiosidade do que se passa na animação para ela ser tão reverberada entre os otakus.
Abaixo segue a lista dos concorrentes desta categoria:
- Ishuzoku Reviewers
- Peter Grill to Kenja no Jikan
- Maou Gakuin
- Bofuri
- Gleipnir
Às vezes, assiste-se o anime ruim somente para comprovar a hipótese de que ele realmente é ruim e não vale a pena depositar o tempo nele. O interessante é que quase todos os animes listados nesta categoria tem como tema principal o ecchi.
Isso torna tudo mais difícil, porque no que tange a este tipo de segmento, geralmente é bem ruim. São poucos que conseguem fazem uma ponderação entre putaria e conteúdo de qualidade.
Ganhador: Gleipnir
Gleipnir foi o grande merecedor do troféu “Parece ruim, vou assistir” de 2020. Isso porque ele fez por merecer. Com uma mistura louca de furry, muito ecchi e aspectos nojentos, esta animação cravou seu lugar nesta edição do Para-raio Awards.
E caso não saiba do que se trata a história de Gleipnir, você pode conferir as primeiras impressões do anime feita por um de nossos autores. Talvez assim você compreenda um pouco mais do porquê ele ter vencido esta categoria.
Fator curioso sobre este título: ao que pudemos entender durante a reunião, o Dudi GOSTOU deste anime. Peguem no pé dele.
6) Categoria “Kiritoverso” (personagem mais “Kirito” do ano)
Esta categoria, que provavelmente é intuitiva (ou seja, você já deve entendê-la só de olhar), iria ser deixada de lado. Pensamos um pouco, e achamos que não seria fácil realizá-la. A Helena, no entanto, insistiu bastante, e procurou com afinco os indicados.
Um personagem Kirito é nada mais, nada menos que a personificação do primeiro protagonista realmente marcante dos isekais: Kirigaya Kazuto (e a gente não liga par a discussão de SAO ser ou não um isekai). Afinal, se você assiste anime, você com certeza já cruzou com Sword Art Online em algum momento, nem que só tenha ouvido falar.
Foi uma febre há uns anos, e ainda continua muito famoso entre os amantes do gênero. Contudo, nosso ponto aqui não é esse; estamos aqui para ver qual personagem do ano é a cara do Kirito! Porque, fala sério, sempre têm vários. Ele se tornou um molde, e criou a categoria “personagem genérico”.
Cabelo preto, olhar confiante, espadas, mulheres se derretendo por ele (ainda que ele aja como uma planta), um poder super roubado e rei das frases de efeito que podem não significar nada. Já viu? Bem, aqui vão nossos indicados:
- Anos Voldigoald (Maou Gakuin no Futekigousha)
- Iska (Kimi to Boku no Saigo no Senjou, Arui wa Sekai ga Hajimaru Seisen)
- Yuusuke Yotsuya (100-man no inochi no ue ni ore wa tatteiru)
- O Kirito (Sword Art Online: Alicization War of Underworld)
- Nicol Ascart (Otome Game no Hametsu Flag)
Anos Iska Yuusuke O Kirito Nicol Ascart
Ganhador: Iska
E dando uma de Charlie Chaplin, o Kirito em pessoa não passou num teste de “seja você mesmo”.
Rá! Ninguém esperava por essa, não é? Muahaha. Enganamos todos vocês. O próprio Kirito perdeu na sua categoria! Mas, fala sério, olha isso! Vê se não é idêntico?
Iska é um espadachim (ah, não me diga) imperial, que acaba se encontrando com uma bruxa altamente perigosa procurada pelo governo, já que, no mundo dele, bruxos e o império são inimigos. É uma parada meio Romeu e Julieta. E sim, ele tem uma “Asuna”.
Iska é, portanto, exatamente o modelo mais Kirito de personagem: duas espadas, personalidade quase inexistente, meninas bonitas poderosas dando em cima dele (e ele não faz nada) e uma confiança que só aparece quando ele vai lutar. Só faltava ser um isekai.
Bem, foi merecido, tanto que ele ganhou com mais de 60% dos votos. Parabéns, Iska.
7) Tenho certeza que vou esquecer
Essa sem dúvidas é a categoria que todo mundo quer fazer e todo mundo tem um título que vem na mente… Ou não, porque você já esqueceu os possíveis indicados!
Brincadeiras à parte, aqui a ideia foi juntar alguns animes que a princípio chamaram nossa atenção, porém dos dois, um: ou nós vimos até o final, e vamos nos esquecer, ou o anime foi tão esquecível que nós chegamos a dropar ele sem perceber, e ele caiu no esquecimento.
Os indicados são:
- pet
- Arte
- Kitsutsuki Tanteidokoro
- King’s Raid: Ishi wo Tsugumono-tachi
- Bungou to Alchemist
Nós fizemos RegrasDe3 de praticamente todos os animes acima. Menos de um, Kitsutsuki Tanteidokoro. Esse anime provavelmente não ganhou essa categoria porque ele não foi esquecível… porque aqui na Cúpula, literalmente, só a Helena viu esse anime. Então, nem dava para nós esquecermos aquilo que nem assistimos, certo? Mas ele entrou aqui porque mereceu. Esquecível à beça.
Porém, o vencedor esmagador dessa categoria, com 42,9% dos votos, foi o famoso…
Ganhador: esquecemos…
Brincadeira…
Ganhador: pet
O anime pet chamou muito a atenção do André aqui na Cúpula. Dá para perceber isso porque ele fez toda a cobertura de notícias da série, e também fez a RD3 do anime. Ele parecia confuso, porém empolgado.
Mas, mesmo assim, ele esqueceu de assistir. Assim como outras pessoas aqui da Cúpula, que assistiram, e esqueceram. Ou que nem o André: começaram, mas pararam, sem perceber.
Tudo é meio estranho, porque pet tem uma premissa legal e é interessante no que tange a sua arte também. Mas, enfim, deu no que deu.
Contra fatos não há argumentos.
Ainda mais se você esquecer dos argumentos. Ou dos fatos.
8) Impossível ver 2 episódios seguidos
Muitas das séries ou animes possuem algo que é conhecido como cliffhanger, que é um recurso utilizado nas narrativas para indicar um final deixado em aberto, aquele gancho que faz ligação com a próxima história.
Há animes que fazem isso de forma magistral, que nos mantêm tão envolvidos com a trama que chegamos a perder a noção do tempo que passou.
Enquanto outros já não se preocupam tanto com isso. E entregam uma narrativa procedimental, ou seja, o episódio em si tem começo, meio e fim. Uma circunstância é introduzida e deve ser resolvida pelos personagens até o final do episódio, mesmo que haja uma trama de fundo maior.
Portanto, não necessariamente o anime que indicamos aqui é ruim. É mais uma questão de escolha narrativa do que qualidade.
Os indicados aqui são:
- Somali to Mori no Kamisama
- Eizouken ni wa Te wo Dasu na!
- Nihon Chinbotsu 2020
- Ikebukuro West Gate Park
- Gibiate
Tenha em mente que tudo isso que falamos até aqui, se aplica aos títulos acima, menos Gibiate!
Gibiate é horrível mesmo e não merece ser visto por ninguém!
Ganhador: Somali to Mori no Kamisama
O que dizer sobre Somali to Mori no Kamisama?!
É lindo, fofo, gostosinho de assistir, aquece o kokoro, mas que no final das contas, usa uma formula narrativa repetitiva que perde alguns expectadores no processo.
Somali to Mori no Kamisama se resume ao seguinte: Somali sai fazendo fofuras por ai, se envolve em algum problema que é resolvido sem grandes percalços pelo Golem.
Sendo assim, fica fácil assistir um ou dois episódios e terminar sem estar empolgado para ver o próximo, pois aquele “mini arco” foi concluído ali mesmo.
Não necessariamente Somali to Mori no Kamisama é ruim, ele é apenas episódico, com uma trama previsivelmente otimista (tanto que o maior problemão do anime, aquele que nos gerava tensão ao longo do anime inteiro, é resolvido sem muito esforço no final) que não busca sair de sua zona de conforto, e, por isso, consegue tornar-se enfadonho até o final de sua temporada.
9) “Parecia sem sal, mas tinha sal”
Essa categoria é uma das mais úteis do Para-raio Arwards, afinal, ela vai listar alguns animes que você provavelmente deixou de lado por puro pré-conceito. Alguns de nós também cometerem esse erro com alguns animes indicados, porém, inegavelmente, todos eles foram animes que entregaram mais do que esperávamos.
Os indicados são:
- Taisou Zamurai
- Nami yo Kiitekure
- Runway de Waratte
- Munou na Nana
- Wandering Witch: The Journey of Elaina
Taisou Zamurai parecia ser um anime focado em esportes, mais especificamente em ginástica. Junto ao esporte, pelo trailer, poderíamos acabar esperando um CGI meio duvidoso e talvez uma trama mediana, sem sal. Porém, segundo a Helena, esse anime surpreende demais em sua temática, narrativa e produção num geral (mesmo com o uso de CGI). Segundo ela, um dos melhores da temporada.
Nami yo Kiitekure é um anime que se foi muito pouco falado. O Hugo fez a RD3 dele aqui na Cúpula, e ele estava otimista para com o anime. Só que com tanta coisa para ver, poucos deram atenção… Mas no fim, quem viu, falou que valeu muito a pena. Muito mais do que outros aqui desse Awards.
Runway de Waratte se destaca, com certeza, por sua premissa. Pela sinopse e pelo trailer você não dá nada para o anime. A não ser que você goste muito de moda, aí você já entrou de cabeça, porque além da moda, ele entrega uma narrativa bem shounen que empolga e ainda te ensina sobre o mundo da moda.
Munou na Nana é aquele anime que quanto menos você souber, melhor. Para não se prolongar, dá para dizer que os produtores do anime se esforçaram MUITO para que você visse a sinopse, o trailer e os visuais e entrasse no episódio 1 achando que seria só mais uma escola com magia. Não era.
Wandering Witch: The Journey of Elaina, por sua vez, parece ser só mais um anime de meninas bonitinhas fazendo coisas bonitinhas, em uma história que não fede nem cheira, que não é boa, mas também não é ruim. Acontece que o anime surpreende, entregando uma protagonista de personalidade forte e histórias bem pesadas, com lições de vida e de questionamentos éticos e morais. Surpreendente!
Categoria difícil essa. Duvido você adivinhar quem ganhou…
Ganhadores: Wandering Witch: The Journey of Elaina e Taisou Zamurai
Tivemos um empate! E mais do que merecido, porque esses animes, de fato, surpreenderam a maioria de seus espectadores. Afinal, como o nome da categoria já diz, eles pareciam não ter sal, mas tinha sal.
Na verdade, tinham bastante. Mas o suficiente para ficar bem dosado, e não salgado demais e exagerado. Algo no ponto, bem feito, e gostoso de consumir.
10) Melhor anime que não vimos
Todo mundo tem o seu próprio “melhor anime que não vi”. Sabe, aquele que você tem a certeza que é bom, está na sua lista há anos, mas que você por algum motivo sobrenatural não parou para assisti-lo?
Então, os indicados dessa lista são assim!
Inclusive, temos um cast sobre o assunto que está divertidíssimo e que conta com uma participação especial dos nossos amigos do Animes Overdrive.
De fato, os indicados dessa lista foram assistidos por uma parcela de pessoas; inclusive VOCÊ, que está lendo esse artigo, pode ser um deles. Mas ao mesmo tempo, boa parte da comunidade, mesmo falando bem sobre, não viram nem um episódio da obra.
Os indicados dessa categoria são:
- Fruits Basket 2nd season
- Toaru Kagaku no Railgun T
- Mahouka Koukou no Rettousei 2
- Digimon Adventure 2020
- Kingdom 3ª temporada
Ganhador: Digimon Adventure 2020
Digimon Adventure, juntamente com Pokemon marcaram toda uma geração!
Quem não lembra da abertura (horrível, mas boa) cantada pela Angélica?
Mas, mesmo com toda a nostalgia envolvida, com todos os motivos para assistir a essa versão de 2020, por que nenhum autor da Cúpula do Trovão assistiu?
Não existe uma resposta para essa pergunta.
O que podemos fazer é apenas falar que “está na nossa lista e um dia iremos assistir”.
Mas até lá, ele irá permanecer como o “Melhor anime que não vimos”.
Concluindo a primeira edição do Para-raio Awards…
Essa votação foi muito divertida de fazer, porque fez com que nós saíssemos da nossa zona de conforto e fôssemos obrigados a assistir coisas que talvez nunca assistiríamos.
Teve coisa aí no meio que foi só para tirar sarro, é claro. Nem todos os animes aqui do Para-raio Awards 2021 são ruins.
Na verdade, temos alguns bons ali no meio (que, inclusive, apareceram no Cúpula Awards 2021, o “lado bom” desta votação).
É bem doido como para algumas coisas um anime pode ser incrível, mas para outras, nem tanto. Ainda: como pode para alguém algo ser tão bom, e para outros, tão ruim…
Mas essa é a graça! Reforçando: essa é uma listagem com a NOSSA opinião, que veio por meio de uma VOTAÇÃO. Ou seja, não quer nem dizer que todos os “vencedores” aqui foram votados por todos os membros do editorial…
O Welerson, por exemplo, adorou Somali, enquanto o Pedro e o André acharam bem sem graça. A Helena, coitada, só ela assistiu Taisou Samurai (mas pelo menos conseguiu fazer aparecer aqui, numa boa categoria).
Se não fosse pelo João, ninguém daria nem chance para Majo no Tabitabi, um bom anime. E ainda descobrimos que Gleipnir enquadrou como um guilty pleasure pro Dudi. B I Z A R R O!
E aí, comentem o que acharam desta primeira edição do Para-raio Awards! Gostaram da ideia? Querem que tenhamos mais deles ao longo dos anos?
É só nos falar o que acharam! Feedback é o que nos move e da energias para continuar!